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Auxiliar de veterinário é porta de entrada para trabalhar em clínicas

O mercado pet oferece oportunidades para quem gosta de bichos e deseja trabalhar na área. Uma das profissões que estão em alta é a de auxiliar de veterinário. O cargo consta na Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego (ocupação 5193-05) desde 2002, mas ainda não há regulamentação (lei que normatiza a profissão, cuja apreciação é feita pelo Congresso e sancionada pelo presidente da República).

A estimativa é de que existam mais de 10 mil postos de trabalho só em São Paulo. São mais de 40 mil clínicas no Brasil – sem contar hospitais, centros de diagnósticos, ambulatórios, entre outros. Como não há registros oficiais, muitos ainda trabalham na informalidade ou  como “ajudante-geral”.

Para o médico veterinário Eduardo Pacheco, diretor do Hospital Veterinário Santa Inês, a profissão é fundamental para melhorar o atendimento dentro da instituição. “Eles são essenciais para o bom andamento da logística interna. Complementam o nosso serviço, sob supervisão, fazendo coletas de exames laboratoriais, aplicando medicações sob prescrição, entre outras atividades”, explica.

Salários
O salário médio de um auxiliar veterinário é estimado em R$ 1,5 mil, mas pode chegar a cerca de R$ 4 mil, dependendo da experiência e escala que o funcionário realiza.

Para o supervisor Fábio Magalhães, que trabalha há mais de 18 anos na área e coordena cerca de 10 auxiliares no Santa Inês, o cargo permite aprender mais do que simplesmente fazer procedimentos dentro de um hospital. “Traz a possibilidade de conhecer o comportamento dos bichos e até mesmo sobre o significado da vida.”

Ainda não existem cursos reconhecidos pelo MEC, mas Magalhães acredita que o reconhecimento da função está ligado ao desenvolvimento da medicina veterinária. “Vamos chegar ao ponto de haver segmentação entre os profissionais formados em auxiliar veterinário, como especialização em curativos, instrumentação cirúrgica, entre outras”, acrescenta.

O auxiliar veterinário precisa ficar atento ao trabalho que pode e não pode desempenhar para não cometer crime. O exercício ilegal da profissão de médico veterinário é considerado um delito, devendo ser denunciado ao Ministério Público e à polícia. “Como o nome já diz, o auxiliar pode apenas auxiliar o médico veterinário, como, por exemplo, na contenção de animais, limpeza e desinfecção de mesas de atendimento e equipamentos utilizados, ou mesmo em cirurgias, mas sempre auxiliando, jamais realizando procedimento sozinho”, ressalta Magalhães.

Curso também ajuda indecisos a  decidirem sobre graduação na área
A especialização de auxiliar veterinário tem sido alvo não apenas de candidatos que desejam ingressar nessa profissão, mas também daqueles que procuram usar o curso como teste vocacional para decidir se farão ou não a faculdade de medicina veterinária. Há também outros profissionais, como criadores, adestradores, passeadores, donos e atendentes de pet shops que desejam ter o aprendizado como diferencial em suas funções e negócio.

Mesmo pessoas que são apaixonadas por bichos fazem o curso para atuar melhor como voluntários em ONGs, situações de resgate e primeiros socorros.

No curso, os alunos aprendem técnicas e melhores práticas de higienização, noções básica de fisiologia e da anatomia de cães e gatos, análise de gravidade do estado de saúde, legislação, técnicas de resgate, informações sobre comportamento dos animais, manejo, entre outros dados.

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Jornalista

Fábio Brito

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