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Um marco na história da aviação brasileira

Há um século no País, Goodyear ajudou no desenvolvimento da indústria aeronáutica nacional por meio de produtos e serviços inovadores

Ao sobrevoar Paris a bordo do 14-Bis, em 1906, Alberto Santos Dumont escreveu seu nome na história como a primeira pessoa a realizar um voo público em um aparelho mais pesado do que o ar. Outros pioneiros se aventuraram, e o sonho de cruzar os céus em aviões tornou-se uma realidade ao alcance de todos. A Goodyear embarcou na ideia desde o início. Tanto que menos de três anos após o experimento de Santos Dumont, na França, a empresa começou a produzir os primeiros pneus projetados especialmente para aeronaves. Com o passar do tempo, colaborou ativamente com o desenvolvimento da aviação mundial por meio de produtos e serviços. Por aqui, construiu um capítulo importante na trajetória da indústria aeronáutica brasileira, que tem entre seus pontos altos a parceira com a Embraer.

Logo que chegou ao País, em 1919, a marca passou a comercializar pneus para aviões fabricados no exterior. A produção nacional seria iniciada anos mais tarde, em 1943, pouco depois da construção da sua primeira fábrica, no Belenzinho, bairro da capital paulista. Décadas mais tarde, foi descontinuada; mesmo assim, a empresa segue abastecendo o mercado interno com pneus de alto desempenho, seguros e duráveis. Além disso, introduziu inovações, como o primeiro modelo de baixa pressão e o primeiro radial aprovado para aeronaves.

Um dos grandes marcos aconteceu em 1963, quando a companhia começou a prestar serviços de recauchutagem — mais uma iniciativa pioneira da Goodyear — no País, sendo até hoje a única autorizada a realizar o procedimento em toda a América do Sul. Esse passo foi essencial para o desenvolvimento da aviação nacional, já que tornou os custos dos pneus mais acessíveis, mas sem comprometer a qualidade do produto.

Ao contrário dos pneus para automóveis, os projetados para aeronaves possuem uma carcaça muito mais robusta, essencial para suportar o peso e o impacto das aterrissagens. Com isso, a estrutura fica preservada após o consumo da banda de rodagem, fazendo com que a recauchutagem seja uma prática frequente no setor – desde que esteja em boas condições, cada pneu pode passar até 11 vezes pelo processo, de acordo com o permitido por lei. Já quando isso não é mais possível, a borracha acaba sendo destinada ao descarte ecológico, alimentando fornos de indústrias cimenteiras ou se transformado em outros produtos, como solado de sapato e tapetes automotivos.

A importância do serviço é tão grande que, em 1972, a companhia inaugurou uma unidade especializada em recauchutagem no bairro do Belenzinho, em São Paulo. Lá, a Goodyear oferece ainda treinamentos gratuitos a mecânicos que atuam no setor, com orientações sobre manutenção e dicas para extrair o máximo rendimento dos pneus, garantindo maior durabilidade e economia na operação diária.

Unidade especializada em recauchutagem no bairro do Belenzinho, em São Paulo

Longa parceira

Com a criação da Embraer, em 1969, os laços que a companhia norte-americana mantinha com o Brasil ficaram ainda mais fortes. Desde o lançamento do modelo EBM-10 “Bandeirante”, no mesmo ano, a marca tornou-se a principal fornecedora da empresa brasileira, dando suporte e participando ativamente da concepção e do desenvolvimento de pneus para as aeronaves que saem das suas plantas.

Para se ter uma ideia da importância da relação entre ambas, na década de 1990, graças à vitória em uma concorrência internacional para equipar uma das aeronaves da Embraer, a Goodyear reativou a linha de produção no País dos pneus Flight Leader. Passado meio século, seus produtos estão presentes como equipamento original de praticamente toda a frota comercial da Embraer, que se transformou em referência global na fabricação de aviões.

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