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19 de julho de 2017
O mesmo potencial disruptivo da internet, parcialmente mensurado décadas atrás, é atribuído agora a uma tecnologia chamada blockchain – ou cadeia de blocos. Mas como isso pode acontecer? O primeiro passo é compreender que o blockchain revoluciona o modo como os dados digitais são armazenados.
Um jeito simples de entender isso é observar como os bancos guardam as informações dos clientes hoje. Os servidores são centralizados e privados, ou seja, cada instituição financeira é a única responsável por esse conteúdo.
A nova tecnologia, por outro lado, rompe com esse padrão ao colocar os dados em uma rede compartilhada, em blocos de informação criptografada – daí o nome blockchain. Todas as máquinas têm acesso a uma cópia do conteúdo e é impossível apagar uma informação depois que ela entra no sistema.
Além disso, para que alguma mudança aconteça, é necessário que haja consenso entre os participantes para que seja validado o processo. Os resultados práticos são mais transparência e um risco muitíssimo menor de fraude, praticamente impossível (veja o box ao final deste post).
A “internet do dinheiro”
O blockchain foi a principal tecnologia discutida no CIAB (Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras), da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), em junho.
De acordo com uma reportagem do site “Convergência Digital”, um dos participantes comparou o poder da novidade ao da internet. “Os investimentos globais em blockchain saltaram de US$ 93 milhões, entre 2009 e 2013, para US$ 1,35 bilhão, entre 2014 e 2016. Será a internet do dinheiro”, disse Ricardo Polisel, gerente sênior da Accenture Strategy, durante um painel que reuniu executivos da Accenture, do Itaú e de outras organizações.
Gustavo Fosse, diretor de tecnologia da Febraban, vai na mesma linha. Para ele, o blockchain é a principal tendência tecnológica para o serviço financeiro. “É poderosíssimo. A Febraban tem estudado essa tecnologia internamente e incentivado os bancos a fazerem o mesmo”, afirmou, em entrevista à revista “Consumidor Moderno”.
Economia
De acordo com uma pesquisa conduzida pela Accenture e a McLagan em janeiro de 2017, a adoção de um sistema assim pode reduzir custos dos bancos de investimento com infraestrutura em até 30% (uma economia entre 8 e 12 bilhões de dólares).
Mas não só. Os custos com relatórios financeiros podem cair em até 70% a partir da otimização de dados. Já os investimentos em compliance podem ser até 50% menores, graças à garantia de transparência. Também devem ser eliminadas as taxas de transações entre bancos, já que não existem mais intermediários.
O que falta
As empresas do setor de finanças precisam trabalhar juntas se quiserem transformar esse gigantesco potencial disruptivo em realidade. A rede deve atender às necessidades de todos e o único modo de fazer isso é via colaboração. O blockchain potencializa sua relevância conforme sua adoção.
Veja como funciona o blockchain
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