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Estadão

Apresentado por:

Dasa

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Os aprendizados dos hospitais na condução da pandemia

Para enfrentar a crise sanitária provocada pela Covid-19, o setor de saúde se transformou: consolidou tendências e otimizou processos que marcam uma nova era na forma de cuidar da saúde das pessoas – e não apenas da doença.

Integração de cuidados, ferramentas digitais, telessaúde e capacitação dos profissionais são alguns dos temas prioritários do estudo “Lições da pandemia: perspectivas e tendências”, realizado pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) para apresentar os aprendizados da área de saúde para um cenário pós-pandemia no Brasil.

Fonte: https://conteudo.anahp.com.br/licoes-da-pandemia-perspectivas-e-tendencias-abril2021

Emerson Gasparetto

Como uma rede de saúde integrada, a Dasa rapidamente se preparou para atuar na linha de frente da Covid-19 e assegurar a continuidade das atividades em todas as suas áreas de atuação. O primeiro desafio foi garantir a segurança de colaboradores, profissionais médicos e administrativos, de maneira que se sentissem prontos para manter as unidades de saúde funcionando e cuidar dos nossos pacientes, ressalta Emerson Gasparetto, diretor-geral de Negócios Hospitalares e Oncologia da empresa.

A Dasa é a maior rede de saúde integrada do Brasil e, atualmente, cuida da jornada de mais de 20 milhões de pessoas por ano.

Realiza 300 milhões de exames ao ano em suas mais de 900 unidades espalhadas pelo Brasil, e mais de 900 mil atendimentos hospitalares/ano, nas 16 unidades hospitalares* que, em 2021, após aprovação dos órgãos reguladores, totalizarão 3.616 leitos.

* Considerando rede própria, crescimentos inorgânicos e as aquisições que estão sob aprovação dos órgãos reguladores
Compromisso com a vigilância genômica

Proteção em
primeiro lugar

Além da segurança dos colaboradores, a Dasa criou fluxos e rotas para garantir que pacientes com e sem Covid-19 estivessem seguros. Foram implantados rigorosos protocolos de desinfecção e uso de equipamentos de proteção individual (EPIs).

O fluxo dos profissionais também mudou. Nas áreas de atendimento da Covid-19, a cada entrada para medir temperatura, pressão ou fazer algum procedimento o profissional precisava fazer a troca de toda a paramentação. Novas orientações eram informadas constantemente por memorandos internos, lives e treinamentos”, descreve Gasparetto.

No dia a dia hospitalar, os processos precisavam ser ajustados em tempo real, com alterações constantes das rotinas.

As rondas nas trocas de plantão foram intensificadas e passaram a ser feitas a cada duas horas, momento em que as equipes médicas, de enfermagem, psicologia, nutrição e fisioterapia se atualizavam sobre cada caso e sobre eventuais mudanças de protocolo”, descreve Gasparetto.

Foco na transparência
da comunicação

O fluxo dos profissionais também mudou. Nas áreas de atendimento da Covid-19, a cada entrada para medir temperatura, pressão ou fazer algum procedimento o profissional precisava fazer a troca de toda a paramentação. Novas orientações eram informadas constantemente por memorandos internos, lives e treinamentos”, descreve Gasparetto.

A partir das reuniões do comitê de Covid-19, foram implementadas estratégias de comunicação para agilizar a orientação, o apoio e o acolhimento das equipes.

Integramos o time de comunicação ao comitê para dar fluidez às tomadas de decisão e reforçar nossa comunicação interna e externa, sobretudo no combate a fake news explica.

Uma das figuras mais relevantes no comitê de crise é a do líder médico, a pessoa responsável por atualizar toda a equipe a respeito de estudos e novidades que despontavam no mundo todo. Em um momento em que há muito ruído, contar com a validação técnica das informações é fundamental para a tomada de decisões de maneira rápida, assertiva e com segurança justifica Gasparetto.

Foi por meio das reuniões diárias do comitê de Covid-19 que a Dasa decidiu que não realizaria testes rápidos em suas unidades, exemplifica o médico. A empresa optou por investir na criação do Centro de Diagnóstico Emergencial (CDE), disponibilizando profissionais e infraestrutura para a realização de milhões de exames do tipo RT-PCR, doados para a saúde pública do País, reforçando as ações de responsabilidade social em um momento tão desafiador.

Acolhimento dos colaboradores

Além da adoção do trabalho em home office para os setores administrativo, financeiro, jurídico e de marketing, a empresa ampliou o programa Dasa Cuida, que tem foco no bem-estar físico e mental dos colaboradores, com monitoramento constante da saúde daqueles que integram a linha de frente nos laboratórios de análises clínicas e imagem e nos hospitais da rede.

