Inovação: Conheça as principais tendências em pagamentos digitais

A realidade brasileira está prestes a ser transformada quando pensamos em como transferimos nosso dinheiro para amigos, familiares, empresas e governos. É esperado que, em 2020, seja possível usar a infraestrutura bancária para fazer pagamentos instantâneos via mobile 24h por dia, sete dias por semana, sem precisar preencher dados e de graça, algo que TEDs e DOCs ainda não permitem. Esta é a principal perspectiva no setor de meios de pagamento anunciada por um relatório publicado no início de julho pela Accenture, focada em consultoria e negócios digitais.

“O mercado de pagamentos está sofrendo a maior disrupção da história, ancorada nos meios digitais”, afirma Edlayne Burr, diretora executiva e líder de Estratégia para Pagamentos da Accenture na América Latina. O ecossistema é favorável porque os consumidores mudaram, as tecnologias avançaram, as startups e fintechs se multiplicaram e, por fim, o Banco Central anuncia mudanças na regulação, de olho na abertura para a inovação e, principalmente, com o intuito de evitar o uso do dinheiro em espécie e, assim, diminuir os índices de fraude e crimes financeiros.

No Brasil, o Banco Central começou a se aproximar dos pagamentos instantâneos em dezembro de 2018. As primeiras transações nesse formato devem ocorrer em 2020 entre pessoas e depois entre negócios e governos, funcionando de forma completa em 2021. Ao mesmo tempo, as bandeiras de cartão Visa, Mastercard e Elo constroem estratégias para oferecer o serviço, provavelmente aliando-se a redes sociais. Previsto para o segundo semestre de 2019, o modelo seria parecido com o do Facebook Pay, nos Estados Unidos, e do WhatsApp Pay, na Índia.

O terceiro modelo é o das wallets, operadas por players independentes, como o Alipay, na China, que pulou a etapa bancária para entregar um serviço completamente digital de transferência monetária. “Ainda não sabemos qual será o modelo escolhido no mercado brasileiro. As wallets são uma novidade, junto com os pagamentos instantâneos via banco. Pode ser que façamos como o Reino Unido e adotemos esse sistema como padrão, sem migrar para as wallets”, diz a especialista da Accenture.

Como você pode se beneficiar das tecnologias de pagamento em breve

Pagamentos instantâneos via celular

O pioneiro foi o PayPal, em 1998. Hoje, o grande player é o chinês WeChat, criado em 2011, com 1 bilhão de usuários por mês. Mais de 20 países operam com pagamentos instantâneos, movimentando mais de US$ 30 trilhões por ano. Eles são feitos em tempo real.

Cartões

Os cartões de débito e crédito ainda devem evoluir nos próximos dois anos, de acordo com a Euromonitor. “As pessoas não vão parar de usar cartão para usar blockchain, pelo menos no futuro breve, porque existe uma enorme parcela da população brasileira que ainda não tem acesso aos cartões . A diferença é fazer tudo na palma da mão, via celular, proximidade ou QR Code”,afirma Marília Borges, da Euromonitor.

QR Code

O cliente só precisa apontar a câmera para o código fornecido pela loja. A operação é rápida e segura e apoiada em uma carteira digital. Em junho, a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) e a AGP Pesquisas divulgaram um estudo sobre o uso de QR Code no Brasil. Nos próximos 12 meses, 82% dos varejistas pretendem adotar a tecnologia.

Wallets

Mercado Pago, PagSeguro, Google Pay, ApplePay e Samsung Pay são alguns dos players que se destacam no Brasil quando pensamos em carteiras digitais ou wallets. O que elas fazem é, basicamente, eliminar o uso do cartão de crédito físico e armazenar toda a operação no celular, via aproximação ou senha. Segundo a Euromonitor, a aderência aumentou expressivamente nos últimos dois anos, apesar de o mercado ser volátil e o ranking das carteiras mudar mês a mês.

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