Produzir a própria energia é opção segura, econômica e sustentável

Além das vantagens financeiras, a produção melhora a eficiência energética e ainda preserva o meio ambiente

O Brasil tem hoje 12.338 locais com Geração Distribuída. São casas, condomínios ou empresas que produzem sua própria eletricidade. Em 2012, eram apenas quatro pontos. Houve uma revolução nos últimos cinco anos. Ainda assim, o crescimento foi pequeno diante da capacidade energética renovável do País, que pode gerar energia das mais variadas fontes: solar, eólica, térmica, hídrica… Essas mais de 12 mil pequenas usinas representam apenas 0,09% da capacidade instalada do Brasil (aqui só estão projetos até 5 Megawatts).

Ainda estamos muito longe de países como Estados Unidos, China e Alemanha. Mas vamos continuar crescendo. As pessoas e empresas estão vendo que podem ter mais segurança produzindo sua própria energia e ainda economizar.

Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída.

O primeiro benefício da energia distribuída, claro, é a redução de custos. Apesar do investimento inicial, que varia conforme a planta, essa conta é paga, em média, de 4 a 7 anos com a geração própria, além da possibilidade de vender (em créditos) a produção excedente. Outro diferencial é a eficiência, já que a energia não precisa percorrer grandes linhas de transmissão, o que deixa as perdas mínimas e aumenta a estabilidade. Veja no vídeo mais sobre Geração Distribuída.

Múltiplas fontes

O sistema fotovoltaico é o principal usado no Brasil para a Geração Distribuída, com 69% da energia produzida. Pelas características climáticas e pelas facilidades de instalação, ele é o preferido. Nos últimos anos, condomínios residenciais, escolas, hospitais e empresas dos mais variados ramos aderiram às placas solares.

É o sistema que está mais acessível e cresce cerca de 17% ao mês. Mas há um espaço enorme para todas as fontes.

Leonardo Caio, diretor de Regulamentação e Tecnologia da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen).

O Brasil tem potencial para aproveitar melhor outras fontes, como o biogás, que pode ser usado em usinas termelétricas. Oriundo da degradação de matérias orgânicas, esse gás possui, em média, 60% de metano, que pode ser usado para geração de energia elétrica, térmica e veicular. A Associação Brasileira de Biogás e Biometano (Abiogás) considera que o potencial nacional de biogás é de 52 bilhões de metros cúbicos ao ano, volume que daria para suprir 25% de toda a energia elétrica do Brasil, levando em consideração o consumo de 2016.

As empresas e o agronegócio já estão se dando conta desse potencial. Ano passado, o setor cresceu 30%. Em Ribeirão Preto, uma das principais cidades de São Paulo, o biogás é fonte de energia desde 2009. Lá, o esgoto de uma população de mais de 600 mil habitantes é transformado em eletricidade. Veja no vídeo.

A vez dos pequenos

Do total do número de instalações de Geração Distribuída no Brasil, 78% são residenciais, incluindo casas, vilas e conjuntos habitacionais. Além de economizar na conta de energia elétrica, esses empreendimentos reduzem a emissão de gases graças à utilização de fontes renováveis. E ainda colaboram com a eficiência do setor com menos perdas e oscilações.

E as vantagens financeiras vão além da redução da conta. Quem produz energia mais do que precisa pode vendê-la e receber créditos por isso. E a geração pode ser feita numa unidade ou compartilhada, reunindo várias casas de um condomínio, por exemplo. No vídeo, especialista fala de como as empresas podem se beneficiar com a Geração Distribuída:

Ficou interessado?

O primeiro passo é decidir qual tipo de fonte você vai usar e procurar uma empresa especializada para fazer o projeto. Tudo precisa passar pela concessionária da sua região.

Vantagens para todos

Prédios Comerciais

Redução de custos

Plantas Industriais

Confiabilidade e aquecimento para processos industriais.

Condomínios habitacionais

Otimiza a segurança energética e reduz as contas de eletricidade.

Instituições

Gera economia de energia, redução de custos e sustentabilidade.

Eletrificação rural

Possibilita a utilização de fontes de energia verde e o crescimento econômico.

Geração distribuída

  • 2012
    4
  • 2013
    76
  • 2014
    426
  • 2015
    1.788
  • 2016
    7.104
  • 2017
    12.238

Instalações por classe

  • 78,82% Residencial
  • 15,46% Comercial
  • 2,11% Industrial
  • 2,36% Rural
  • 0,91% Poder Público
  • 0,24% Serviço Público
  • 0,06% Iluminação Pública

Por tipo de fonte de energia

  • 69% Fotovoltaica
  • 15% Termelétrica
  • 9% Eólica
  • 7% Hidrelétrica

Fontes: Ministério de Minas e Energia e Agência Nacional de Energia Elétrica