Durante o pico da crise sanitária, lives diárias levavam informação atualizada sobre a pandemia aos colaboradores. Em seguida, criou-se o formato “Positive Talks”, com lives quinzenais com especialistas tratando de assuntos voltados à saúde mental e ao bem-estar, com temas como higiene do sono, mindfulness e manejo de estresse.

“A valorização dos profissionais de saúde, que mostraram sua força e relevância nessa crise, é um dos legados de nossa experiência na pandemia”, conclui Gasparetto.

Humanização e
indicadores de eficiência

Os mais de 7.300 médicos nas diferentes frentes da Dasa estão em constante preparação para oferecer aos pacientes acolhimento humanizado. A escolha pelas melhores decisões clínicas é suportada pelo uso de tecnologias que geram informações e indicadores que auxiliam o médico a ser assertivo nas condutas. Afinal, o uso de dados mais do que nunca ganhou força como estratégia na gestão de recursos hospitalares.

Paulo Chapchap

Na pandemia, ganhamos a consciência de que precisamos trabalhar em um mundo em transformação constante. No início da crise sanitária, devido ao alto nível de desconhecimento em relação às formas de transmissão do Sars-CoV-2 e ao comportamento imprevisível das pessoas, foi muito difícil encontrar os modelos preditivos que permitissem conforto na gestão. A necessidade de adaptação era quase diária. Com a evolução do conhecimento científico e a estabilização dos comportamentos, contamos com uma ampla disponibilidade de dados que só um sistema integrado como o da Dasa permite obter. A partir daí, foi possível fazer uma gestão baseada em modelos preditivos muito mais precisos, explica Paulo Chapchap, conselheiro estratégico do Negócio de Hospitais e Oncologia da Dasa.

Com abordagem no binômio high tech + high touch, a Dasa está no quinto ano de transformação digital. A pandemia acelerou o processo, mas não foi a causa principal. Em 2020, a companhia criou um command center que, pela análise dos dados da evolução dos pacientes, possibilitou a elaboração e os ajustes de protocolos de atendimento, conseguindo, por exemplo, diminuir o tempo de intubação. Esse sistema de análise preditiva permite antecipar ações, identificar pontos críticos e otimizar a cadeia de fornecimento.

Em um período em que o mundo todo lidava com a escassez de insumos, a estratégia acarretou uma precisa utilização de anestésicos e medicamentos, com a garantia de tratamentos bem-sucedidos. Por meio dos indicadores, a Dasa conseguiu diminuir também o tempo de permanência hospitalar, permitindo o retorno mais breve do paciente ao convívio familiar.

Nossa proposta de valor consegue fazer frente aos desafios de um mundo em rápida transformação. As tomadas de decisões são baseadas em competências profissionais, fluidez, confiabilidade e inteligência de dados que rompem barreiras hierárquicas que não sejam baseadas em conhecimento e permitem uma gestão muito mais colaborativa, ágil e assertiva”, finaliza Chapchap.


Command
Center

Projeto DNA do Brasil

O Command Center da Dasa tem seu conceito inspirado nos centros de operações da aviação com a intenção de otimizar os processos de gestão hospitalar, garantindo maior eficiência.

São 14 painéis com indicadores pelos quais é possível saber, de maneira simples e em tempo real, por exemplo, quantas altas estão previstas e quantos leitos vão ser liberados.

É a oportunidade de ser eficiente nos processos de entrada e saída de pacientes nas unidades de internação, centros cirúrgicos e pronto-atendimento, gerando informações para médicos e demais profissionais da saúde.

Materializa a cultura da segurança por meio de indicadores, marcadores, processos e protocolos já utilizados no setor da saúde (checklists), evitando desperdícios na operação, além de mitigar eventos adversos.

Diminuição do tempo médio de internação

Diminuição do tempo
médio de internação

Os indicadores do Command Center geraram informações para otimizar o tempo de internação e agilizar o processo de alta médica. Em tempos de aumento das buscas por recursos hospitalares, sobretudo no contexto da pandemia, alguns ajustes de processos permitiram um incremento de 17% das vagas de leitos de seis unidades da Dasa (Nove de Julho e Santa Paula, em São Paulo; São Lucas Copacabana e Complexo Hospitalar de Niterói - CHN, no Rio de Janeiro; Hospital Brasília e Hospital Brasília – unidade Águas Claras, em Brasília). As iniciativas foram divididas em três grandes frentes:

Engajamento médico: a precisão de alta médica gera eficiência no preparo dos leitos para receber o próximo paciente. Ela leva em consideração a previsão de alta versus a alta real, de acordo com a evolução médica. O engajamento dos médicos na atualização dessa previsão nos prontuários propiciou uma melhora de eficiência de 10% na comparação entre janeiro e julho de 2021.

