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05 de julho de 2016
Em 2020, mais de 40% da força de trabalho no Brasil serão compostos pela geração Y, ou Millenium, segundo Patrícia Feliciano, diretora executiva da Accenture Strategy. A ascensão desses profissionais traz não apenas novos clientes, de acordo com o relatório Technology Vision 2016, mas também funcionários com muitas visões e aspirações.
Esses indivíduos, nascidos na era digital, exigem um mundo modelado às suas necessidades e criam novas expectativas sobre a organização do trabalho. “Não tem volta, temos de aprender a trabalhar com essa geração”, diz a diretora executiva.
E um dos grandes desafios para as organizações, segundo Patrícia Feliciano, é fazer com que as diferentes gerações (X, Y e Z) coexistam no mesmo ambiente corporativo e tirar o melhor de cada uma delas, conforme as principais características listadas abaixo por ela:
Geração X
Inclui indivíduos que nasceram no começo de 1960 até o início dos anos 80. Esses profissionais entraram no mercado de trabalho quando surgiram os primeiros computadores pessoais. Trata-se de uma geração mais sonhadora, confiante, extrovertida e mais competitiva do que sua antecessora, os chamados baby boomers, que costumavam fazer carreira em uma só empresa durante toda a vida profissional.
Apesar de a geração X ainda ter essa dedicação em relação à empresa, são profissionais mais ambiciosos e sonhadores. Seu desafio é chegar logo ao topo de carreira, crescer rápido e, assim, ganhar mais dinheiro.
Para se diferenciar, buscam desenvolvimento pessoal, por meio de cursos de especialização e MBA, por exemplo. Em termos de trabalho em equipe, assim como seus antecessores, preservam um certo individualismo. É a geração dos workaholics.
Geração Y (ou Millenium)
Para essas pessoas, nascidas no fim dos anos 1970 e início dos anos 1990, mais importante do que o destino final é curtir o caminho. Esse é o lema dessa geração que se importa mais com o significado do trabalho do que com o trabalho em si. A questão de responsabilidade social é muito forte para ela. Esses profissionais trocam um salário alto por um mais baixo, se houver um propósito mais relevante.
Eles vivem muito o hoje, com bastante intensidade, querem aprender, criar o novo. Precisam de autonomia, mas gostam de trabalhar em grupo, de colaborar, compartilhar e conhecer. Por outro lado, não lidam muito bem com hierarquia e organogramas. Trata-se de uma geração bem paciente. Outra característica marcante é a necessidade de colaboração, de expor opinião, falar o que pensam. E como já nasceram digitais, conectados, para eles, o on-line é o normal nas relações de trabalho. Por isso, a maneira como lidam com a tecnologia é considerada a mudança mais radical em relação às outras gerações.
Enquanto seus antecessores tinham que aprender a usar a tecnologia a seu favor, como uma ferramenta de trabalho, agora trabalha-se a partir da tecnologia – e essa é uma mudança conceitual importante. “Não dá para pensar em trabalhar e fazer negócio hoje em dia sem a tecnologia. A mudança hoje é em todas as perspectivas. O trabalho que é feito muda, quem faz o trabalho muda, a liderança muda e como o trabalho é feito muda”, diz Patrícia Feliciano.
Geração Z
Compreende as pessoas nascidas entre 1992 e 2010. Assim como os millennials, esses profissionais já nasceram digitais e, por esse motivo, estão ligados à expansão da internet e dos aparelhos tecnológicos nos ambientes de trabalho. “A diferença entre essas duas gerações é sutil; ainda estamos aprendendo a diferenciar. Mas, de modo geral, a questão da responsabilidade social e do propósito do trabalho é ainda mais importante para os indivíduos da geração Z”, afirma Patrícia.
Ela explica que o plano de negócio para essa geração quase que se torna um sonho, e que o grande desafio das empresas em relação a esses profissionais é conseguir conectar o comprometimento deles com o da organização. “Se esse individuo trabalhar numa empresa que tenha uma causa com a qual se identifique, ele será o mais engajado do mundo. Caso contrário, irá embora. O desafio é como conectar o lado pessoal com o propósito da empresas”, diz.
Saiba mais em Accenture.
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