No Brasil e no mundo, a estatística é a mesma em relação ao câncer de mama: é o segundo tipo mais incidente entre todos, depois do câncer de pele não melanoma, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Diante desse cenário, desde meados dos anos 1980 têm sido desenvolvidas políticas públicas nessa área – impulsionadas pelo Programa Viva Mulher, de 1998 – e o controle da doença vem sendo reafirmado como prioridade do Governo Federal.
Campanhas como o Outubro Rosa, movimento nascido nos Estados Unidos na década de 1990, também estimulam a participação da população no controle do câncer de mama, com um mês inteiro, todos os anos, dedicado à conscientização sobre a doença e o compartilhamento de informações. Desde 2010, o Inca participa desse movimento, promovendo espaços de discussão sobre o tema e os benefícios e riscos da mamografia de rastreamento, para que as mulheres tenham mais segurança para decidir a respeito da realização do exame.
Quanto mais cedo for descoberto, melhor
De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, estima-se que 95% dos casos de câncer de mama diagnosticados no início têm possibilidade de cura. E quanto antes a doença for identificada, maiores são as chances de cura e menor é a agressividade do tratamento também. Porém, segundo dados de pesquisa do Outubro Rosa do início da década, menos de 15% das mulheres conseguiam descobrir a doença na fase inicial – principalmente por falta de acesso aos exames.
A detecção precoce se baseia no rastreamento entre mulheres assintomáticas. Primeiro, por meio do autoexame das mamas, realizado mensalmente pela própria mulher após a fase da menstruação. O exame clínico, feito pelo ginecologista, deve ser anual para mulheres já a partir dos 40 anos, sendo o mais importante recurso para o monitoramento e diagnóstico precoce.
Com o avanço da tecnologia, esse importante exame também tem evoluído. Nos anos 2000, por exemplo, a mamografia digital passou a permitir o pós-processamento da imagem, com recursos para correções, ajustes e ampliações, além de facilitar o registro do histórico da paciente por meio do arquivamento eletrônico dos resultados. Agora, a tomossíntese, embora não seja utilizada como substituta da mamografia, é a mais nova aliada das mulheres como evolução dessa técnica.
Imagens mais precisas e em 3D
Aplicação avançada da mamografia digital, a tomossíntese permite uma avaliação tridimensional da mama a partir de finas (até 1 mm de espessura) e múltiplas imagens, analisadas em uma estação de trabalho com monitores de alta resolução. Ela é realizada com a mama comprimida, como na mamografia, e é feita de maneira rápida.
A grande vantagem do exame é que ele reduz ou elimina os efeitos da sobreposição de tecido mamário denso e a geração de resultados falso-positivos. Dessa maneira, possibilita refinar a caracterização dos achados mamográficos e, principalmente, ampliar as taxas de detecção do câncer, sobretudo em mulheres com mamas mais densas.
Além de aumentar em até 43% a detecção precoce, com a tomossíntese há uma redução de 12% a 32% da dose de radiação, dependendo da espessura mamária, com imagens mais detalhadas e precisas. Por meio dessa tecnologia, é possível também diminuir em até 15% a necessidade de reconvocação (mais conclusiva tanto para os falso-negativos como para os falso-positivos) para complementação do exame diagnóstico e também de biópsias.
No Brasil, um dos laboratórios que se beneficiam do recurso é o Femme – Laboratório da Mulher, em São Paulo, que adquiriu o equipamento de mamografia MAMMOMAT Inspiration em 2014. Fabricado pela Siemens, o aparelho utiliza um filtro especial confeccionado em tungstênio, que contribui para a redução do tempo de exposição e da quantidade de radiação. Ele ainda otimiza a dose de radiação dependendo da densidade do tecido mamário e, associado à tomossíntese, aumenta a confiabilidade do exame. “Quem busca a excelência diagnóstica não pode deixar de levar em consideração a certeza de que a tecnologia utilizada é a mais avançada do mercado e que o equipamento possibilita a real capacidade de detecção precoce das lesões, ou seja, encontrá-las no seu menor tamanho e na sua fase mais inicial de desenvolvimento”, explica o dr. Mario Sergio Dantas do Amaral Campos, médico radiologista, especialista em diagnósticos de lesões mamárias e coordenador do setor de mamografia do Femme Laboratório.
Além disso, o especialista ressalta que esta alta capacidade diagnóstica deve estar acompanhada de outros fatores igualmente importantes, como maior conforto e bem-estar durante o exame e um suporte técnico confiável e eficaz na resolução dos problemas. “Esse conjunto nos traz segurança no dia a dia e a certeza de que estamos alinhados com o propósito de realizar os exames com a melhor qualidade e gentileza para as nossas pacientes. Após seis meses da aquisição, temos a comprovação de que nossa escolha foi extremamente acertada”, acrescenta.
Saiba mais em Siemens.