Itaú - Mito ou Verdade?

Uma iniciativa do Itaú para esclarecer todas as suas dúvidas sobre a sua vida financeira.

Pensando no futuro

Qual a quantia ideal para poupar e quando parar de trabalhar?

6 meses no exterior

Vai viajar? Veja como lidar com moedas estrangeiras e planejar o investimento.

Existe uma porcentagem da renda ideal para gastar com moradia.

Mito.
Existe uma recomendação dos especialistas financeiros de que não se deve comprometer mais de 30% da renda com empréstimos e financiamentos, para aqueles que gostariam de adquirir o imóvel próprio. E, pesquisas feitas pelo IBGE sobre orçamentos familiares, mostram que a média de gastos das famílias brasileiras com moradia gira em torno de 30%. Entretanto, esses números são apenas referências do mercado que podem ou não se aplicar ao seu caso. Há pessoas com mais de 50% da renda comprometida com habitação que estão equilibradas, e indivíduos cujas contas representam menos de 10% de suas entradas e estão inadimplentes. Por isso, o mais importante é que você faça uma análise da sua capacidade de pagamento e uma reflexão de quais são suas outras prioridades, necessidades e objetivos. Esses são particulares de cada indivíduo e variam de pessoa para pessoa.

Mesmo ganhando bem, é difícil guardar dinheiro.

Verdade.
Não é o fato de ganhar muito ou pouco que determina a capacidade de alguém guardar dinheiro e sim as escolhas que se faz. Infelizmente, a maioria de nós não recebeu educação financeira e, consequentemente, não adquirimos o hábito de guardar dinheiro regularmente. O costume de poupar está diretamente ligado ao empenho das pessoas em planejarem suas finanças, ao consumo consciente e coerente com seu padrão de vida e à disciplina em direcionar parte da renda para a constituição de reservas financeiras. Por isso, comece fazendo uma reflexão de quais são seus sonhos, objetivos e prioridades. Como você se imagina daqui 1, 5, 10 anos? Depois, pegue seus extratos da conta corrente e cartões de crédito dos últimos três meses, a fim de analisar para onde está indo seu dinheiro. A primeira fase do planejamento financeiro é o autoconhecimento. A partir daí, será mais fácil fazer os ajustes necessários no orçamento para poupar e realizar seus planos.

Mesmo em tempos de crise, é possível poupar para o futuro.

Verdade.
Em tempos de euforia, enquanto está tudo indo bem, costumamos ser menos criteriosos com a utilização dos nossos recursos, contratamos serviços que não utilizamos e assumimos parcelas de empréstimos e financiamentos de médio e longo prazos sem planejamento. Com a crise, temos a oportunidade de rever nossas escolhas, eliminar desperdícios e focar no essencial. Aproveite a crise para ajustar suas finanças dentro da sua realidade, tomar decisões mais sustentáveis e com isso programar sobras no caixa para formação de reservas financeiras. Dinheiro guardado permite que passemos por momentos turbulentos e de transições na nossa vida de maneira mais tranquila. E, com uma estrutura de gastos mais simples e um orçamento flexível, é possível continuar poupando regularmente para garantir um futuro mais estável.

Poupando todo mês dá pra viajar todo ano.

Verdade.
Para a concretização de qualquer objetivo, as primeiras perguntas que devem ser respondidas no planejamento são “quanto irá custar?” e “quando quero realizá-lo?”. De posse dessas informações você consegue determinar qual a quantia mensal que deverá ser poupada. Se o seu orçamento atual não comporta a parcela, vale uma reflexão e negociação com você mesmo sobre suas prioridades e valores. Você pode fazer ajustes nas despesas mensais para aumentar a capacidade de poupança e, consequentemente, antecipar a realização dos seus planos; ou aumentar o prazo, para juntar o valor com mais tranquilidade.

Nem todo mundo consegue controlar a compulsão por gastar.

