E-Wallets: por que as carteiras digitais são tão valorizadas?

Elas estão na vanguarda dos meios de pagamento. Veja como funcionam e quais são as principais vantagens

As carteiras digitais, também conhecidas como e-wallets ou apenas wallets, permitem fazer transações eletrônicas em ambiente digital. Basta adicionar um cartão de crédito ou transferir qualquer quantia para a conta, e o usuário gasta quando e como quiser. Elas desembarcaram por aqui em 2018, e permitem realizar compras apenas encostando o smartphone em uma maquininha, por biometria, QR Code ou via app e site com apenas um clique, sem a necessidade de senhas.

A Adyen, parceira das gigantes Google Pay, Apple Pay e Samsung Pay, afirma que o segredo por trás das transações seguras é a tokenização dos dados criptografados, que criam uma identidade digital do cartão no dispositivo usado para pagar, como o smartphone. Assim, o usuário só precisa inserir as senhas do cartão uma vez. O procedimento praticamente zera o risco de fraude e a ocorrência de chargebacks (quando o banco cobra da empresa o valor de uma compra não reconhecida pelo titular do cartão).

“O Brasil é um dos mercados mais interessantes do mundo para pagamentos móveis, pela afinidade com os smartphones. Ao mesmo tempo, nos últimos anos, cresceu a cultura do app, com Uber e iFood, por exemplo. Não vemos limitações”, diz Jean Mies, presidente da Adyen para a América Latina. A empresa holandesa chegou aqui em 2011, e teve crescimento impulsionado pelas wallets, processando pagamentos digitais da Uber, 99, Cabify, Netflix, Spotify, Airbnb, Magazine Luiza, Netshoes, Dafiti, Amaro e Azul Linhas Aéreas, impactando mais de 50 milhões de consumidores somente no mercado brasileiro.

Apesar dos números expressivos, o executivo acredita que ainda falta nascer um player dominante que levará as carteiras digitais para além do tradicional, transformando o Brasil numa espécie de China.

Os métodos de pagamento estão mudando

Segundo estudo da Adyen, os meios de pagamento preferidos no Brasil são Visa (42%), Mastercard (32%) e boleto (15%)

Um estudo de 2018 do Banco Central revela que 50% de todas as transações são pagas à vista (queda de 5% desde 2013), 25% em cartões de crédito (estáveis) e 20% em cartões de débito (aumento de 6%)

Ainda de acordo com a Adyen, quase 40% das transações locais e mais de 70% das transações globais são feitas via celular, e as e-wallets cresceram 65%, no Brasil, na plataforma da fintech nos primeiros três meses de 2019

Em 2018, 27,3% de todas as transações online no Brasil foram processadas em dispositivos móveis. No ano anterior, o m-commerce representava 21,5% e,em 2016, apenas 12% desse mercado

Dafiti, iFood e Magazine Luiza são clientes que integraram Google Pay, Samsung Pay e Apple Pay desde o primeiro dia de atividades

Evino tem cerca de 10% de todas as compras realizadas com e-wallets, e metade das compras é feita via smartphone

50 milhões de consumidores impactados somente no mercado brasileiro

53% dos consumidores da Amaro fazem as compras pelo smartphone, e desses 56% preferem comprar diretamente pelo aplicativo. O ticket médio é 20% maior entre os consumidores que usam o aplicativo,se comparado com aqueles que nunca usaram

Sem interação humana, mesmo em lojas físicas

A Amazon Go já permite realizar as compras do supermercado sem passar por nenhum caixa. Tudo é cobrado automaticamente pelas contas da Amazon, e você pode acompanhar as aquisições pelo smartphone. Aqui no Brasil quem domina a cena é a Zaitt, startup que se aliou ao Carrefour para criar o primeiro mercado 100% autônomo do Brasil, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo. Os produtos são identificados por sinais de rádio e enviados ao celular. O pagamento acontece automaticamente via app da startup e elimina a existência de caixas.

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