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28 de junho de 2016
Além de ter conhecimento profundo em sua área de atuação e dominar as novas tendências, os líderes da era digital deverão fazer mais do que acumular tecnologias em suas empresas, segundo o estudo Accenture Technology Vision 2016. Eles precisam ter a consciência de que o sucesso de suas estratégias depende das pessoas.
É essencial que o novo gestor saiba ouvir e se comunicar com indivíduos de diferentes níveis hierárquicos, além de transitar por diversas culturas e práticas de colaboração entre profissionais com competências complementares.
Compreender as mudanças, as exigências e os comportamentos dos clientes também é muito importante. De acordo com o documento da Accenture, “o fator decisivo na era digital está na capacidade de adequar a cultura corporativa para obter vantagens não só das tecnologias emergentes, mas, de forma crítica, abraçar novas estratégias de negócios que impulsionem tais ferramentas.”
Muda também o perfil desse profissional, que deixa de ter um papel de comando e controle e passa a ser colaborativo, a trazer o time junto dele para fazer acontecer. Esse chefe tem o desafio de conhecer bem sua equipe, saber o que motiva cada um em sua individualidade e extrair o melhor para o coletivo.
Outro desafio para a liderança é fazer com que o time esteja o tempo todo inovando, sem medo de errar. Camille Mirshokrai, diretora global de Leadership Development and Succession Planning da Accenture, defende o uso das tecnologias para viabilizar essa grande mudança. “As tecnologias digital e social nos permitem falar com mais pessoas e de forma mais rápida. Os líderes da era digital podem impactar grandes grupos com uma mensagem que, no passado, levaria dias, semanas ou até meses para ser disseminada”, diz.
Mirshokrai acrescenta que a forma de comunicação dos líderes com suas equipes também deve mudar, já que agora a tecnologia permite realizar conversas a distância, seja individualmente ou em grupo. “É preciso ter a confiança para olhar o que eu chamo de ‘caixa preta’, encarar sua audiência e suprir suas necessidades. Você pode se comunicar por meio de uma webcam, mensagens de voz ou pelas redes sociais. Essas ferramentas obrigam os mentores a visionar diferentes estilos de comunicação”, afirma.
Pessoas em primeiro lugar
A executiva explica que, por muitos anos, a liderança foi treinada sobre como usar gestos e contato visual para se conectar de maneira efetiva à audiência. Na era digital, esse desafio é ainda maior. “No passado, você se apresentava para um grupo numa sala; agora fala com múltiplas audiências espalhadas pelo país ou pelo mundo”, afirma. Por outro lado, as vantagens são significativas. É possível, por exemplo, transmitir sua mensagem para um número maior de pessoas, de forma mais rápida e frequente, sem que todas precisem estar juntas no mesmo ambiente ou no mesmo horário.
“Mas é importante que cada profissional sinta que a liderança está falando com ele, individualmente”, diz Camille Mirshokrai. É exatamente o que indica a principal tendência destacada pelo relatório Technology Vision 2016: “colocar as pessoas em primeiro lugar”. Os chefes precisam continuar a suprir as necessidades de seus funcionários ao compartilhar seus conhecimentos.
“Inspirar e direcionar as mensagens individualmente são questões essenciais para o papel do líder. É preciso tocar e ensinar cada pessoa. Isso nunca irá mudar”, diz a diretora global da Accenture.
O que a tecnologia faz é ajudar a liderança a atingir mais pessoas, de maneira mais eficiente e, idealmente, a obter respostas mais rápidas de engajamento. “Colocar as pessoas em primeiro lugar na era digital significa manter as coisas essencialmente humanas. Mesmo falando com uma ‘caixa preta’, os mentores devem lembrar quem estão querendo atingir com a mensagem. Eles sempre tiveram – e continuarão a ter – a responsabilidade de colocar as pessoas em primeiro lugar, conectando seus corações e mentes”, finaliza.
Saiba mais em Accenture.
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