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Pós-graduação prepara também para o futuro

Estudo aponta que 85% das profissões que existirão em 2030 ainda não foram inventadas, mas é possível se preparar para esse cenário

A velocidade de mudança do mercado de trabalho nos últimos anos vem tornando a escolha do campo de estudo da pós-graduação ainda mais complexa para os profissionais. A decisão entre um aprofundamento em sua área de atuação, uma disciplina complementar ou uma mudança de carreira agora também precisa ser analisada com um olhar para futuro. Isso porque, segundo um estudo conduzido pelo Institute for the Future (IFTF) para Dell Technologies, até 2030, 85% das profissões que existirão ainda não foram inventadas.

Um dos reflexos desse movimento do mercado é a interação cada vez maior entre as áreas humanas, biológicas e de exatas. Se há 50 anos um profissional de marketing precisava apenas saber lidar com vendas e comportamento humano, hoje só se destacará se entender também de big data, analytics e neuromarketing. “Apesar de ainda não sabermos quais profissões vão existir, sabemos em quais áreas elas irão acontecer e, por isso, o profissional deve buscar campos de estudo que o preparem para essa transição”, explica Thaís R. Barbosa, sócia-consultora na André, Barbosa & Consultores em RH.

Segundo ela, essas áreas são as de transformação tecnológica e humana. A medicina, por exemplo, ao mesmo tempo em que se torna cada vez mais tecnológica e com os profissionais lendo mais dados e tendo o cuidado com as pessoas, a área de atendimento e serviços torna-se cada vez mais essencial. Em paralelo ao desenvolvimento tecnológico, a área de transformação humana volta a ganhar mais atenção.

Afinidade e interesse

Mas, para olhar adiante é preciso primeiro identificar um campo de afinidade. Fazer um curso de pós-graduação exige dedicação e comprometimento e, para isso, o interesse genuíno pelo assunto e entusiasmo do estudante são fatores bastante relevantes. Além disso, o profissional deve pensar quais campos se vê trilhando no futuro e o que falta para se preparar para isso. São essencialmente três os caminhos possíveis: o primeiro, no aprofundamento em assuntos específicos de sua área de atuação. Por exemplo, um advogado que opta por uma especialização em Direito Tributário. “Quanto menos generalista e mais especializado o profissional for em um assunto, mais diferenciado para o mercado ele se torna”, completa Barbosa.

A segunda opção é buscar áreas complementares, como um jornalista que decide acrescentar ao seu conhecimento em comunicações um curso de Marketing Digital. Além de fornecer ao profissional uma visão diferenciada e inovadora em seu trabalho, o estudo em áreas complementares amplia a área de atuação e as opções disponíveis no mercado de trabalho.

Por último, a escolha de uma área completamente diferente daquela de sua formação original, seja como caminho para uma atuação em outro campo - como o engenheiro que decide por uma pós em Mercados Financeiros e de Capitais -, seja como uma preparação focada nas transformações do mercado de trabalho - como o médico que vai estudar Aprendizagem de Máquina em Inteligência Artificial. “Antes da escolha do curso, portanto, é importante que o indivíduo tenha clareza sobre o seu plano de carreira e seus objetivos, para então definir suas estratégias”, diz o professor Jorge Alexandre Onoda Pessanha, pró-reitor de Extensão e Educação Continuada da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

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