Antes de lançar um produto ou serviço, é preciso conhecer o nicho de mercado onde você pretende entrar. Será mesmo que sua deliciosa receita vegana encontrará clientes em potencial ou esse segmento já está saturado? E aquela ideia de pet shop personalizada funciona na sua cidade? Isso você só descobre com pesquisa prévia. Ler notícias sobre o setor, conversar com quem já tem empreendimento na área, mostrar sua ideia para pessoas em quem confia e estabelecer qual público você quer alcançar ajudam a entender o mercado. Esse conhecimento é importante para você se sentir mais confiante de que seu projeto tem potencial para sobreviver e crescer. Além disso, pode ajudá-lo a ter insights sobre a melhor forma de posicionar seu produto ou serviço.

O primeiro passo de toda empresa é o plano de negócios. Não se trata apenas de um documento burocrático, mas de um instrumento que contém toda a estratégia de como você colocará sua empresa de pé. No plano de negócios, você vai determinar e detalhar o ramo de atividade (em que segmento seu negócio se encaixa?), mercado consumidor (quem serão seus clientes?), fornecedores e concorrentes (de onde virão os insumos de que você precisa? Com quem você vai disputar fatias de mercado?), produtos e serviços, localização da empresa (você terá um escritório? Precisa de espaço para fábrica?) e análise financeira (de quanto investimento você precisa para começar? Quanto espera ganhar? Quais são as despesas fixas e variáveis?). Colocar isso no papel ajuda a orientar suas ideias para transformá-las em um negócio efetivo.

Mesmo um negócio com ótimo potencial de mercado corre o risco de fechar se houver desorganização financeira. E o motivo é bastante simples: a falta de controle sobre a entrada e saída de dinheiro prejudica a manutenção da empresa. É preciso saber quanto se tem em caixa para planejar pagamentos de funcionários, do escritório das, contas de água e de luz, além das despesas de produção (quanto sua empresa gasta para produzir o serviço ou produto que vende). A boa notícia é que fazer esse controle não precisa ser uma tarefa chata ou burocrática. Sistemas de gestão financeira como o QuickBooks ajudam empreendedores a organizarem as contas da empresa de forma rápida. Pelo computador ou celular, é possível registrar entradas e saídas, contatos e preços de fornecedores, além de agendar futuros pagamentos. Com as informações, o sistema gera relatórios de fácil visualização que permitem ao empresário controlar a saúde financeira e planejar o futuro do empreendimento.

Mesmo que você comece do zero e seu nome ainda seja desconhecido, criar uma identidade visual sólida é importante para que os futuros clientes possam reconhecê-la. Criar um logo, pensar nas cores da sua empresa e no design que melhor reflete sua ideia e avaliar outros produtos (camisetas, cartões de visita) que identifiquem visualmente seu negócio ajudam a criar as bases para uma marca forte. O mesmo vale para sua presença no ambiente digital. Levar a identidade para o site e as redes sociais do seu negócio é fundamental para ampliar o reconhecimento da marca no seu setor.

O atendimento no pós-venda (depois que seus clientes já adquiriram seu produto ou serviço) não pode ser ignorado. Se receber algum feedback negativo, avalie por que o consumidor está insatisfeito, quais razões o levaram a reclamar e como o seu negócio pode melhor atendê-lo em uma próxima vez. Nas redes sociais, preste atenção ao que os seus clientes estão falando sobre seu produto e responda às críticas de forma honesta. No mundo digital, a transparência é o melhor recurso para reconquistar um consumidor insatisfeito. Uma estratégia interessante para antecipar feedbacks é lançar seu negócio em formato de teste para experimentar a recepção do público antes de apostar todas as fichas em uma ideia. Se você pretende abrir uma loja, por exemplo, pode investir em uma pop up store (lojas menores e de temporada). Se quer lançar um aplicativo, vale abri-lo em formato beta para alguns poucos usuários e escutar como foi a experiência deles.

A precificação talvez seja uma das maiores dificuldades dos empreendedores iniciantes. A pergunta que você deve fazer para resolver essa equação é: quanto devo cobrar pelo meu serviço ou produto final para cobrir meus custos de produção, minhas despesas fixas e ainda obter lucro para manter a empresa funcionando? Aliado a isso, o valor não pode ser tão alto de forma que não seja atrativo para os clientes. Uma boa estratégia para determinar preços é registrar todas as suas despesas e o volume de produtos necessário para cobri-las, considerando também sua margem de lucro.

A estratégia de marketing da empresa do seu amigo não necessariamente se aplica à sua. Encontre os espaços onde seu público está e foque sua estratégia em alcançar essas pessoas. É importante que você defina sua estratégia para não desperdiçar recursos em ações que não são compatíveis com a meta do seu negócio. Se seus consumidores são muito fortes no ambiente virtual, vale a pena fazer um evento de lançamento da sua marca? Ou quem sabe um “ao vivo” nas redes sociais? Estruture esse planejamento de marketing de forma que seus recursos sejam otimizados. Além disso, você pode rever a estratégia de tempos em tempos, conforme sua empresa for crescendo ou se modificar.

Você não está sozinho no mercado e ignorar isso é um erro. Fazer análise da concorrência se torna fundamental para entender quais seus pontos fortes e o que você pode explorar no seu posicionamento frente aos clientes. Primeiro, identifique e delimite seus principais concorrentes: faça uma lista de empresas do ramo de atividade em que você atua na sua região. Depois, colete informações: preços nas lojas, promoções, presença nas redes sociais. Procure ler artigos de jornais sobre esses empreendimentos. Avalie a sua vantagem competitiva e a vantagem competitiva do outro lado. Assim que você tiver essa radiografia, consegue entender melhor como seus concorrentes operam, o que torna mais fácil prever seus próximos movimentos. Use seus pontos fortes para se destacar.