Pit stop dos times técnicos: as equipes multidisciplinares (nutrição, curativo, farmácia, enfermagem, entre outras) otimizaram o processo de forma orquestrada para que se atingisse a meta de intervalo de tempo entre a ordem médica de alta e a efetiva saída do paciente – em janeiro, 38% deixavam o hospital em até uma hora, taxa que atingiu 61% em julho.

Limpeza a jato: em janeiro, a higienização completa de um leito após a alta de um paciente era feita em 144 minutos; hoje são 63 minutos – uma redução de 56% graças à adoção de novos equipamentos e do uso de elevadores exclusivos para os times de limpeza.

Expansão de vagas de UTI

Entre as ações de reforma e ampliação das unidades de atendimento e compra de equipamentos médicos, a criação de vagas de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para atendimento de casos graves de covid-19 foi um dos pontos mais desafiadores na pandemia. Espaço físico, equipamentos, preparação das equipes e organização fazem parte da complexidade dessa operação.

Espaço físico, equipamentos, preparação das equipes e organização fazem parte da complexidade dessa operação.

Na Dasa, chegamos a ter 80% dos leitos de UTI dedicados aos pacientes com Covid-19. Um dos gargalos era justamente ter pessoas treinadas para esse atendimento, sobretudo no pico da pandemia, quando tivemos colaboradores afastados pela doença. E um comitê dedicado especificamente para a criação dessas vagas ajudou a mitigar os riscos causados pelo novo coronavírus”, relata Emerson Gasparetto.

A telemedicina veio para ficar

De acordo com a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), em 2020 as instituições de saúde se viram diante da necessidade de, além de se adaptar para ampliar o atendimento aos casos de Covid-19, encontrar modelos capazes de diminuir os atrasos de consultas, exames e procedimentos de rotina relacionados a outras doenças em função do medo de contágio pelo novo coronavírus.

Nesse contexto, ganharam ainda mais relevância ferramentas como teletriagens e teleconsultas, que oferecem mais segurança na interação entre profissionais e pacientes.

Entre abril e junho de 2020, por exemplo, o TeleSUS atendeu 73 milhões de brasileiros, que puderam tirar dúvidas de saúde sem sair de casa.

Fonte: https://www.gov.br/pt-br/noticias/saude-e-vigilancia-sanita ia/2020/06/telesus-ja-atendeu-mais-de-73-milhoes-de-brasileiros

A transformação digital se acelerou durante a pandemia, com a adoção de tecnologias que entraram para a rotina de cuidado, caso do PA Digital, nosso pronto-atendimento eletrônico, que faz uso de telemedicina para fazer o primeiro atendimento, o acompanhamento e o monitoramento das pessoas em casa” destaca Gasparetto.

Na Dasa, o investimento em tecnologias proporcionou:

  • Descentralização do call center para atendimento de dúvidas em relação à Covid-19, com aumento de 2 mil para 3 mil atendentes.
  • Expansão dos canais de comunicação, como agendamento digital e web-check-in via aplicativo e via WhatsApp.
  • Incentivo ao uso de teleconsultas. Em 2020, foram 20.780 ao todo (1.732 por mês), com atendimento médico e geração de receituário digital, assim como solicitação eletrônica de exames.
  • Priorização da população acima dos 60 anos, com serviço de Central 24 horas, sete dias por semana.

Além de evitar idas desnecessárias aos hospitais, ponto crítico em tempos de doença viral com alto grau de contágio, a adoção de tecnologia facilitou também as desospitalizações e a consequente abertura de novas vagas para internações, crucial para o manejo da pandemia.

No ecossistema da Dasa, o trabalho conjunto com a coordenação de cuidado – assistência focada e personalizada – possibilitou ainda o acompanhamento domiciliar ativo daqueles que passaram por atendimento na rede.

Ganhamos agilidade na tomada de decisão e compartilhamento de informações sobre a evolução de cada caso e, com isso, a condição de dar alta mais rápido para pacientes com baixo risco, mantendo-os em teleacompanhamento, monitorados pelas equipes médicas e por enfermeiros”, diz Gasparetto.