Dúvida enviada por Joyce Martins de Andrade, de Serra Negra (SP)

É sempre mais vantajoso pagar prestação de um crédito imobiliário do que morar de aluguel.

Dúvida enviada por Andrei Moreira, de Piedade (SP)

Existe um jeito certo para guardar meu dinheiro.

Dúvida enviada por Mônica Gianini, de Amparo (SP)

Planejar o futuro com sabedoria garante uma aposentadoria tranquila

Você já parou para pensar o que estará fazendo em 2046? Se este assunto ainda não passou pela sua cabeça, é hora de começar a pensar a respeito. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida dos nascidos em 2015 é de 75,2 anos – em 2000, esta projeção era de 69,8 anos. A cada ano, com os avanços da ciência e da medicina, a tendência é haver uma sociedade cada vez mais longeva e com um mercado de trabalho insuficiente para absorver toda a população economicamente ativa.

O primeiro passo recomendado por especialistas é começar a construir a aposentadoria desde a juventude, com a contratação de um plano de previdência. A medida é recomendada inclusive para quem contribui para o INSS, cujo teto para pagamento de pensões é hoje de R$ 5.189,82, valor que, mesmo com as devidas correções ao longo das décadas, poderá ser aquém do necessário para manter o mesmo padrão de vida nos tempos de trabalho.

Antes de contratar um plano de previdência, a recomendação é estabelecer um planejamento financeiro para o futuro, que não deve incluir apenas a aposentadoria. Três pontos são essenciais: a) determinar um prazo para parar de trabalhar; b) definir um padrão de vida desejável e, c) quanto é preciso investir para alcançar seus objetivos.

O que deve ficar claro é que o plano de previdência é um investimento de longo prazo – que pode ser de até 30 anos ou mais –, que exige aportes regulares e que não deve ser sacado para outras finalidades.
A orientação dos especialistas é formar mais duas fontes de reservas, de preferência em aplicações que ofereçam menor risco e tenham menos volatilidade. Uma dessas reservas seria destinada para a cobertura de gastos inesperados ou em caso de algum imprevisto. Já a reserva financeira deverá estar focada especificamente na formação de patrimônio ao longo da vida familiar e profissional, o que pode incluir desde a compra de um imóvel, um curso no exterior ou uma grande viagem.

Mas de onde viriam os recursos para manter estas três fontes? É nesta hora que se deve por em ação o plano montado para um futuro tranquilo. É saber aproveitar os momentos de maior receita para poupar, como na restituição do Imposto de Renda, no 13º salário, nas bonificações e comissões.

Como em todo planejamento financeiro, o poupador precisa ter disciplina e saber a hora de mudar a estratégia conforme o cenário econômico. Boas oportunidades devem sempre ser bem analisadas e aproveitadas, principalmente na formação de patrimônio, mesmo que impliquem no sacrifício de uma das duas fontes de reserva. São detalhes que podem não parecer relevantes hoje, mas certamente farão a diferença no futuro.

É possível administrar uma renda baixa mesmo com dois adultos e dois adolescentes na casa.

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Dúvida enviada por Jeferson Dorotheo, Operador de empilhadeira

VERDADE.
Para que isso seja possível, o total dos gastos não deve ser maior do que os ganhos da família. É preciso conhecer todas as despesas e organizá-las entre aquelas que são mais fáceis de ajustar e as que são mais difíceis. É importante que toda a família identifique oportunidades de cortar excessos ou desperdícios. Outra dica é: além de acompanhar de perto os gastos, procure novas formas de ganhar mais dinheiro. Pense em como utilizar o tempo e as habilidades de vocês para aumentar a renda como dar aulas, fazer algo para vender, oferecer algum serviço que possa ter ganho onde você mora, enfim, algo que combine com a família. Cuidar bem do dinheiro é mais do que ganhar e todos podem contribuir para usá-lo bem.

