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Estadão Blue Studio

CEOs e gestores de RH apontam desafios para a gestão de pessoas

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27 de outubro de 2015

Ao buscar um equilíbrio entre os objetivos atuais de negócio e as estratégias para a longevidade, poucos fatores têm peso tão grande como a gestão de pessoas. O desenvolvimento sustentável de uma empresa se baseia, em boa parte, na capacidade contínua de atrair, desenvolver e reter talentos, além de mantê-los comprometidos com o propósito de suas atividades. O que ocorre, porém, quando o último ingrediente dessa receita – o engajamento – deixa a desejar?

Não se trata só de uma hipótese. Ao menos é o que revela a pesquisa Global Human Capital Trends 2015: Leading in the New World of Work, conduzida pela Deloitte. A falta de engajamento dos funcionários é o principal problema enfrentado por 87% dos mais de 3.300 CEOs e gestores de RH ouvidos no mundo todo (cerca de 130 deles no Brasil). Na edição anterior da pesquisa, esse índice era de 79%. Um reflexo é que o número de participantes que citou o engajamento como “muito importante” dobrou em relação ao ano anterior, passando de 26% para 50%.

Como questão de governança, a gestão de pessoas é desafio complexo. Sessenta por cento dos entrevistados disseram não ter um programa adequado para mensurar e melhorar o engajamento. Somente 12% têm um programa em vigor para definir e construir uma cultura sólida, enquanto apenas 7% classificaram-se excelentes na mensuração, condução e melhoria do engajamento e da retenção.

Os números apontam para uma nova necessidade. Rever como a empresa constrói e fomenta sua cultura pode ser essencial, por ajudá-la a acompanhar as transformações constantes no perfil dos profissionais, envolvendo questões como maior necessidade de mobilidade e autonomia, por exemplo.

Desafios em cadeia

A lista das prioridades envolve outros pontos fundamentais. Os executivos precisam voltar a atenção, também, para questões como a formação de lideranças e o desenvolvimento de competências. Em segundo lugar nas prioridades levantada pela pesquisa, após a questão do engajamento, a falta de lideranças é um foco de preocupação para 86% dos entrevistados. No terceiro lugar – também com distância apertada entre os primeiros colocados – estão questões relacionadas a aprendizado e desenvolvimento, de acordo com 85% dos CEOS e gestores de RH ouvidos pela pesquisa da Deloitte.

Não bastasse, há mais desafios. O estudo mostra que as empresas têm dificuldades para diminuir a tensão no ambiente de trabalho, simplificar processos e reduzir a complexidade. De fato, 66% dos entrevistados acreditam que seus funcionários estão “sobrecarregados” com o atual ambiente de trabalho e 74% citam sua complexidade como um problema significativo. Embora mais da metade das organizações tenha algum programa de simplificação, 25% não têm planos para implantar algo parecido.

Uma conclusão da pesquisa é que as empresas têm um grande aliado nesses casos: a tecnologia. Além de empregar novas ferramentas para ter ganhos de produtividade, aponta o relatório, o uso de analytics na área de recursos humanos, por exemplo, pode revolucionar a forma de contratar, desenvolver a administrar pessoas, ajudando a compreender o que realmente motiva os profissionais e, também, o que os fazem ficar ou não em uma empresa.

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