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Construindo o futuro

Modelo de captação de água de Nova York será implantado em São Paulo

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Quais as semelhanças entre Nova York e São Paulo? Para essa pergunta, podem existir várias possibilidades: grande concentração populacional, trânsito caótico, gastronomia variada, diversidade cultural… Mas uma nova alternativa poderá começar a ser usada para essa resposta: o modelo de captação de água. Há mais de 120 anos, a água que abastece os nova-iorquinos vem das montanhas que ficam a cerca de 160 quilômetros da cidade. A água tem qualidade superior, já que os rios praticamente não sofrem impacto da ação humana. E quando a atividade agrícola ameaçou interferir, nos anos 1980, logo foi criada uma aliança para permitir a preservação dos mananciais.

Na região do Alto Tietê, será utilizado um modelo semelhante para a captação de água que a Sabesp fará no rio Itapanhaú, um dos maiores do Parque Estadual da Serra do Mar. O diferencial em relação ao que acontece nos EUA é que, por ser uma área protegida, não há o risco de a ação humana interferir na qualidade dessa água antes do tratamento. A obra, que será concluída em 2017 e contará com investimento de aproximadamente R$ 170 milhões, terá capacidade para levar em média 2.000 litros de água por segundo para a Represa Biritiba-Mirim, que integra o Sistema Alto Tietê. A capacidade máxima de transferência será ainda maior: 2.500 litros por segundo.

“Esse é um projeto bem interessante porque aproveita a grande pluviosidade da Serra do Mar e, por conta disso, é possível ter uma vazão significativa com uma bacia hidrográfica muito pequena. É possível captar água de altíssima qualidade, protegida pela mata atlântica, e trazer para a Região Metropolitana de São Paulo, com impacto ambiental insignificante”, destaca o Diretor-Presidente da Sabesp. O Itapanhaú nasce em Biritiba-Mirim e deságua no mar em Bertioga. Com 40 quilômetros de extensão, é o maior rio do litoral paulista.

A proposta da Sabesp, que aguarda a licença ambiental para começar a ser executada, prevê a construção de nove quilômetros de adutoras de aço com 1,2 metro de diâmetro entre o rio Sertãozinho, formador do Itapanhaú, e a estrutura de dissipação na várzea da represa. Serão utilizadas ainda dez bombas com 6.000 cavalos de potência unitária. Tudo para aumentar ainda mais a segurança hídrica da capital e da Grande São Paulo, em especial da região do Alto Tietê, sempre com respeito ao meio ambiente.