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26 de abril de 2016
Diante de desafios que afetam diretamente a forma de conduzir seus negócios – instabilidade econômica, mercados em transformação, novas demandas regulatórias e avanços tecnológicos velozes –, as empresas têm procurado desenvolver ou fortalecer rapidamente as capacidades de detecção de riscos.
Em função da realidade atual e da necessidade de otimizar recursos, os gestores têm direcionado esforços para monitorar e controlar seus riscos mais evidentes, considerados de alta vulnerabilidade, deixando em segundo plano os riscos emergentes.
Alex Borges, sócio de Consultoria em Gestão de Riscos da Deloitte, alerta: “Os riscos emergentes têm nível de vulnerabilidade mais baixo, mas podem se transformar em riscos potenciais rapidamente, em função da falta de conhecimento ou de análises mais detalhadas quanto à velocidade e capacidade de influência na gestão, o que pode acarretar grandes impactos na gestão dos negócios”.
Cultura organizacional
A discussão, portanto, deve se concentrar em como detectar, identificar e reagir rapidamente aos riscos emergentes. “Hoje, pela nossa experiência, de três reuniões de Conselhos de Administração, em pelo menos uma delas já se discute a necessidade de identificar riscos emergentes e melhor responder sobre seu impacto na reputação, antecipando-se para minimizar eventuais crises”, explica Borges.
O objetivo principal da detecção de riscos é identificar e demonstrar riscos dentro das organizações, para que todos tenham a mesma visualização. Além de contar com um sistema de monitoramento e detecção eficaz, este processo deve envolver toda a cultura organizacional.
Velocidade na resposta
O maior questionamento hoje é: em qual velocidade as empresas estão conseguindo responder aos riscos, em especial, os emergentes?
A Deloitte realizou recentemente, em conjunto com a Forbes Insights, uma pesquisa global sobre detecção de riscos. Foram ouvidos 155 executivos de grandes organizações, com faturamento de pelo menos US$ 1 bilhão. No geral, cerca de 80% dos executivos declararam usar ferramentas de detecção de riscos, voltadas para as áreas financeira (70%), de compliance (66%), operacional (65%) e, menos frequentemente, estratégica (57%).
“Houve uma evolução muito grande no controle dos riscos financeiros. O caminho é buscar esses mesmos mecanismos para mensurar e minimizar a exposição aos riscos emergentes: principalmente os operacionais, de regulamentação e estratégicos”, indica Borges.
As empresas buscam processos robustos que, no mínimo, contemplem seis fatores:
1. Como identificar riscos;
2. Como avaliar e criar cenários para mensurar riscos;
3. Como criar mecanismos de resposta;
4. Como implementar e desenvolver controles de risco;
5. Como monitorar e avaliar esses riscos;
6. Como garantir sustentabilidade e constante melhoria ao processo.
Para acesso às pesquisas divulgadas pela Deloitte, bem como a outros estudos e dados da Consultoria, acesse: www.deloitte.com.br.