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14 de maio de 2019

Belas Artes tem graduação em Mídias Sociais

Pioneiro, curso aborda monetização na internet, plano de negócio e estratégias administrativas e comerciais a longo prazo. Estudantes trabalham em projetos com empresas em situações reais

O Centro Universitário Belas Artes de São Paulo já oferece uma graduação em Mídias Sociais Digitais. Fundado em 2015, o curso é o primeiro do Brasil e, segundo sua coordenadora e idealizadora, Maria Carolina Garcia, também é um dos primeiros do mundo na área. Focado em formar profissionais que liderem a gestão de negócios no mundo digital, dura dois anos. O foco é “trabalhar com monetização, traçar planos de negócio, estratégias administrativas e comerciais a longo prazo. A nossa metodologia é a aprendizagem baseada em projetos para o mercado e para as empresas que nos procuram”, explica.

Formação e especialização no meio digital são exigências cada vez maiores do mercado, mas a vontade de interagir e estar imerso nesse universo não nasce apenas dessa demanda. Segundo Maria Carolina, a vontade de interagir nas redes sociais é um aspecto positivo que vem da nossa cultura. Além de se relacionar uns com os outros, os brasileiros investem e movimentam o e-commerce, comércio digital. “Por exemplo, o Instagram faz muito sucesso em outros países, mas no Brasil há muito mais engajamento, que é a participação ativa do consumidor numa marca. Ele quer opinar, se expressar.”

Entre os alunos da Belas Artes estão de jovens a profissionais experientes. “Temos gente com 17 e outros com 50 anos, que têm mestrado e doutorado, mas que querem se atualizar”, diz a coordenadora. Ela conta que muitos alunos durante ou após o curso são “captados” por universidades no exterior. “Temos vários alunos cursando mestrado no exterior, em bolsas de instituições em Portugal, Itália, Estados Unidos, onde são chamados para desenvolver melhor seus talentos.”

Visão. Entre os alunos que estudaram fora está Thiago Campos, de 35 anos, que fez mestrado em Multimídia na Universidade do Porto, em Portugal. “O curso contempla as artes e o design, mas também tem uma gama forte de tecnologia e empreendedorismo. Essa multidisciplinaridade do conteúdo foi fundamental porque permite que você saia com uma visão ampla de mídia e criação e tenha várias possibilidades de mestrado e doutorado”, diz ele, já de volta ao Brasil. “Não estamos mais naquela época da predominância das profissões tradicionais. Aí está a importância de um curso como esse, que não só ensina a manipulação de ferramentas, mas dá uma visão de conceito, que valoriza o repertório.” / LYGIA RIBEIRO, ESPECIAL PARA O ESTADO

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