Designer faz do amor pela fotografia um negócio de sucesso

Edith mudou de carreira após 15 anos, e agora usa sistema de gestão financeira para gerir empresa

Transformar um hobby de mais de 30 anos em profissão levou Edith Schmidt, 55, a reorganizar sua carreira. O receio de abrir um negócio novo a essa altura da vida se transformou em uma alegria diária, que ela compartilha com os clientes em cada clique.
 
“A fotografia é, sobretudo, o olhar. O que as pessoas buscam é a minha sensibilidade sobre aquele momento”, diz, orgulhosa da escolha de seguir em frente com sua empresa, a Ponto 2 Fotografia, que em breve deve se chamar EMS Fotografia, localizada no bairro do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo.

“Fiquei com muito medo, mas soube que tinha de me centrar e focar na fotografia. Depois, senti que tinha removido 20 quilos das costas, e podia fazer o que amo.” Edith Schmidt

A verdade é que os clientes conhecem a empresa pelo nome da proprietária, exemplo de que a dedicação de Edith ao negócio não passa despercebida. Depois de mais de 15 anos atuando como designer em agências de comunicação (foi inclusive sócia de uma), ela se viu cada vez mais envolvida pela fotografia. A inspiração criativa para trabalhar como designer perdia espaço, até o dia em que abriu mão da sociedade, em 2011, e resolveu se dedicar integralmente à carreira de fotógrafa.
 
Antes disso, Edith já prestava serviços de fotografia, em paralelo ao trabalho como designer. O que mudou foi a importância que a atividade tomou na sua vida. “Protelei por um ano ou dois o que eu realmente queria. Já fotografava, mas tinha medo de não ter o dinheiro para me sustentar”, conta.
 
A primeira semana após decidir mudar de carreira foi de controlar a emoção. “Fiquei com muito medo, mas soube que tinha de me centrar e focar na fotografia. Depois, senti que tinha removido 20 quilos das costas, e podia fazer o que amo”, lembra. Os projetos não demoraram a aparecer. De contatos de amigos surgiram eventos, e a clientela começou a aumentar.
 

“Estava usando agenda de papel, e-mail com alertas, milhares de planilhas. Quickbooks foi a solução para minha dor de cabeça diária.”
Edith Schmidt

Foi aí, quando sua empresa começou a crescer, que Edith buscou soluções para não se perder nas contas. A fotógrafa recorreu à ajuda do QuickBooks, sistema de gestão financeira que pode ser acessada tanto pelo computador quanto pelo aplicativo do celular.
 
O sistema organiza os dados em um só lugar, e, com ele, o empreendedor pode importar extratos bancários, fotos de comprovantes e planilhas – seja com informações financeiras, seja com contatos de fornecedores e clientes -, além de receber alertas de vencimentos de contas.
 
Uma amiga apresentou o QuickBooks a Edith, que ganhou mais segurança na organização financeira do negócio. “Estava usando agenda de papel, e-mail com alertas, milhares de planilhas” relembra a fotógrafa. “Foi a solução para minha dor de cabeça diária”.
 

“Se eu soubesse que não seria tão difícil, teria feito antes.”
Edith Schmidt

Com o registro de clientes, por exemplo, Edith consegue prever os aniversários e organizar melhor a agenda de eventos, algo importante para acompanhar sua clientela ao longo dos anos. “Primeiro, eles fazem as fotos do casamento. Depois, do aniversário dos filhos, e a cada ano posso saber quando as datas importantes de um cliente específico estão chegando”, diz.
 
Hobby de gerações

A paixão pela fotografia não veio do nada. Edith ganhou a primeira câmera aos 15 anos, e cresceu em meio ao laboratório do pai, Carlos, que também tem o hábito de fotografar e registrar todos os programas familiares, além de criar álbuns para cada momento especial. Hoje, os dois se reúnem para compartilhar as experiências. “Adoramos sentar juntos e ver as fotografias antigas. Aos 84 anos, ele migrou para a câmera digital”, conta.
 
O próximo passo de Edith é criar um estúdio dentro do apartamento, para que possa aumentar os projetos de ensaios fotográficos. Ela quer renovar as câmeras, comprar mais equipamentos de luz e seguir investindo na carreira da qual hoje se orgulha: “Se eu soubesse que não seria tão difícil, teria feito antes”, afirma.