Planejamento e transparência contribuem para a saúde financeira do casamento

Não são raras as vezes em que as questões ligadas a dinheiro se tornam motivo de desentendimento entre casais. De acordo com pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) junto a 810 mulheres casadas de todas as classes sociais, a forma de lidar com o dinheiro é o motivo mais citado por brigas dentro de casa, com 37,5 %. Em segundo lugar, fica a falta de dinheiro, citada por 31,5% das entrevistadas, à frente, inclusive, de coisas como a divisão das tarefas domésticas (25,7%) e ciúme (19,6%).

Porém, esse tipo de problema pode ser evitado: o desafio está em criar o hábito de organizar as finanças a dois. Para isso, antes de tudo, é fundamental incluir o assunto “dinheiro” na vida do casal desde o início, de forma que estas conversas se tornem rotineiras e não aconteçam apenas no momento em que o cinto começa a apertar.

No dia a dia, o primeiro passo para colocar essa dinâmica em prática é o casal se sentar à mesa, discriminar os gastos comuns da casa, estabelecer quais são as prioridades e objetivos em comum e determinar uma forma justa de lidar com o orçamento compartilhado. E aqui a palavra de ordem é equilíbrio: os dois devem encontrar juntos a alternativa que melhor funciona para eles.

Uma das principais dúvidas é, após o casamento, escolher entre uma conta conjunta ou duas contas separadas. Não há uma fórmula universal – os parceiros podem até escolher uma outra opção, de manter suas contas individualmente e abrir uma terceira, conjunta, para pagar as contas em comum e começar a poupar –, mas é importante que ambos participem do orçamento familiar conforme suas disponibilidades.

É comum que um dos parceiros ganhe mais do que o outro e este também é um dos pontos que mais geram discussões. Desde que ambos concordem, uma solução é que cada um participe proporcionalmente do orçamento doméstico. Por exemplo: um dos cônjuges ganha R$ 6 mil e o outro, R$ 4 mil, sendo que as despesas domésticas somam R$ 8 mil. Neste caso, o casal poderia abrir uma conta conjunta, na qual o primeiro depositaria, proporcionalmente, 60% dos gastos (R$ 4.800) e o segundo contribuiria com os 40% restantes (R$ 3.200). Entrariam nesta conta todas as despesas partilhadas (água, luz, TV a cabo, aluguel, alimentação, escola dos filhos, plano de saúde, transporte…). E os gastos excedentes seriam individuais.

Seja qual for o modelo escolhido pelos parceiros, manter a saúde financeira da vida a dois exige uma boa dose de planejamento, diálogo e organização. E, para isso, é muito importante manter uma fidelidade financeira, ou seja, não esconder do companheiro se houver gastos extras, que extrapolem o combinado. Com essa transparência e um cronograma do planejamento estabelecido, além de evitar desentendimentos por questões financeiras, fica mais fácil traçar planos em curto, médio e longo prazo dentro do casamento, como a compra de um carro, um imóvel ou uma viagem.

É melhor ter um carro do que andar de transporte público.

guilherme_2Dúvida enviada por Guilherme Andreatta Soares, vendedor externo

MITO! Para saber qual a melhor opção para você, primeiro você precisa conhecer os custos envolvidos em cada uma das opções. Para fazer essa conta, some todos os gastos envolvidos na manutenção do carro, como combustível, estacionamento, impostos, seguro e manutenção. Divida o total dos gastos mensais por 30 e assim você vai descobrir o custo diário do carro.
Dessa forma fica fácil comparar com o custo de deslocamento no transporte público. Normalmente, o carro acaba tendo um custo mais alto. Mas para tomar uma boa decisão, é importante que, além da questão financeira, você também considere outros fatores envolvidos nessa escolha como as opções de transporte público que funcionam no seu dia a dia e o tempo de deslocamento.

O importante é cuidar do orçamento, mesmo que não seja numa planilha.

