Há alguns anos, não mais me preocupo em guardar no meu computador a massa de dados, textos, fotos, softwares e documentos relevantes. Armazeno tudo na nuvem – quer dizer, em algum data center do planeta. A vantagem é poder acessar essa nuvem via internet, a qualquer hora e de qualquer lugar. Tudo graças ao apoio de um dos muitos fornecedores desse serviço a que chama mos mundialmente de computação em nuvem – ou pelo nome internacional cloud computing.

 

Minha nuvem individual

 

Como usuário, eu comecei com uma pequena “nuvem” pessoal, um belo HD externo sem fio – semelhante ao iCloud da Apple, o excelente dispositivo que replica automaticamente tudo que produzo no computador. Mas meu medo era não conseguir acessar aquele HD quando eu estava em viagem, já que ele ficava em casa; havia até o risco não poder usá-lo por falta de energia. Há alguns anos descobri a computação em nuvem – numa época em que essa tecnologia já se espalhava entre a maioria das empresas. O melhor da cloud computing é que nos proporciona muito mais do que redundância, cópias seguras e invulneráveis: ela nos permite acessar novos recursos, como programas, aplicativos e antivírus. E com a combinação de acesso a qualquer hora, em qualquer lugar. O conceito de computação em nuvem envolve todo tipo de utilização da memória e da capacidade de armazenamento e cálculo de computadores e servidores hospedados em data center e interligados por meio da internet. Logo, são essenciais dois recursos tecnológicos para a computação em nuvem: sistemas de armazenamento remoto (como data center) e internet.

 

Benefício para as corporações

 

Muito mais do que os usuários individuais, a computação em nuvem ganha espaço e importância no mundo empresarial ou corporativo. Mais do que isso: ela se torna essencial como alavanca da produtividade e de redução de custos, graças, principalmente, à utilização da maior parte da infraestrutura de terceiros – como os provedores de acesso à nuvem. Aliás, foi pensando em primeiro lugar nas corporações que gigantes da tecnologia como a Amazon, a Microsoft, a IBM e a Oracle lançaram seus produtos, criando o que se convencionou chamar nuvem da informação (information cloud).Esse novo salto da computação em nuvem representa, portanto, o que os especialistas chamam de “uma nova fronteira da era digital”. No começo, o uso da nuvem se limitava a laboratórios e universidades. Mas, nos últimos anos, ela invadiu praticamente todas as empresas modernas e chega aos computadores domésticos e às pessoas físicas.

 

Classificações da nuvem
Os sistemas de computação em nuvem podem se limitar a uma única organização ou empresa. Nesse caso, são chamadas de nuvens corporativas. Ou podem estar disponíveis a um grande número de organizações; chamam-se, então, nuvens públicas. Ou podem ser híbridas, isto é, uma combinação de ambos os modelos, pública e privada. A Amazon AWS é considerada a maior nuvem pública do mundo. No Brasil, há uma colaboração muito positiva entre os grandes provedores de cloud computing e operadoras como a Embratel – que dispõe dos mais modernos data centers do País e oferece a seus clientes todas as aplicações da nuvem.