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11 de outubro de 2018

Tecnologia é saída para ampliar produtividade, afirma fundador da Omie

Abrir uma empresa no Brasil não é propriamente uma tarefa simples: gastam-se, em média, 79,5 dias, segundo o levantamento do Banco Mundial “Doing Business 2017”. Fazê-la crescer, porém, pode ser ainda mais desafiador. Enquanto nos Estados Unidos os pequenos negócios respondem pela metade do Produto Interno Bruto (PIB), por aqui, eles representam apenas 27%, conforme dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Mas o que explicaria essa baixa produtividade?

“A pequena empresa brasileira não consegue crescer a ponto de ampliar o seu faturamento. Isso está muito ligado à complexidade do nosso cenário de negócios. É muito complicado ser empreendedor no Brasil”, avalia Marcelo Lombardo, CEO e fundador da Omie, a maior rede de franquias da América Latina operando no mercado de ERP (Enterprise Resource Planning) para pequenos e médios negócios.

Ele elenca quatro motivos que emperram o segmento, prejudicando sua expansão. Em primeiro lugar, diz Lombardo, o empreendedor geralmente não se prepara para exercer a função de gestor – costuma ser vendedor ou técnico acima da média e que resolve abrir o próprio negócio. O segundo ponto, destaca, são os entraves para acesso ao crédito. A complexidade legal e a burocracia do País, aliados à alta carga tributária, ajudam a engrossar o caldo de dificuldades. “Do jeito que é, a legislação desestimula o crescimento, pois a alíquota aumenta conforme o faturado, ainda que você permaneça pequeno”, critica.

Soluções práticas

E como contornar tantos obstáculos? A resposta está na tecnologia, diz Lombardo. Para ele, essa seria a única solução de curto prazo para simplificar o ambiente de negócios do País, já que a alternativa seria uma reforma completa no sistema tributário Brasileiro.

A Omie desenvolveu um software de gestão em nuvem que proporciona ao empreendedor uma visão panorâmica do negócio. “O que o nosso sistema faz é automatizar os processos de forma que, batendo os olhos na tela, você sabe de tudo o que está acontecendo e quais ações tomar. É como se o empreendedor tivesse um pescoço mais longo que permite à empresa continuar crescendo”, afirma.

A qualidade da plataforma pode ser medida pelo índice de satisfação. Em levantamento realizado no último trimestre de 2017, nada menos que 98% dos usuários aprovaram o software. “Estatisticamente, observamos [entre os clientes] um aumento de receita. As notas fiscais emitidas por um grupo de empresas usuárias do sistema passaram de um montante de R$ 2 bilhões, em janeiro, para R$ 2,3 bilhões, em agosto. Além disso, quando uma empresa vai mal, ela corta custos e, às vezes, o próprio software, mas nossos índices de cancelamento são baixíssimos”, afirma.

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