Mesmo pequenos investimentos precisam de um mínimo de pesquisa para serem colocados em prática. Uma boa ideia tem maiores chances de dar certo se você conhecer os cenários de mercado nos quais pretende lançá-la. Colete informações: em que segmento você pretende atuar, qual público quer alcançar (e como pretende oferecer o produto ou serviço), quem são seus concorrentes, quais as suas vantagens competitivas em relação a eles e vice-versa. Também vale ficar ligado em notícias do setor. Se a ideia é abrir uma empresa que ofereça refeições congeladas saudáveis, por exemplo, pode criar um alerta em seu e-mail para receber notícias relacionadas a “gastronomia saudável”, “refeições veganas” ou quaisquer outras expressões que você considerar importantes ao seu negócio.

O plano de negócios não se restringe a apenas dar o primeiro passo, mas a pensar em um caminho completo de tomadas de decisões, em uma estratégia para entrar (e se manter) no mercado e projetar cenários de expansão. Esse documento vai ajudá-lo a desenvolver uma melhor compreensão do seu próprio negócio, identificar variáveis críticas (por exemplo, se o preço do seu serviço cobre os custos da produção necessária para entregá-lo), ter uma visão mais ampla de oportunidades (sua empresa de marketing tradicional pode migrar para a área digital, por exemplo) e definir os objetivos e o modelo da empresa. O plano de negócios é uma espécie de guia básico que pode auxiliar o empreendedor a estabelecer medidas mais seguras para ter sucesso.

Há uma série de documentos que todo empreendedor precisa regularizar na hora de abrir o negócio. Entre os principais, CNPJ (que é uma espécie de RG da empresa) e o alvará de funcionamento, concedido pela prefeitura. Além disso, você deve conferir em que modelo de regime tributário sua empresa se enquadra para entender quais impostos deverá pagar. Uma pequena empresa dentro do Simples Nacional, por exemplo, segue o regime simplificado, no qual as taxas são recolhidas todas em uma única guia. Nesse caso, os procedimentos fiscais tornam-se mais práticos. Também mantenha os documentos em dia para não levar sustos. Estabeleça medidas de gestão de documentos, como usar um aplicativo ou pastas na nuvem para manter a organização de todos os registros.

Todas as áreas de uma empresa precisam de planejamento, mas o financeiro aparece como setor crucial à sobrevivência do negócio. Para não perder o controle, dê atenção especial à gestão das contas: um empreendimento precisa gerar receita suficiente. Não há motivos para se assustar com a tarefa. Existem softwares desenvolvidos especialmente para tornar esse processo mais fácil. O QuickBooks é um sistema voltado para pequenas empresas onde é possível, por exemplo, registrar alertas de datas de vencimento de contas, importar notas fiscais, planilhas e contatos, além de ter acesso a relatórios customizáveis que ajudam a visualizar de forma fácil os gastos e recebíveis.

Olhe para seus clientes atuais e pergunte por indicações: eles provavelmente conhecem alguém interessado no seu serviço. Vá a eventos do setor, recolha e distribua cartões de visitas, e faça contatos de forma objetiva e clara. Se achar pertinente, lance uma versão menor do seu produto ou serviço como forma de teste.

É comum que empresários iniciantes se atrapalhem com as tarefas do dia a dia, já que, em geral, nas pequenas empresas uma única pessoa responde por várias áreas: vendas, marketing, contabilidade, logística… Como criar uma organização que não atrapalhe demandas antigas e ajude o empreendedor a manter seus prazos em dia? Existem diversas ferramentas para elaborar essa lista. A matriz Urgente-Importante, que divide as tarefas em grau de importância e urgência, tornou-se um dos instrumentos mais conhecidos. Você pode ainda adaptar diferentes ferramentas e montar uma estratégia própria. O mais importante é criar prioridades alinhadas às metas da empresa.

Ouvir o que clientes e fornecedores têm a dizer pode trazer insights importantes para a sobrevivência do negócio. O mesmo vale para funcionários. Crie um ambiente em que eles se sintam confortáveis para oferecer sugestões. Na hora de ouvir uma crítica, mantenha-se aberto. Bons feedbacks ajudam a melhorar a relação entre colaboradores e diretores e podem ter impacto até mesmo no melhor uso de recursos humanos. Se um funcionário relatar maneiras mais rápidas e igualmente eficazes para realizar um mesmo processo e o dono estiver aberto para ouvir e implantar o novo método, é provável que a produtividade seja ampliada.