Pamela-Dúvida enviada por Pâmella Paiva, analista financeiro

VERDADE! Você pode acompanhar o seu orçamento num caderno, no celular, pelo extrato da conta corrente ou mesmo pela fatura do cartão de crédito. O importante é saber o quanto você ganha e como gasta. O que planejou gastar realmente aconteceu? A realidade dos gastos do dia a dia está ok ou você poderia gastar melhor? Como fazer para incluir um novo plano ou desejo no orçamento?
Conhecendo bem a sua situação, você conseguirá escolher como usar conscientemente seu dinheiro e planejar seus gastos. Afinal, dá trabalho pra ganhar dinheiro, não? Por isso, vale a pena parar e escolher a melhor forma de usá-lo, pelo menos uma vez por mês. Então use orçamento e planejamento a seu favor!

Sempre vale a pena fazer um empréstimo para abrir um negócio próprio.

Dúvida envidada por Geosadaque Melo, de Fortaleza (CE)

Dar um cartão de crédito para um filho adolescente é uma forma de controlar melhor os gastos dele.

Dúvida enviada por Adriana Gonçalves dos Reis, de Pouso Alegre (MG)

É possível realizar a viagem dos sonhos se organizando.

IMG-20160616-WA0000-Dúvida enviada por Daiane Andressa Wurz, assistente administrativo

VERDADE! Planejar e cuidar bem do dinheiro fazem a diferença entre somente sonhar e, de fato, colocar em prática os planos que você tem. Para realizar a viagem dos sonhos, a primeira coisa que você precisa saber é o quanto ela custa. Com essa informação em mãos, você pode avaliar quanto você precisa guardar por mês para fazer a viagem dentro do prazo desejado.
Você também pode se organizar de outra maneira: olhar o quanto você conseguiria guardar por mês hoje para formar essa reserva e calcular dentro de quanto tempo você conseguirá realizá-la. Outra dica é colocar o valor poupado em uma aplicação mensalmente, assim o seu dinheiro renderá juros que o ajudarão no alcance do seu objetivo. O crédito, usado de forma consciente e planejada, também pode ser um aliado na realização da sua viagem. Conheça o custo do empréstimo para saber o quanto pagará por ele e avalie se as parcelas cabem no seu orçamento.

Planejamento é a chave para equilibrar o orçamento

Manter as finanças organizadas é importante sempre, e para qualquer pessoa, mas em tempos de crise é algo ainda mais imperativo. A instabilidade econômica, no entanto, não é um impeditivo para realizar seus objetivos e sonhos de consumo. Com planejamento financeiro, determinação e disciplina na administração do orçamento doméstico, é perfeitamente possível manter as contas em dia e ainda reservar a verba necessária para o curso que deseja fazer, uma viagem especial ou a compra daquele carro.

O primeiro passo é ter definidos quais são os seus objetivos, quanto custam e em quanto tempo pretende concretizá-los. Lembrando que o melhor é botar os pés no chão e trabalhar dentro do seu padrão de vida atual. Então crie metas dentro deste planejamento e pense em como atingir cada uma. Exemplo: para ter uma despesa X com as contas residenciais, pode ser preciso reduzir o consumo de energia. As metas são essenciais para conseguir transformar em números os seus resultados e conferir se tudo está caminhando de acordo com o planejado ou não.

A partir daí, tenha a conta exata de sua receita e suas despesas mensais. Para ter este controle, a recomendação é anotar todos os gastos em uma planilha eletrônica, como a do Excel, ou usando um aplicativo de celular – hoje há uma série de apps próprios para isso. Neste controle, devem estar desde aqueles gastos essenciais (como saúde, transporte e alimentação), passando pelo lazer (cinema e restaurantes), até os de menor valor, como o cafezinho na padaria. Com todos os custos registrados, fica mais claro perceber quais podem ser reduzidos ou mesmo cortados, facilitando a organização das finanças para que consiga realizar os seus planos.

