O futuro das cidades imaginado no passado não chegou como no imaginário de Hanna Barbera em The Jetsons nem de outros tantos ficcionistas que tentavam mostrar como seria o século XXI. Porém, boa parte das tecnologias mostradas já está sendo utilizada a pleno vapor de uma forma quase invisível nos grandes centros – como no abastecimento de energia elétrica confiável, em sistemas de transporte coletivo mais eficientes, em conexões de toda ordem 24 horas por dia, nas transformações na logística das coisas, reunião e transmissão de dados, um universo touch. Em resumo, a reinvenção do modo de vida tendo como fio condutor a tecnologia, na construção da chamada infraestrutura inteligente.
Os desafios do crescimento
Segundo um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o crescimento da população e sua concentração em cidades têm causado o aumento da demanda por energia elétrica em todo o mundo. Até 2040, em nosso país, esse crescimento será na ordem de 3,1% ao ano. Portanto, gerar, transmitir e distribuir energia demanda sistemas cada vez mais eficientes, flexíveis e, claramente, comprometidos com a natureza.
Em outro aspecto, o crescimento populacional nas cidades modernas exigem infraestrutura de transporte. Mais de 84% da população brasileira está em áreas urbanas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que pede investimentos maciços em soluções de automação de sistemas de transporte coletivo e gerenciamento de tráfego, levando mais segurança e acessibilidade à população.
Outro signo da sociedade contemporânea são as construções prediais, uma vez que, hoje, 41% do consumo total de energia do mundo vem de edifícios. Sistemas de automação predial, proteção contra incêndio e sistemas de segurança eletrônica são apenas alguns dos exemplos dos desafios da infraestrutura inteligente neste setor que, além de contribuir com a segurança, conforto e eficiência energética, naturalmente amplia a competitividade das empresas.
Mais do que possibilidades, concretizações
Exemplos nacionais concretos de infraestrutura inteligente são usufruídos diariamente pela população dos grandes centros urbanos. Na área da mobilidade, por exemplo, a Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo é a primeira linha driverless (sem condutor) da América Latina. Considerada uma das mais modernas linhas de metrô do planeta, transporta cerca de 700 mil pessoas diariamente, com a tecnologia que permite paradas e acelerações suaves e maior número de trens em menores intervalos de tempo – além de possibilitar a redução do consumo de energia e prevenir a emissão de toneladas de CO2 na atmosfera.
O conceito de Smart Cities (Cidades Inteligentes), com tecnologia adaptada em inúmeros setores para tornar a vida mais segura, acessível, sustentável e ecologicamente correta possui exemplos em vários setores em outras partes do globo.
Neste ano, Barcelona, por exemplo, recebeu o título de Cidade Mais Inteligente do Mundo da empresa britânica de pesquisa de mercado Juniper Research. Isso porque a cidade implementou um programa que, entre outros feitos, apoia, através da tecnologia, o sistema de transporte público local e a utilização de veículos elétricos. Por lá circulam cerca de 500 táxis híbridos, 400 carros elétricos privados e outros 300 veículos coletivos elétricos.
Melbourne, na Austrália, tem sido considerada pela Economist Intelligence Unit (EIU), pela quarta vez consecutiva, a mais habitável de 140 grandes metrópoles. Não por acaso: entre outros investimentos em infraestrutura inteligente, a Federation Square, um espaço de 238 mil metros quadrados ao lado do rio Yarra, possui tecnologia altamente inovadora, capaz de reduzir em 49% as emissões de carbono e em 26% o uso geral de água. Além disso, a tecnologia permite colher e filtrar água da chuva e gerar energia térmica a partir de resíduos de alimentos orgânicos. O custo com a energia foi reduzido em cerca de 43%. O objetivo da cidade é obter 25% de toda a sua energia a partir de fontes renováveis até 2018.
São provas de que o revigoramento e a oxigenação das cidades através da infraestrutura inteligente não só oferecem maior qualidade de vida às pessoas como também tornam a evolução mais sustentável.
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