Negócio em família: pai e filho empreendem com representação de máquinas

Valmir cuida da parte técnica, enquanto Wesley faz gestão financeira com ajuda de aplicativo

Misturar vida pessoal e trabalho não é para todo mundo. No entanto, quando essa relação é bem ajustada, com uma gestão profissional em mira, os bons resultados vêm com tranquilidade. É o caso da VMAQ, empresa criada em 2011 em Itu (SP) por Valmir Fontolan, 51 anos, e seu filho, Wesley, 30.

“Cada um é consciente do que tem de fazer, e tem liberdade para montar o seu tempo, o seu dia. É assim que a gente vê o empreendedorismo, e isso dá muito certo.” Wesley Fontolan

A VMAQ atua com representação e assistência técnica de máquinas industriais tecnológicas. Os aparelhos fazem separação de materiais granulados “bons” e “ruins” antes que cheguem nos pacotes do consumidor, incluindo desde itens alimentícios, como arroz, feijão e milho, até polímeros plásticos e cristais, como quartzo. Essas máquinas também fazem o empacotamento, enfardamento e organização robótica de produtos, tudo de forma automatizada e sem contato humano.
 
A firma foi criada depois que Wesley passou quase três anos no setor de cobranças de uma grande multinacional do setor de implementos agrícolas. O trabalho era desgastante, e a ideia de ter um negócio era uma alternativa. “Eu não gostava da rotina. Detesto ter que ficar ligando e cobrando as pessoas. Isso foi me sufocando, até não conseguir continuar”, relembra.
 
Parceria na vida e no trabalho

Formado em Administração de Empresas, Wesley identificou uma oportunidade de empreender quando viu a necessidade de uma representação técnica em sua região da marca Selgron, fabricante catarinense de máquinas. Como seu pai tinha formação em Eletrônica, com experiência em consertos, eles se uniram para abrir a VMAQ em 2011 – Valmir cuidando da parte técnica, e seu filho, da administrativa.
 

“Detesto ter que ficar ligando e cobrando as pessoas. Isso foi me sufocando, até não conseguir continuar.”
Wesley Fontolan

Segundo Wesley, a relação com seu pai tanto na vida pessoal quanto na profissional não poderia ser melhor. “Sempre tivemos um relacionamento muito bom, e nesses sete anos juntos trabalhando juntos, nunca tivemos nenhum atrito, por incrível que pareça”, diz o empresário. “Aqui cada um é consciente do que tem de fazer, e tem liberdade para montar o seu tempo, o seu dia. É assim que a gente vê o empreendedorismo, e isso dá muito certo.”
 
Estrutura enxuta e organizada

A VMAQ tem hoje uma estrutura bastante enxuta, formada por Valmir, Wesley e Leonardo, que ajuda na assistência técnica. Com esse tamanho “micro”, uma boa gestão financeira faz muita diferença para o sucesso da empresa. Para isso, Wesley buscou apoio no QuickBooks, um sistema de gestão financeira que cria relatórios fáceis de visualizar, gera alertas de datas de pagamentos e permite o acesso dos dados da empresa pelo smartphone, entre outras funcionalidades.
 
A empresa começou a usar o QuickBooks para, além de ter um maior controle financeiro, acessar os livros-caixa remotamente. “Como a nossa empresa tinha duas frentes de trabalho, com a prestação de serviços e a comercialização de peças, isso demandava dois caixas, e controlar dessa maneira era mais difícil com papéis e cadernos”, diz Wesley.
 

“Os relatórios que o Quickbooks disponibiliza são excelentes.”
 Wesley Fontolan

Segundo ele, o aplicativo permite saber com exatidão onde a empresa vai ter mais lucros ou perdas em cada mês, além de ver com clareza os pontos que precisam de mais atenção no futuro. “E os relatórios que o programa disponibiliza são excelentes”, diz.
 
A aposta de mercado da VMAQ , de acordo com Wesley, deu certo. A firma hoje atende clientes tanto em sua região quanto fora dela, inclusive em outros Estados, como Minas Gerais. A meta agora é manter a satisfação dos clientes e do fabricante, para incrementar o braço de representação comercial da empresa – quem sabe até agregando novas marcas ao seu portfólio. Mas a ideia é manter uma estrutura enxuta.

“No nosso ramo, às vezes se consegue melhorar o faturamento sem muita mão de obra administrativa, ou com um escritório grande. A representação comercial se faz indo aos clientes, então não precisamos de recepcionista, ou ficar de portas abertas”, completa Wesley.