Talentos que viram negócios

As brasileiras estão praticamente empatadas com os homens na corrida do empreendedorismo. Segundo estudo da empresa de consultoria Global
Entrepreneurship Monitor, conduzido no Brasil pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas) no ano de 2017, mais de 24 milhões de mulheres são empreendedoras no País, número pouco inferior em relação aos 25 milhões de empresários do sexo masculino. E São Paulo é um dos ambientes mais promissores para o desenvolvimento de novos negócios. A capital paulista está entre as 50 melhores cidades do mundo para as mulheres empreenderem, de acordo com o ranking Women Entrepreneur Cities Index. Na América do Sul, apenas mais uma cidade – Lima, no Peru – figura nesta lista.

O DNA de empreendedorismo da mulher paulistana tem sido incentivado também por alguns programas realizados pela Prefeitura Municipal de São Paulo. Atualmente, mais de uma dezena de iniciativas ajudam as mulheres que estão em busca do desenvolvimento de novas habilidades e conhecimentos a transformá-los em renda e oportunidades. Um dos destaques é o Mais Mulheres, uma iniciativa da Ade Sampa, entidade vinculada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE), que promove a qualificação de mulheres empreendedoras na capital paulista e já capacitou 196 participantes.

Uma delas é Telma Maria Pereira. Moradora da Vila Medeiros e proprietária de um ateliê voltado para moda festa, participou do Mais Mulheres em 2018 e já está implementando tudo que aprendeu em seu empreendimento.

O programa é composto por quatro fases, que contemplam inspiração, empoderamento, qualificação, aceleração e mentorias para mulheres que já têm ou desejam ter um negócio. As atividades contam com conteúdo teórico e prático que estimula diversas competências e habilidades, além de fortalecer uma rede de apoio e parceria entre as mulheres participantes.

A Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Cidadania também oferece atendimento, acompanhamento, orientação e encaminhamento das principais demandas das mulheres em seus Centros de Cidadania da Mulher (CCM). Nos CCMs, elas podem frequentar cursos de formação profissionalizante ou para complemento de renda, como artesanatos e culinária. O serviço também acolhe mulheres que estão vivendo situações de violência doméstica e as orienta sobre possíveis encaminhamentos jurídico e social.

Existem ainda diferentes projetos destinados a qualquer cidadão, mas que podem beneficiar mulheres que buscam se qualificar ou aprender uma nova profissão. Voltado ao esporte de alto rendimento, o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) transformou Aline Silva numa atleta olímpica. Ela começou a treinar no centro em 2002, quatro anos depois, em 2006, se tornou vice-campeã mundial de luta olímpica e em 2016 participou das Olimpíadas do Rio. O COTP recebe jovens de 5 a 19 anos e financia suas participações em competições municipais, estaduais, nacionais e até internacionais sem nenhum custo para atletas ou seus pais.

A Prefeitura de São Paulo detém também uma das maiores redes de laboratórios públicos de fabricação digital da América Latina – o programa Fab Lab Livre SP. Inspirados na filosofia da cultura maker ou “faça você mesmo”, os laboratórios são espaços colaborativos e criativos, totalmente gratuitos, onde homens e mulheres têm acesso à tecnologia de ponta para desenvolver ideias e projetos. Os cursos e oficinas permitem a criação de quase tudo, desde uma pequena escultura a um drone, robô ou prótese. São mais de 30 tipos de formação sobre temas como modelagem 3D, robótica e marcenaria, eletrônica e fabricação de projetos. Foi num desses cursos que Amélia Souza Pereira usou a fabricação digital para retomar sua autonomia financeira.

Também voltado à inovação, o VaiTec é um programa de desenvolvimento de empreendimentos criativos de jovens das periferias de São Paulo que utiliza ferramentas de tecnologia como modelo de negócio para torná-los mais sustentáveis. Entre as centenas de mulheres já beneficiadas está Débora Vieira Luz, que criou o primeiro clube de moda Afro do país e virou influenciadora digital com 169 mil seguidores no Instagram e 59 mil em seu canal no YouTube.

Programas de formação e lazer também têm ajudado algumas mulheres a recuperar a autoestima e a encontrar uma ocupação. É o caso de Luquinha de Figueiredo. Depois de frequentar alguns cursos na Escola de Jardinagem da Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz (UMAPAZ), ela conta que voltou a explorar sua paixão pela natureza e acabou até desenvolvendo uma exposição fotográfica e de poesia em parceria com um amigo fotógrafo.



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