No dia a dia, avalie em que item é possível mudar seus hábitos para se encaixar nas suas metas de economia. Coisas rotineiras, como a tradicional cervejinha com os amigos podem ser menos frequentes, por exemplo. Geralmente, as pessoas não se atentam para o fato de que pequenos gastos, quando acumulados, podem fazer uma grande diferença no orçamento. Mas, com o controle financeiro, fica mais fácil saber exatamente quanto estão gastando com despesas extras e ajustar esses valores.

Na hora de comprar, especialmente, pesquise bastante. “Ao fazer uma compra, além de pesquisar o melhor preço, a pessoa deve pechinchar antes de fechar o negócio e buscar lojas com um perfil distinto das que costumava frequentar”, recomenda Marcela Kawauti, economista-chefe do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

A dica vale tanto para coisas essenciais, como ida ao supermercado, como para produtos de maior valor. A ordem é sempre checar as condições de pagamento e taxas de juros. Se for oferecido um desconto, o melhor é optar pelo pagamento à vista, sempre conferindo antes em sua planilha se o dinheiro não fará falta no orçamento mensal. Considere também o que realmente você precisa e não se deixe levar por compras de impulso.

Para tudo isso é preciso haver foco e disciplina. E se o objetivo envolver mais de uma pessoa – como uma viagem em família ou festa de casamento – é fundamental que todos os envolvidos tenham o mesmo empenho. E, se ameaçar fraquejar, pense imediatamente naquele seu sonho sendo realizado e o quanto ele vale a pena.

Parcelar uma compra grande no cartão de crédito é sempre melhor que pegar um empréstimo e pagar à vista.

fabio_1-Dúvida enviada por Fabio da Fonseca Junior, professor

MITO! Isso depende das condições e taxas de cada alternativa. Existem lojas que parcelam com ou sem juros. Outras dão desconto nas compras à vista. Avalie se esse desconto será maior do que os juros do empréstimo. Se o desconto for menor, parcelar no cartão pode ser um caminho pra você, mas confirme se a loja cobra taxa de juros no parcelamento. Nesse caso, compare o valor da taxa de juros desse parcelamento no cartão com a taxa de juros do empréstimo.
Independentemente de qual será a melhor escolha para você, antes de efetuar uma compra conheça seu orçamento e saiba se a parcela caberá no seu bolso nos próximos meses. Para tomar boas decisões planeje sempre.

Seja em planilha ou no papel, o importante é se planejar.

Dúvida enviada por Regina Alves, de São Paulo (SP)

Comprar ou alugar: cenário econômico exige cautela na hora da decisão

Esta é uma questão que atinge milhões de brasileiros no momento de tomar uma medida que pode mudar o rumo de suas vidas. Hoje, com uma previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano em torno de 3,81%, possibilidade de inflação superior a 7% e nível de desemprego (medido pelo IBGE) na casa de 10,9%, optar pela compra ou locação de um imóvel se tornou um decisão crucial, que deve ser avaliada com precaução, sem se deixar influenciar por mitos que ainda hoje perduram nas mentes dos brasileiros.

Por ser um setor diretamente relacionado com a atividade econômica, o mercado imobiliário vem sentindo os efeitos da crise. De acordo com o índice FipeZAP, calculado pela ZAP Imóveis, em 2015, o preço de venda dos imóveis registrou queda real de 8,48% e nos valores de locação, houve recuo de 12,66%. Diante deste cenário, é essencial ter cautela e avaliar todos os aspectos.

Como exemplo, pense em alguém que queira hoje comprar um imóvel de R$ 600 mil, e tenha R$ 180 mil (30% do valor) para dar de entrada e aderir a um financiamento bancário de 30 anos, com juros entre 10% e 12%. “Em um caso como este, no atual momento, marcado por incertezas, recomendo que a pessoa permaneça no aluguel, deixe o dinheiro da entrada em uma aplicação segura e aguarde pela recuperação da economia”, aconselha Eduardo Schaeffer, CEO da ZAP Imóveis, demonstrando que nem sempre a queda no valor de venda indica que a compra é a melhor opção.

