Cães

Viagem com o animal de estimação

Quando as férias ou feriados e aquela tão esperada viagem se aproximam, quem tem animal de estimação não pode se esquecer de incluí-lo no planejamento do passeio da família. Mesmo que ele não vá com você, é preciso garantir um lugar onde o pet possa ficar ou alguém que cuide dele durante sua ausência.

Para quem vai levar o bichinho na viagem, a boa notícia é que as empresas do setor de turismo estão se adaptando para atender esta demanda. No caso das viagens de ônibus, é importante saber que o trânsito de animais é autorizado pela Agência Reguladora do Transporte Terrestre (ANTT), mas as regras variam em cada companhia. Em algumas, é permitido viajar com animais silvestres e domésticos sem pagar nenhuma taxa. Também há empresas que só transportam animais da fauna doméstica e com até 8 kg, mas o tempo de viagem não pode ultrapassar 24 horas e os demais passageiros devem autorizar o embarque. Por isso, é essencial se informar antes.

Se você for de avião, também precisa obter informações com a companhia aérea, já que as regras mudam de uma para a outra. De qualquer forma, as aéreas normalmente fazem apenas o transporte de cães e gatos em voos comuns – as demais espécies só são transportadas pelo serviço de carga das empresas.

Algumas companhias já permitem o transporte de cães e gatos dentro da cabine da aeronave, mas é necessário verificar as condições. De acordo com o Ministério do Turismo, para viajar na cabine, os animais devem ficar acomodados dentro de um contêiner rígido de fibra ou plástico com tapetes higiênicos. Algumas companhias aceitam cães e gatos de até 5 kg; em outras, o peso máximo é de 10 kg. Já se o pet for no compartimento de carga, fique tranquilo: o local possui controle de temperatura e pressão. Em todos os casos, você terá de apresentar os comprovantes de vacinação antirrábica e o atestado de saúde do animal, emitido por um veterinário.

O médico veterinário Aldo Macellaro Jr., fundador do hotel fazenda para cães Clube de Cãompo, destaca que é importante acostumar o cão a ficar dentro da caixa para que ele não fique muito agitado durante a viagem. “Quanto mais longo o voo, melhor precisa ser este treinamento”, aconselha.

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Quem quiser viajar com outras espécies, como aves, coelhos, furões ou iguanas, deve entrar em contato com o serviço de carga da companhia aérea. Para o transporte destes animais será exigida uma GTA (Guia de Trânsito Animal), expedida por veterinário habilitado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou pelo órgão executor da defesa sanitária nos estados. “No caso de espécies silvestres, é necessária a autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)”, informa o Ministério do Turismo.

Para viagens internacionais você tem que pedir o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI), emitido pela autoridade do país de origem ou de procedência do animal, que deve estar em conformidade com as exigências sanitárias do país de destino. O médico veterinário Marcio Waldman, da Pet Love, aconselha que antes de planejar uma viagem para o Exterior os donos acessem o site do Ministério da Agricultura para verificar os pré-requisitos para entrada de animais domésticos no destino escolhido. “A União Europeia e o Japão, por exemplo, exigem a colocação de um microchip de identificação nos cães e gatos. Já a Austrália não aceita animais domésticos oriundos do Brasil”, explica.

Viagem de carro
Se você for viajar de carro, Marcio recomenda levar o animal dentro de uma caixa própria para o transporte ou fazer o uso de um cinto de segurança para pets. “Além de garantirem a segurança do mascote contra acidentes, estes cuidados também evitam multas, já que é proibido transitar com o animal ‘solto’ no carro”, lembra. Macellaro Jr., do Clube de Cãompo, destaca que quem possui veículo com airbag deve sempre levar o animal no banco de trás. “Se houver um acidente, o acionamento do dispositivo pode machucar gravemente o cão”, alerta.

Os dois especialistas também aconselham atenção especial à temperatura do veículo, pois os pets sofrem muito com o calor. “Evite viajar nos horários em que o sol está mais forte e mantenha sempre os vidros semiabertos ou o ar-condicionado ligado nos períodos quentes”, diz Waldman.

Confira abaixo outras dicas do fundador da Pet Love para uma viagem tranquila de carro com seu pet:

• Jamais deixe o animal trancado dentro do carro com os vidros fechados. Ele pode ter uma hipertermia (elevação da temperatura corporal) por insolação e até morrer.

• Não se esqueça de dar água ao pet. A água ajuda o bichinho a se manter hidratado e a suportar o calor.

• Faça paradas ao longo da viagem. As paradas ajudam o pet a ficar mais calmo. Deixe que o seu mascote estique as patinhas, caminhe um pouco e faça as necessidades.

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Hotéis e pousadas
Além de todas as medidas para o transporte correto do seu pet, é fundamental pesquisar se os locais onde você se hospedará aceitam animais de estimação para evitar surpresas desagradáveis na hora em que chegar ao destino.

De olho no aumento da demanda de clientes que viajam com os animais, muitos hotéis e pousadas já permitem a estadia dos donos com seus pets. Recentemente, uma grande rede hoteleira passou a aceitar animais de pequeno porte (até 15 kg), mediante pagamento de uma taxa que varia de R$ 30 a R$ 50 por dia. Também é preciso apresentar a carteira de vacinação do animal e um formulário de responsabilidade, preenchido pelo dono. As regras são: os animais só podem circular com guia ou em caixas apropriadas e bolsas, não é permitida a circulação nas áreas sociais, e os pets não podem ser deixados sozinhos nos quartos.

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Conversa de Bicho

Jornalista

Fábio Brito

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