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21 de julho de 2015
Diante do cenário atual de instabilidade econômica, as organizações têm direcionado esforços à captação e à melhoria de percepção dos investidores. Com isso, ganha ainda mais força o papel do profissional de Relações com Investidores (RIs).
Uma pesquisa recém-lançada por Deloitte e IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) aponta o papel do profissional de RI como um dos guardiões da transparência nas empresas e cada vez mais envolvido em questões estratégicas, incluindo as de governança corporativa. Dos respondentes da pesquisa, 98% afirmam que os tópicos de governança têm aparecido com frequência nas discussões com investidores e 76% apontam um alto nível de engajamento entre os profissionais da área de RI e as estruturas que lidam com o tema nas organizações. “Os grandes desafios que o momento econômico coloca às empresas hoje faz com que o RI assuma uma posição ainda mais estratégica dentro das companhias. Assuntos de governança corporativa ganham holofotes, exigindo um nível maior de envolvimento do RI com a gerência executiva e o conselho de administração”, explica Bruce Mescher, sócio da área de Auditoria da Deloitte e responsável técnico da pesquisa.
Governança na criação de valor
Na pesquisa, todos os respondentes concordam que as boas práticas de governança corporativa têm um bom impacto para atrair e reter investidores, bem como no preço da ação.
Rodrigo Luz, presidente executivo do IBRI, afirma: “os investidores, ao se interessarem por determinada companhia, querem primeiro conhecer suas práticas e políticas de governança corporativa, partindo depois para outras questões relacionadas a finanças e estratégia”.
A maior relevância e influência dos investidores institucionais, as mudanças regulatórias e a crescente importância das questões de governança corporativa estão influenciadas as percepções de valor das empresas, e consequentemente mudando a dinâmica das atividades de RI em muitas organizações. Na pesquisa, quase 70% dos respondentes enxergam uma lacuna entre o valor percebido pela empresa e o valor percebido pelos investidores.
Rodrigo Luz destaca a importância do RI como comunicador na melhoria dessas percepções: “a comunicação alinhada em tempos de crise ajuda na redução da assimetria da informação. E isso é fundamental.” Mescher acrescenta que “Em função dos atuais cenários de recursos e investimentos mais escassos, muitas áreas de RI estão buscando maior equilíbrio entre as quatro faces do papel do RI (veja mais sobre elas no quadro abaixo).”
Confira o estudo em www.deloitte.com.br e www.ibri.org.br.