Com 5 dentistas na família, empreendedor usa experiência para sair do óbvio e apostar em novo negócio

Sidney Junior abriu um laboratório de próteses dentárias para atender às demandas da família e criar sua própria empresa

Nascido em uma família de cinco dentistas, Sidney Junior, de 30 anos, não saiu muito do roteiro quando resolveu cursar Odontologia, em 2007. Mas, se o final dessa história parecia previsível, o empreendedor resolveu apostar numa virada: optou por um caminho que aliava a experiência familiar com uma nova profissão.

Foi assim que nasceu o Prothese – Laboratório de Próteses Odontológicas em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. “Não seria inteligente eu me tornar mais um dentista concorrente do meu pai e tio. A área de próteses é interessante, dava para ganhar bem e ainda suprir a necessidade que eles tinham de terceirizar. Em vez de competir com eles, escolhi algo que pudesse atender a uma demanda deles”, conta Sidney.

O percurso até o atual negócio ainda teve outras mudanças de rota. Sidney e a esposa, Jaquelini Dias, de 31 anos, chegaram a ter uma confecção de uniformes corporativos e escolares durante algum tempo. O protético também trabalhou como autônomo antes de entrar de cabeça na atual empresa.

Mas, desde meados de 2015, a esposa e ele decidiram pela dedicação profissional exclusiva à Prothese, onde produzem peças como lentes de contato para dentes e coroas (capas de porcelana que cobrem o dente inteiro). Estudante de Marketing, Jaquelini veio somar forças ao negócio. Dedica-se à parte administrativa e também investe no relacionamento com clientes, que acredita ser o diferencial do negócio.

“Nosso ramo é bastante específico, não muito fácil de conseguir clientes, porque geralmente o dentista já tem o laboratório no qual confia. Então, no primeiro contato, você muitas vezes não consegue, mas manter o relacionamento é o que muda esse cenário”, explica Jaquelini.

“Nosso ramo é bastante específico, não muito fácil de conseguir clientes. Então, no primeiro contato com consultórios, você muitas vezes não consegue.”
JAQUELINI DIAS

Além disso, o casal investe em uma parte fundamental desse relacionamento: a comunicação sem ruídos. “Às vezes, o laboratório não se preocupa em saber detalhes do pedido, ou entender exatamente o que o dentista precisa, e isso acaba gerando problemas. É onde a gente tenta ser diferente. Não vendemos só o produto, mas toda assistência também. Como o Sidney acumulou muita experiência e conhecimento, isso nos diferencia no mercado”, observa.

Essa preocupação em dar atenção a todas as etapas da produção das peças se transportou também para a gestão da empresa. Ao ingressar na faculdade de Administração, Sidney percebeu a necessidade de buscar um sistema de gestão financeira completo. “O dentista é meu cliente, mas aí tem também o cliente do dentista, e eu precisava de um sistema onde pudesse registrar essas informações extras também. É isso que me faz ser diferente. E o sistema que chegou mais perto do que eu precisava foi o QuickBooks”, conta Sidney.

O empreendedor também se empolgou com a facilidade do QuickBooks, sistema de gestão financeira que ele considera fundamental para a organização da rotina da empresa. “O que me ganhou foi a simplicidade do programa. O tempo é precioso para a gente, e não dá para ficar meia hora cadastrando cliente. Você abre o QuickBooks e, logo de cara, você sabe quanto tem para receber, quanto já foi pago, quanto não foi”.

“O QuickBooks me ganhou com a simplicidade do programa. Você abre o aplicativo e, logo de cara você sabe quanto tem para receber, quanto já foi pago, quanto não foi.”
SIDNEY JUNIOR

Um dos recursos mais utilizados por Sidney é a geração de recibos de entrega dentro do próprio sistema. “Quando faço uma nova fatura em nome de algum cliente, sei que tudo relacionado a ele estará ali naquela aba, inclusive o recibo de entrega. Gosto de poder gerar o recibo direto do QuickBooks. É uma comprovação de que você entregou o trabalho”, explica.

O uso da ferramenta já trouxe algumas mudanças para a organização financeira da empresa. “Com o sistema, eu já consegui separar as contas pessoais das contas corporativas, porque como pequena empresa a gente costuma misturar muito as coisas. Hoje, já conseguimos ter uma noção. Sabemos quanto vai entrar, quanto vai sair, e com isso dá para se planejar melhor”, conta Jaquelini.

Com a organização das contas, os dois já planejam o futuro. Querem começar a atender empresas grandes, para garantir maior entrada de recursos, e, assim, alcançar outra meta do negócio: investir em um projeto social próprio. “Eu quero crescer como empresa, mas também ajudando as pessoas. Uma pessoa que não tem os dentes, não consegue expressar alegria. As próteses restauram uma parte da pessoa que foi perdida”, diz Sidney.

Queremos crescer como empresa, mas também ajudando as pessoas. Uma pessoa que não tem os dentes, não consegue expressar alegria. As próteses restauram uma parte da pessoa que foi perdida.” SIDNEY JUNIOR