Pagamentos Digitais: em que ponto estamos?

Apps permitem usar carteiras digitais e até pagar boletos e fazer empréstimos sem usar o banco, mas o celular como moeda principal no varejo ainda está distante

Há pouquíssimo tempo, ninguém imaginava pagar por produtos e serviços sem usar dinheiro, cartões físicos, cheque ou boleto, possibilidade apresentada pelas carteiras digitais (wallets). Imagine então dispensar infraestrutura bancária para recarregar o Bilhete Único, o celular (inclusive em modo offline, via SMS), quitar contas e contratar empréstimos. Então as inovações chegaram e, com elas, os pagamentos digitais, feitos por celular, o que permite atender a pessoas com ou sem conta em um banco. No Brasil, a líder nesse segmento é a RecargaPay, fintech que criou o app de mesmo nome, com 10 milhões de downloads (90% no Google Play) e quase 2 milhões de clientes ativos por mês.

“Nada mais é como um ano atrás. São as fintechs que promovem [a mudança]? Não. Elas deram um empurrão. Ainda hoje há pouco acesso ao sistema bancário no Brasil até que o digital chegou para preencher essa lacuna, concentrando tudo no celular, sem taxas [a RecargaPay cobra por operações acima de mil reais ou a partir da terceira recarga de celular no mês, por exemplo] e juros mais baixos”, avalia Renato Camargo, chief marketing officer (CMO) da RecargaPay. A política de devolver dinheiro para a conta digital do cliente, chamada de cashback, é outro atrativo de fidelização.

A base tecnológica é a mesma que sustenta a chinesa Alipay, líder mundial de pagamentos via celular (com QR Code e biometria – reconhecimento facial –, inclusive), ao lado do WeChat, do mesmo país (um comunicador como o WhatsApp que permite fazer todo tipo de transação financeira). Por lá, o uso do smartphone para pagar por produtos e serviços já é mais popular do que o dinheiro, até porque, com uma imensa população desbancarizada, as contas digitais se fizeram urgentes. Desse modo, os estabelecimentos frequentemente recusam notas e moedas.

No Brasil, ainda estamos distantes dessa realidade, sobretudo porque existe mais acesso aos bancos e cartões de débito e crédito e porque varejistas e empreendedores ainda precisam abraçar o celular como meio de pagamento. Isso depende de ajustes na regulação, já na pauta do Banco Central, e da adoção das novidades vindouras sem desconfiança. Mas já dá para brincar um pouco de China. Veja na lista a seguir:

Como entrar essa onda

Baixe um app como Apple Pay, Google Pay, Samsung Pay, entre outros

Aproveite as recomendações de pontos de compras ou serviços que já aceitam o pagamento via dispositivo móvel, por proximidade, biometria e QR Code. São milhares de estabelecimentos, de supermercados e farmácias a petshops e restaurantes, passando por lojas de roupas, eletrodomésticos e foodtrucks

Experimente usar um app que concentra os pagamentos, como RecargaPay ou Mercado Pago, por exemplo. Basta adicionar crédito e ir debitando de lá as principais despesas, sem precisar usar serviços bancários. Também é possível transferir dinheiro para amigos

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