Confira mudanças importantes que podem ser feitas no ambiente doméstico para evitar acidentes e garantir o bem-estar dos residentes mais velhos
A passagem dos anos traz consigo diversas transformações para o corpo e a mente. Músculos e ossos já não são tão fortes. Os reflexos e o raciocínio se tornam mais lentos. O jeito de caminhar também muda: os pés se elevam menos e se posicionam mais afastados por conta do equilíbrio, que fica mais difícil de manter.
Essas mudanças, naturais ao processo de envelhecimento, podem aumentar as chances de acidentes. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, cerca de um terço das pessoas acima dos 65 anos sofre ao menos uma queda todos os anos, especialmente em casa. Isso pode causar lesões, contusões e até fraturas e casos mais graves.
“É importante falar sobre as quedas porque são uma das principais causas de morte em países com maior proporção de idosos. Elas são comuns até mesmo no caso de idosos saudáveis e costumam ocorrer com muita frequência dentro de casa”, afirma Luis Fernando Rangel, médico geriatra do Hospital Brasília.
A preocupação é ainda maior quando o idoso mora sozinho. “Infelizmente, não é difícil acontecer de o idoso ficar várias horas ou até mesmo dias aguardando socorro caído no chão”, diz o médico. Para evitar situações como essa, é preciso repensar o ambiente em que o morador mais velho vive e fazer adaptações para reduzir as chances de imprevistos. Confira algumas dicas que podem ajudar na tarefa de manter a casa mais segura para idosos.
Com o tempo, a visão acaba ficando debilitada. Por isso, vale investir na iluminação da casa, principalmente nos cômodos usados durante a noite. Na passagem entre o quarto e o banheiro, por exemplo, é possível instalar luzes de baixa intensidade nos rodapés. Outra recomendação é manter interruptores ao lado de camas, portas e sofás. Janelas grandes ajudam a trazer claridade natural e as paredes podem ser revestidas de branco ou tons claros.
Retire do chão qualquer tipo de obstáculo que possa provocar um escorregão ou tropeço, principalmente pequenos objetos de decoração, banquetas, pelúcias, livros e até mesmo sapatos. Tapetes também podem ser uma grande armadilha para os idosos. O ideal é retirar esses itens da casa, mesmo os maiores, porque o desnível em relação ao piso pode causar tropeções e até mesmo uma queda. Se quiser manter a peça, é possível prender bem as pontas com fita antiderrapante.
Em uma residência com idosos, os móveis que utilizam com frequência devem estar em uma altura que seja confortável para eles. É o caso de cama, sofá, poltronas e cadeiras: se forem altos ou baixos demais, se tornam um desafio para a pessoa deitar ou levantar. Armários e prateleiras precisam estar acessíveis e bem fixados na parede.
Com frequência, corredores e banheiros (ao lado do vaso sanitário e dentro do box) recebem barras auxiliares. Elas dão mais firmeza, promovem mais segurança e facilitam o dia a dia dos residentes mais velhos.
A casa de um idoso deve estar livre de desníveis e irregularidades. Sempre que possível, a recomendação é instalar rampas de acesso ou, ao menos, corrimãos nas escadas. Já no piso podem-se utilizar versões antiderrapantes, emborrachadas ou de porcelanato e cerâmica, opções menos escorregadias.
O mercado oferece inúmeros equipamentos que podem contribuir para o bem-estar dos idosos. Sistemas de alarme com monitoramento 24 horas são uma ótima opção, pois oferecem dispositivos como o botão de emergência (S.O.S) - que, ao ser acionado, realiza uma chamada para a central de monitoramento - e painéis de “fala e escuta”, em que a central pode se comunicar com a pessoa em tempo real no caso de alguma emergência – e vice-versa. Empresas especializadas como a Verisure oferecem um estudo de segurança para entender as necessidades de cada residência e de seus moradores.