Entretanto, ressalta Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, a decisão deve sempre ser tomada de acordo com a etapa da vida da pessoa. “Se ela está convicta de que vai morar por muitos anos na mesma cidade e tem dinheiro para a aquisição, o momento é positivo para se buscar bons descontos”, afirma. Caso a opção seja permanecer no aluguel, a recomendação é que a o valor de locação seja entre 20% e 30% inferior ao que pagaria em uma prestação do financiamento, lembrando que os critérios para a liberação de crédito de todos os bancos se tornaram mais rigorosos nos últimos anos, em função do aumento da inadimplência.

Outro equívoco comum é achar que o dinheiro aplicado vai necessariamente se constituir em uma fonte para uma compra futura. “Em curto prazo, uma aplicação sempre tende a se valorizar mais que um imóvel. Mas, as aplicações financeiras mais vantajosas são as que exigem mais recursos e oferecem maiores riscos, enquanto o imóvel é um patrimônio”, alerta o economista.

NOVO PERFIL
Além dos receios provocados pela crise econômica, já se nota nos grandes centros urbanos um deslocamento das prioridades da Geração Y (entre 25 anos e 35 anos) que, ao contrário de seus pais, já não encara mais como verdade absoluta a necessidade do chamado “sonho da casa própria”, preferindo viver de aluguel e investir seu dinheiro em experiências de vida, como viagens e cursos no exterior. Nas principais capitais brasileiras, este fenômeno de abrir mão do “ter” pode ser observado na crescente utilização de serviços compartilhados, como o Uber, e na adoção de novos hábitos de transporte, como a maior presença das bicicletas.

Só quem ganha muito dinheiro consegue economizar.

Dúvida enviada por Beatriz Martins Gazonni, de Curitiba (PR)

Quem está endividado precisa pagar as contas antes de guardar dinheiro.

Mito.
É preciso organizar o orçamento de maneira que as despesas sejam menores que as receitas e ainda haja sobra de caixa mensal para formação da reserva de liquidez. Ter dívidas e dinheiro guardado é diferente do que ter só dívidas. A reserva de liquidez proporciona segurança e liberdade de escolha. Há casos em que, mesmo tendo acumulado um bom patrimônio, coerente com sua idade e renda, pessoas acabam se endividando por não possuírem nenhuma liquidez, isto é, recursos disponíveis diante de imprevistos ou momentos de transição. Outra coisa fundamental é que o dinheiro a ser guardado todo mês deve ser o primeiro a sair da conta no dia do pagamento. Se esperar o final do mês para guardar o que sobra, não sobra.

Ao contratar um consórcio de carro, é mais vantajoso adiantar o pagamento dos lances.

Mito.
O consórcio é um grupo de pessoas que se reúnem com a finalidade de adquirir, cada um, o mesmo bem. Por sua vez, a administradora do consórcio é a responsável por reunir o grupo, captar e gerenciar os recursos e distribuir as cartas de crédito aos sorteados. Para isso, ela irá cobrar uma taxa de administração. Quando você dá um lance no consórcio, ou antecipa o pagamento das parcelas, você paga a taxa de administração proporcional antecipadamente. Assim, não há vantagem financeira à princípio no adiantamento das parcelas e o lance só deve ser dado se houver necessidade do bem no presente.

Mesmo quem está superapertado consegue se organizar para pagar as contas atrasadas.

Dúvida enviada por Silvia Pereira, de São Paulo

Existe um crédito ideal para fazer uma reforma residencial.

