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Construindo o futuro

Sistema São Lourenço reforça abastecimento em São Paulo

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Considerada a maior obra hidrográfica do País, o Sistema Produtor de Água São Lourenço possui atualmente 24 frentes de trabalho atuando simultaneamente, com 3,5 mil funcionários nos canteiros de obras. A partir de maio, com o fim do período de chuvas, esse contingente deve chegar a 4,1 mil. Dos 83 quilômetros de adutoras programados, 30 quilômetros já foram instalados até fevereiro. A proposta original prevê um investimento de R$ 2,21 bilhões, em modelo de parceria público-privada (PPP) e deve atingir 1,5 milhão de pessoas em sete cidades da Grande São Paulo – Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Santana do Parnaíba e Vargem Grande Paulista.

A tubulação que levará a água até as residências inclui ainda um túnel de 1,1 mil metros pela serra, dos quais 564 metros já foram escavados, e uma passagem por baixo da rodovia Raposo Tavares, que foi feita através de método não destrutivo. Ou seja, não foi necessário interromper o tráfego para a execução dessa obra. “Sabemos que é uma meta desafiadora, mas o objetivo é realmente concluir as obras no final de outubro de 2017”, afirma Silvio Leifert, superintendente de Gestão de Empreendimentos da Sabesp.

Uma das obras prioritárias de infraestrutura, o Sistema Produtor de Água São Lourenço será um importante reforço na captação de água tratada para a Região Metropolitana de São Paulo, mas enfrenta diferentes desafios.

Um dos obstáculos principais do projeto é o bombeamento de água para superar o desnível de 330 metros da Serra de Paranapiacaba até a Estação de Tratamento de Água (ETA) no município de Vargem Grande Paulista, que terá três reservatórios para armazenar até 75 milhões de litros de água com capacidade para armazenar 25 milhões de litros de água bruta cada um. No local também será construído um reservatório de concreto, que vai armazenar 20 milhões de litros de água tratada. Outros dois reservatórios metálicos, com capacidade para armazenar 30 milhões de litros de água tratada, serão montados no município de Itapevi. Na parte do trajeto da captação até a Estação de Tratamento, as adutoras terão 2,10 metros de diâmetro. Cerca de 35% das obras de construção da ETA já foram executadas, enquanto os reservatórios estão em fase inicial de montagem.

30 quilômetros de adutoras já instalados

Obra: cerca de 30 quilômetros de adutoras já instalados


Captação do Rio Itapanhaú traz mais segurança
Outra obra importante que deve ser concluída ainda neste ano é o projeto de aproveitamento das águas da bacia do rio Itapanhaú para a Região Metropolitana de São Paulo, que está na fase de obtenção da licença prévia. Já foi protocolado na Cetesb o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) e este documento apresenta as razões da proposição do projeto, as características principais, as áreas de influência do empreendimento, assim como os impactos socioambientais e as medidas para evitá-los, mitigá-los ou compensá-los.

O aproveitamento da bacia do rio Itapanhaú será realizado mediante a reversão de águas do ribeirão Sertãozinho (formador do rio Itapanhaú) para o reservatório de Biritiba, visando o aumento da segurança hídrica do Sistema Produtor Alto Tietê (SPAT). O sistema foi concebido para captar em uma vazão média de 2 m3/s, autorizada na Outorga de Implantação do empreendimento, emitida pelo DAEE, e está dimensionado para uma vazão máxima instantânea de 2,5 m3/s.

As intervenções estão previstas no Plano da Macrometrópole, que lista as ações necessárias para garantir o suprimento hídrico (com seus diversos usos) nas próximas décadas para a Grande São Paulo, Região Metropolitana de Campinas, Baixada Santista, Vale do Paraíba e região de Sorocaba. Além desses empreendimentos, o Governo do Estado e a Sabesp entregaram obras importantes para aumentar a oferta de água, como a ligação do Sistema Rio Grande com o Alto Tietê, transferindo 4 mil litros por segundo, a ampliação da transferência de água do córrego Guaratuba e a ligação do Guaió para o Sistema Alto Tietê.