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23 de junho de 2015
O mundo digital é uma realidade que domina cada vez mais o ambiente empresarial e surpreende, todos os dias, com novas soluções e abordagens. Diante de tamanho impacto, destaca-se rapidamente, no meio corporativo, o papel da governança de Tecnologia da Informação (TI).
Claudio Soutto, sócio da área de Consultoria da Deloitte e especialista em tecnologia, chama a atenção para o tema: “Hoje acompanhamos a evolução nos mais diversos campos, com o surgimento de roupas inteligentes, drones, veículos não tripulados, sensores móveis captando informações dos usuários de diversas formas e assim por diante”. Ele explica que essa realidade representa, para as empresas, uma nova forma de envolver, capacitar e interagir com seus clientes, funcionários, governos e parceiros de negócios. “Mais de 70% das compras no varejo serão feitas no ambiente on-line em 2015. Essas novas tecnologias são adotadas de várias formas, e seus benefícios são cada vez mais expressivos”, afirma.
As análises preditivas são cada vez mais comuns nesse contexto digital e permitem que as empresas antecipem as tendências de mercado, observando o comportamento e as necessidades de seus usuários. Estima-se que já existam mais de 4 bilhões de sensores disponíveis captando informações em tempo real.
Informação como ativo
De acordo com Soutto, a informação deve ser transformada em ativo pela empresa. “A facilidade de obtenção de sistemas e equipamentos (servidores) tem permitido aos usuários uma grande autonomia para captar e utilizar essas novas tecnologias. Analisando a situação em uma grande empresa, essa facilidade traz maior flexibilidade e agilidade às suas áreas de negócio, porém, também alguns riscos”, indica.
Soutto define a governança de TI como fundamental às organizações para minimizar esses riscos e manter os padrões, as integrações, os níveis de segurança e, principalmente, fornecer suporte à definição de prioridades. A criação de um comitê de TI para avaliar, aprovar e priorizar iniciativas é uma das formas encontradas para garantir uma comunicação mais eficiente entre as áreas de TI e as usuárias dentro da empresa, minimizando, dessa forma, iniciativas isoladas.
“Cada negócio tem suas características e a governança de TI terá de se ajustar ao dinamismo requerido pelo negócio. Este será um desafio que permitirá aos gestores, principalmente ao Chief Information Officer (CIO), a maximização dos investimentos realizados, o aumento da produtividade e a redução de custos, conduzindo a empresa a novos patamares tecnológicos”, destaca.
Novos desafios para o CIO
Tantas mudanças e desafios sugerem uma transformação na postura do CIO, que terá de deixar de ter um papel visto como mais técnico para estar mais próximo das iniciativas estratégicas. Estudo internacional recente da Deloitte revela que, atualmente, 55% do orçamento dos CIOs é voltado a serviços essenciais de TI, sendo apenas 22% atribuídos ao crescimento dos negócios.
“Os CIOs continuam a ver a entrega de resultados operacionais por meio de serviços de TI como sua principal responsabilidade. Isso faz sentido, considerando seu papel na gestão de sistemas-chave, mas sugere que os líderes de tecnologia poderiam fazer mais, ao aplicar a tecnologia a fim de impulsionar a expansão dos negócios”, ressalta o estudo.
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