Apresentado por

Taxistas precisam se modernizar para enfrentar a concorrência

A oferta cada vez maior dos serviços de transporte por aplicativo estimula os taxistas a se adaptarem aos novos tempos

Basta parar em alguma rua ou avenida movimentada de qualquer grande cidade para contatar a presença impactante dos automóveis de transporte por aplicativo. Para se ter ideia, esse tipo de serviço, que estreou há cinco anos no País, foi o grande responsável pelo resultado positivo na geração de empregos no setor de transportes, o único – entre dez categorias pesquisadas pelo IBGE – que apresentou aumento de vagas preenchidas no início deste ano. A razão para isso é clara: basta ter um automóvel para entrar nesse mercado, não é necessário competir com ninguém pela vaga.

Esse aumento de oferta vem causando impacto em outra categoria profissional, a dos motoristas de táxi. Basta lembrar que há apenas dois anos, o número de veículos de transporte por aplicativo superou o de táxis na cidade de São Paulo e, hoje, embora as empresas responsáveis não divulguem números oficiais, a estimativa é de que existam mais de 200 mil motoristas de aplicativos apenas na capital paulista – contra cerca de 38 mil táxis.

Mesmo assim, ainda há espaço para quem “atua na praça” (como os taxistas popularmente se definem). É o que acredita Carlos Marcelo Dominato, 48, que dirige seu táxi pelas ruas da capital paulista há 21 anos. “Acho que o passageiro habituado ao táxi não abandona o serviço”, afirma, traçando um paralelo entre o freguês de uma lanchonete que não deixa de frequentar o local conhecido por um novo fast-food só porque está na moda.

É preciso se atualizar, incluindo o carro

Morador de Taboão da Serra, cidade que faz parte da Região Metropolitana de São Paulo, Dominato sai cedo de casa durante a semana para encarar jornadas que duram 12 horas e incluem rodar 180 km, em média. Atual proprietário de um Nissan Versa com câmbio automático CVT, o motorista profissional não se queixa de sua rotina. Como trabalha em uma empresa de rádio táxi, tem a facilidade de poder parar em vários pontos, localizados principalmente nas zonas sul e oeste da cidade.

Proprietário de um Nissan Versa com câmbio automático CVT, Carlos Marcelo Dominato, 48, dirige seu táxi pelas ruas de São Paulo há 21 anos

As principais qualidades do sedã, segundo ele, são o conforto - “o Versa é muito mais silencioso do que o carro que tinha antes”, diz –, o desempenho e a comodidade proporcionada pelo câmbio CVT, já que seu antigo veículo possuía caixa manual. “Essa transmissão ajuda a diminuir muito o cansaço no fim do dia, minha vida melhorou numa escala de dez para 100”, garante.

Como vivenciou a chegada e a consolidação dos serviços de transporte por aplicativo no mercado, Dominato conta que, em sua opinião, muitos taxistas tiveram de se adaptar, e a mudança, para ele, teve de ocorrer em vários aspectos. “Jeito de se vestir, atenção com o passageiro, limpeza do veículo... tudo isso conta”, garante. Mas Carlos Marcelo Dominato vê esse processo como algo positivo: “Acho que todo mundo precisa se reciclar, né?”. A troca do veículo também é vista pelo taxista como uma modernização. “Os passageiros que me conhecem há algum tempo também gostaram, recebo muito elogios por conta do Versa, principalmente pelo fato de ele ser mais espaçoso e silencioso”, explica.

Você sabia?

Taxistas que possuam CNPJ podem adquirir carro novo com desconto na concessionária. Entenda.

Contando com um moderno motor 1.6 flex de quatro cilindros e 16 válvulas, o Nissan Versa entrega 111 cv e 15,1 kgfm de torque e trabalha acoplado ao câmbio continuamente variável (CVT), reconhecido por seu funcionamento suave e silencioso. Detalhe: mesmo tendo de rodar quase sempre com o ar-condicionado ligado, Dominato elogia o consumo médio do modelo. “Está na faixa de 6,5 km/l de etanol, mas acredito que ainda pode melhorar”, diz.

Sorte com “passageiro sinistro”

Carlos Dominato costuma passar sempre pelo aeroporto de Congonhas em busca de passageiros, mas, curiosamente, só teve uma celebridade como passageiro até hoje (e faz muito tempo). Foi o estilista e apresentador de televisão Clodovil Hernandes, que fez uma corrida relativamente curta pela zona sul da cidade. “Mas nem conversamos; não sou de ficar puxando conversa com meus passageiros, só quando a pessoa puxa assunto ou já é cliente conhecido”, explica.

Dominato tem outra história curiosa, vivida por ele na época em que ainda não possuía carro próprio e trabalhava pagando diárias para uma empresa. “Naquele dia, comecei a trabalhar já no início da noite e peguei um passageiro que ia para o bairro do Jabaquara, na zona sul da cidade”, recorda. No meio da viagem, o sujeito puxou conversa, mas Dominato logo começou a estranhar o assunto. “Ele quis saber quantas corridas eu tinha feito, se havia faturado muito, se o carro era meu...” O taxista procurou manter a calma, quando o rapaz finalmente perguntou: “Se eu dissesse que vou te roubar agora, o que você faria?” Mantendo a frieza, Dominato respondeu que não faria nada, já que não tinha dinheiro e o carro não lhe pertencia.

Nesse instante, eles haviam chegado ao destino indicado pelo “passageiro sinistro” e, para surpresa de Dominato, o rapaz simplesmente sacou a carteira, pagou pela viagem e foi embora, sem dizer nada. Até hoje, o taxista não sabe se foi vítima de uma tentativa de assalto ou se a conversa foi motivada apenas pela curiosidade do sujeito. O fato é que Carlos Dominato se considera um felizardo pelo fato de nunca ter sido assaltado, nem sofrido qualquer tentativa de violência do tipo. “Se não levo sorte com artistas e celebridades, compenso isso na segurança. Não posso reclamar, concorda?”

arrow_forward Leia mais

Para produtor rural, carro de trabalho desconfortável é coisa do passado

Tecnologia ajuda a tornar deslocamentos mais seguros e menos estressantes

Produtor rural quer veículo robusto, mas também busca conforto e tecnologia

Ao aderir ao MEI, motoristas de apps de transporte ganham vantagens

“Encontrei o carro na medida para a correria do meu dia a dia”, diz empreendedora

Empreendedor deve ficar atento aos serviços de pós-venda das montadoras

“Para taxista, o segredo é ter um automóvel versátil”

“Conforto e economia foram decisivos na escolha”

É produtor rural? Então você também pode adquirir um veículo novo com desconto

Escolha o automóvel certo para o seu negócio

Empreendedor pode comprar carro novo com desconto na concessionária. Saiba como

home