Juliana Castelnovo, 40 anos, executiva de seguros, recorreu ao self storage (ou auto-armazenagem) pela primeira vez quando voltou para a cidade natal, Campinas. Como, inicialmente, mudou-se para a casa dos pais, Juliana precisou guardar parte das bagagens em um local extra até se assentar em uma moradia própria.

O que começou como uma experiência se tornou parte do estilo de vida. A segurança, praticidade e os preços competitivos pesaram a favor para que ela mantivesse o espaço. Atualmente, os 16 m2 alugados servem como uma espécie de quarto extra para armazenar itens de valor sentimental, materiais de trabalho e roupas que não usa diariamente. Até a família decidiu aproveitar.

“Tenho praticamente um apartamento guardado lá. Eu procuro acessar meu depósito três vezes ao mês, pelo menos. O local fica próximo de três rodovias e a entrada, mediante senha, é prática, na minha opinião. Em Campinas, quase não faz frio. Minhas roupas de frio estão lá. Quando a temperatura cai, passo para pegar”, explica.

O self storage é uma atividade de locação que se assemelha a outras modalidades de aluguel, mas com algumas vantagens. A principal delas é que o contrato é mensal e sem burocracias: não há necessidade de fiador ou seguro-fiança.

No Brasil, as pessoas físicas representam 60% dos clientes de self storage. É um público que recorre ao conceito quando os espaços já não são mais suficientes, quando o local de trabalho ou moradia está em reforma ou por motivo de mudanças (para outra cidade e até para o exterior). O preço, a segurança de ponta e a praticidade para contratar e visitar os espaços são atrativos que contribuem para que os clientes prefiram os boxes.

“Quando me perguntam quem pode aproveitar o conceito eu sempre digo: olhe bem para dentro de casa. Se há um quarto cheio de bagunça, a solução do self storage é a melhor oportunidade em termos de eficiência”, afirma Allan Paiotti, presidente da líder do setor, o GuardeAqui.

Como funciona

O modelo de contratação é simples. O cliente aluga, paga e tem 30 dias para usar. No fim desse período decide: se quiser manter o espaço basta quitar um boleto equivalente a mais um mês de uso – e assim sucessivamente. A lógica é que a contratação do self storage seja prática e flexível. O cliente arca somente com o custo do espaço. Isso significa que o locatário não precisa se preocupar com segurança, energia e IPTU, o que ocorreria na locação de um galpão, por exemplo.

Quando o ciclo de 30 dias é encerrado, o locatário conta com a possibilidade de aumentar ou reduzir o espaço do depósito. Existem diferentes metragens para atender quem precisa. “Com o self storage você não carrega um custo desnecessário. O cliente pode reagir rapidamente a mudanças de demanda. Não há necessidade de continuar com 100% do espaço se de um mês para o outro você precisa usar somente 50%”, afirma Allan Paiotti.

Outro atrativo é a localização das unidades de self storage. O GuardeAqui tem instalações em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brasília. Todas elas ficam perto dos grandes centros. Até 2021, a empresa planeja ampliar sua presença pelo País com a inauguração de mais de 20 unidades.