10 dicas para passear com o cachorro de forma segura e saudável

Difícil encontrar alguém que não goste de passear com seu cachorro, e os bichos de estimação realmente precisam fazer exercícios. As caminhadas são a melhor maneira de satisfazê-los, já que desenvolve a socialização, estimula a parte física e psicológica de forma positiva. Porém, poucos tutores tomam as precauções necessárias para evitar riscos à saúde e à segurança do animal.

É importante entender que apesar de sair com o animal ser uma atividade necessária,  se não forem tomados alguns cuidados, pode se tornar um momento desgastante e até trazer problemas para o pet. Desde a preparação para o passeio diário até o descanso do retorno é necessário ter atenção em diversos detalhes. O sol, por exemplo, é um grande inimigo do cachorro. Talvez o maior. Um vilão que pode causar doenças de pele, desidratação, possibilidade de queimaduras nas patas, por causa do asfalto quente, e até levá-lo à morte, se associado a esforços – principalmente em cães de focinho achatado (braquicefálicos).

“O maior erro para passear com os cães está relacionado à escolha do horário. Não se pode esquecer que os horários de sol quente são os piores momentos. Então, é comum a gente ver cães passeando no horário do almoço, naquele sol do meio-dia. O que recomendo é, primeira coisa, evitar as temperaturas extremas, tanto frio demais, mas principalmente o calor demais, o sol”, afirma a médica-veterinária Mariana Buck, do Hospital Veterinário Santa Inês.

Listamos abaixo 10 dicas para evitar problemas no passeio com o seu pet.

1 – Evite caminhadas sob sol forte e temperatura elevada
Os melhores horários para os passeios diários são de manhã (bem cedo) e no final do dia, quando o sol se põe, justamente sem o calor e raios solares excessivos. Cães sofrem complicações pelo excesso de temperatura, desde queimadura dos coxins (patas), até a hipertermia, quando a temperatura sob demais e desenvolve uma série de complicações – eles também têm câncer de pele, doenças autoimunes, então temos de tomar todo o cuidado com a exposição solar, que podem ocasionar até a morte do animal.

2 – Verifique as condições de pet
Antes de sair de casa, devemos ter certeza que o animalzinho está apto para fazer uma caminhada, por mais leve que seja. O bicho não pode vir de um pós-operatório, de uma cirurgia recente, não deve ter nenhum processo patológico (estar doente ou debilitado), que esteja com vacinas e vermifugação atualizadas e, principalmente, protegidos para parasitas (pulgas e carrapatos). São os ectoparasitas que transmitem as doenças.

3 – Acalme o animal
Animais ficam bastante ansiosos para os passeios. Então, nada de deixá-los aflitos antes de a hora da caminhada chegar. Não fique com a coleira nas mãos, não mostre ao bichinho que está se preparando para a saída, ainda com uns minutos por vir. Ele não te deixará em paz. Converse com ele, acalme-o e só no momento certo coloque coleira e guia. Saindo com tranquilidade, a caminhada será mais harmoniosa. 

4 – Não exagere no tempo do passeio
Para não ocasionar um desgaste maior do animal, evite os excessos. O tempo correto da caminhada é variável, não existe uma regra. Mas cada bichinho, pela raça, o tamanho, o porte, a pelagem, as características e a condição física e de saúde, se é portador de alguma patologia crônica, vai ter uma variação do que é considerado tempo ideal. Se a gente pegar um yorkshire, um animal pequeno, que respira mal, tem colapso de traqueia, prolongamento de palato, e caminhar por quilômetros, vamos ocasionar complicações severas. Um cão de porte maior, um pitbull, de três anos, conseguirá caminhar muito mais que um maltês de 15 anos. Devemos respeitar limites e característica de cada raça e uma orientação veterinária vai ajudar muito.

5 – Confira todos os acessórios de segurança/proteção
Além de estarem com toda parte de profilaxia em dia, vacinação e vermifugo atualizados, profilático para pulgas e carrapatos, os cães devem contar com uma coleira e uma guia de segurança. Não podemos esquecer que andar com animalzinho solto propicia acidentes, atropelamentos e ataques de outros cães. Esses são cuidados imprescindíveis. Algumas raças de grande porte, por lei, em ambiente público, têm de estar de focinheira.

6 – Transmita segurança ao cachorro
Brigar, dar broncas, ficar gritando com o pet vai deixar o parceiro do caminhada irritadiço. O cãozinho tem de saber que você está no comando, mas o diálogo necessita de calma, tranquilidade, para que o bicho sinta-se em segurança. Tente mostrar alegria e mostrar a importância desse evento diário.

7 – Deixe-o aproveitar a caminhada
Mais que uma simples caminhada, cachorros adoram usar seus passeios para marcar território (urinam em postes e paredes) e fazem suas necessidades justamente nas saídas. Não fique brigando ou proibindo seu animal de desfrutar o passeio. Apenas leve as sacolinhas para a retirada dos dejetos e tudo bem.

8 – Recompense-o com petiscos caninos
Normalmente, o cão gosta demais de sair para dar umas voltas. Ou seja, o passear já é uma recompensa para ele. Mas existem os cães que estão sendo adaptados, em fase de adestramento, o que torna comum o uso de petiscos, de alguma forma de recompensa, para ele aprender a usar a coleira, respeitar os limites, o puxar, a guia, esperar quando vamos atravessar a rua. Nessa fase é mais comum o uso de recompensas. Conforme vão se adaptando, o passeio se torna satisfatório e por si só já é uma recompensa.

9 – Não esqueça de levar água e comida
Qualquer atividade física é desgastante e requer hidratação. Levar alimentação e água fresca se faz necessário. Hoje, temos à disposição garrafinhas próprias para os pets, que facilitam muito ao longo do passeio.

10 – Descanse ao longo do percurso
Cansado ou insatisfeito, o pet deita, fica aflito, se recusa muitas vezes a continuar a atividade, saliva bastante e respira de uma forma muito rápida. Quando isso acontece, devemos parar, oferecer uma situação de repouso, num ambiente que não esteja quente, além, é claro, de oferecer água fresca. Após as caminhadas, os animais também devem ficar relaxados num ambiente fresco.

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Conversa de Bicho

Jornalista

Fábio Brito

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