13588934_1368908609802500_567130310_--oDúvida enviada por Pedro Botelho Pereira, contador

VERDADE.
Existem créditos para reforma, construção e decoração que têm características especificas, como um prazo maior para começar a pagar. Você pode usar também outras alternativas, como empréstimo pessoal ou crédito consignado. A melhor opção vai depender da sua necessidade. Avalie todas as condições como o custo total do empréstimo, o valor da parcela e o prazo para pagamento. O mais importante é, antes de contratar um empréstimo, esclarecer qual é o seu objetivo para quem estiver orientando você. Informe-se, compare e veja o que faz sentido para você. Em qualquer situação, um bom planejamento é fundamental para tomar uma boa decisão.

Lógica das 3 reservas

Como gerenciar as economias, garantir a poupança e, ao mesmo tempo, alcançar um rendimento melhor?

Existem truques para economizar.

Verdade.
Em tempos de euforia, enquanto está tudo indo bem, costumamos ser menos criteriosos com a utilização dos nossos recursos. Contratamos serviços que não utilizamos e assumimos parcelas de empréstimos e financiamentos de médio e longo prazos sem planejamento. Com a crise, temos a oportunidade de rever nossas escolhas, eliminar desperdícios e focar no essencial. Aproveite a crise para ajustar suas finanças dentro da sua realidade, tomar decisões mais sustentáveis e com isso programar sobras no caixa para formação de reservas financeiras. Dinheiro guardado permite que passemos por momentos turbulentos e de transições na nossa vida de maneira mais tranquila. Com uma estrutura mais simples de gastos e um orçamento flexível, é possível continuar poupando regularmente para garantir um futuro mais estável.

Atualmente é um bom investimento, comprar um imóvel à vista e colocar para alugar.

Dúvida enviada por Alexis Andrade, de Santo André (SP)

Qualquer um pode aprender a investir no tesouro direto.

pai_2Dúvida enviada por Paulo Cesar Silva, empresário

VERDADE.
O mercado de títulos públicos no Brasil está ficando cada vez mais acessível. A primeira coisa a fazer para ter acesso ao tesouro direto é entrar em contato com uma corretora autorizada. Para saber qual título combina mais com você, leve em consideração seus objetivos, prazo em que deixará o dinheiro lá e seu perfil de investidor. Informe-se sobre as condições e custos. Entender as diferenças entre as opções é essencial para fazer uma boa escolha.

Contribuir para um plano de previdência privada vale a pena.

Allan_itauDúvida enviada por Allan Benedecti, publicitário

VERDADE! Nossa renda tende a diminuir quando nos aposentamos se não nos prepararmos desde cedo para esta fase. Se você contribui para a previdência oficial já paga por uma aposentadoria. Avalie se é suficiente para proporcionar a qualidade de vida que você deseja ter no futuro ou se você precisará de uma complementação. Os planos de previdência privada são desenvolvidos para esse objetivo.
Informe-se sobre as condições, os custos e o retorno esperado para definir o quanto investir e qual deles mais combina com você. Esta reserva também pode ser feita por conta própria, mas para isso você vai precisar de tempo, informação e muita dedicação.

Quem pega um empréstimo paga juros, quem investe ganha juros.

Dúvida enviada por Helena, de Guarulhos (SP)

A poupança é sempre a melhor forma de guardar dinheiro para viajar ou trocar de carro.

13000119_1725775627654656_1220840902614279243_n11-Dúvida enviada por Mayara Caroline, Professora de dança

MITO! Para cada objetivo, existe uma solução de investimento.

Solução 1: CURTO PRAZO
Se você vai trocar de carro ou viajar em breve, poupança, CDBs e fundos DI com rendimentos diários são boas opções*, pois permitem um resgate a qualquer momento.
Solução 2: LONGO PRAZO
Caso a ação seja planejada com antecedência, você pode diversificar de acordo com o seu perfil, como títulos públicos, fundos de renda fixa, multimercados ou ações**.

*Converse com seu banco para entender as características de cada investimento. **Os bancos disponibilizam em seus sites um questionário para identificar o perfil de investidor (por exemplo, conservador, moderado ou arrojado), e podem recomendar o mais adequado para seus planos.