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Serviços

Termômetro da

economia

Representando cerca de 65% do PIB nacional, setor luta para ter maior participação nas definições políticas e olha para frente em busca de soluções para voltar a crescer

O setor de serviços responde pela maior oferta de empregos do Brasil e é um termômetro importante para se aferir a temperatura da economia. Quando a economia esquenta, ele cresce rapidamente. Se a economia resfria, logo sente o baque – e permanece em queda por algum tempo, como mostram os números. Em maio deste ano, o volume do setor de serviços do País recuou 6,1% em comparação ao mesmo período de 2015. No consolidado, entre 2015 e 2014, a queda foi de 3,6%.

“Somos um segmento de peso, importante, mas participamos pouco das definições das políticas econômicas do governo. Quem movimenta as indústrias é o setor de serviços. Atualmente, no Brasil, não se fabrica uma geladeira se não houver um chip. Como também não se monta uma linha de produção de celulares sem o desenvolvimento de uma competente TI”, informa Ermínio Alves de Lima Neto, vice-presidente executivo institucional da Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse), que reúne cerca de 80 entidades patronais, entre federações, sindicatos e associações de quase 30 segmentos da atividade em todo o País. São aproximadamente 50 mil empresas responsáveis por mais de 10 milhões de empregos formais.

Enquanto essa tão desejada maior participação nas decisões de Brasília não vem, o segmento continua tentando superar os desafios com os olhos no futuro. Um dos principais problemas agora, por exemplo, são os atrasos nos pagamentos por parte das empresas contratantes, algumas privadas e outras públicas. “Temos tido problemas com esses atrasos, especialmente dos contratos com companhias públicas. Há empresas que ficaram seis meses sem receber do governo. Isso, aliado a outros atrasos, tem feito com que a maioria das empresas tenha dificuldade de caixa e para cumprir suas obrigações. Ainda mais que no nosso setor dificilmente os resultados superam o índice de 8%”, comenta Ermínio Alves. “Outro desafio é o equilíbrio econômico dos contratos. Quando há variações derivadas da alta da inflação, por exemplo, elas precisam ser equacionadas o quanto antes, pois as empresas podem não ter recursos provisionados para cobrir as despesas”, acrescenta.

Menos impostos e mais otimismo

Outro ponto importante que pode ajudar a dinamizar o setor nos próximos anos diz respeito à legislação trabalhista e à regulamentação da terceirização. De acordo com o executivo, “é preciso definir com urgência o marco legal da terceirização do trabalho. Atualmente, há várias interpretações que precisam ser reunidas em uma só. Cada vertente da justiça tem a sua lei. A Justiça do Trabalho tem uma. A Fiscalização tem outra e o Ministério Público do Trabalho, idem. Essas indefinições fazem com que o empreendedor reduza os investimentos”. Para o executivo, quando houver essas definições o cenário mudará completamente, pois, por meio da terceirização, as empresas poderão firmar parcerias por tempo determinado, sem ter que demitir quadros funcionais ao final dos projetos.

Mas, mesmo em meio a esse árido cenário, alguns fatos positivos têm chamado a atenção. Um deles é que nos primeiros meses do ano foi registrado um aumento nas vendas de material de construção de 8,5% em relação ao ano passado. O outro está relacionado ao e-commerce, atividade ligada ao varejo que ainda tem um potencial muito grande de crescimento.

Outro momento de otimismo veio por conta da participação de cerca de mil empresários brasileiros, em março, de uma enorme feira de varejo nos Estados Unidos, onde foram conhecer as novidades que podem ser muito úteis para o setor de serviços. “Cerca de 80% dos presentes a este evento estavam otimistas com o futuro. Por isso, foram atrás de novas tecnologias e inovações para colocar em prática em seus negócios”, conclui Ermínio.

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CIELO

Tecnologia para fidelizar o varejista

Expansão da oferta de soluções e inovação na linha de produtos colocam a Cielo no topo do setor de Serviços

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Novos usos: Antes o terminal tinha uso limitado. Agora, será uma máquina de ideias a favor do cliente

No Brasil, o setor de cartões de crédito e de débito segue em franco crescimento. Segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs,) os brasileiros fizeram R$ 1,08 trilhão em transações com cartões em 2015, crescimento de 8,4% em relação a 2014. Cerca de 54% desse volume financeiro foi capturado pela Cielo, que em 2015 obteve uma receita operacional líquida de R$ 11,1 bilhões, um significativo aumento de 44% em relação ao anterior. Esses, entre outros motivos, fizeram da credenciadora de cartões a líder deste ano do setor de Serviços do ranking Empresas Mais, mesma posição que ocupou em 2015. “O resultado reflete o esforço da companhia em seus vários setores”, comenta Rômulo Dias, presidente da Cielo. “Além disso, temos procurado nos posicionar como uma empresa de tecnologia especializada em serviços financeiros, oferecendo as soluções mais inovadoras ao varejista”, acrescenta Rômulo Dias.

Nesse sentido, a empresa tem investido continuamente para fidelizar o seu cliente. Uma das últimas novidades é o lançamento de uma plataforma aberta, o que permite uma inovação colaborativa constante, chamada Cielo LIO, que possibilitará ao lojista melhorar a gestão do seu negócio. Com um sistema operacional próprio, o CieloOS – baseado no Android –, estará disponível a partir do segundo semestre deste ano.  Por meio da plataforma o varejista poderá criar um catálogo de produtos ou serviços, registrar pedidos com leitura de código de barras pela câmera integrada, fazer controle de estoques, gerenciar pedidos de mesas e dividir contas com a calculadora integrada.

O programa também recebe pagamentos, envia o comprovante digital para o consumidor e possibilita ao lojista consultar extratos e relatórios de vendas por período. “O Cielo LIO é uma quebra de paradigma na nossa indústria. Antes, o terminal no ponto de venda tinha uso limitado. Agora, é uma máquina de ideias a favor do varejista. Trazer inovação ao cliente o ajuda a vender mais”, explica Rômulo Dias, presidente da Cielo.

Soluções em tempo de retração econômica

A Multiplus, considerada a maior rede de fidelidade do País, que ocupa o segundo lugar no ranking, também revelou bons índices de crescimento em 2015. “Nossa base de participantes mostrou uma expansão de 12,9%, atingindo 14,2 milhões de pessoas. Encerramos o ano com lucro líquido de R$ 479,7 milhões, 47,6% maior que em 2014”, diz Roberto Medeiros, presidente da Multiplus.  O executivo lembra que, em tempos de retração econômica, a tendência é o consumidor procurar alternativas que ofereçam cada vez mais vantagens. “Nesse sentido, a Multiplus aparece como uma opção de bastante valor. Uma prova disso foi o crescimento de 32% sobre 2014 nos resgates não aéreos”, comenta Medeiros.

Em 2015, a empresa investiu em novas tecnologias, em especial na ampliação de funcionalidades do aplicativo disponível para iOS e Android, que até o momento já superou os 2 milhões de downloads. Além disso, fechou diversas parcerias estratégicas no varejo com Grupo Pão de Açúcar, Via Varejo, Vivo, Smart Fit, Easy Taxi, Even Construtora, Burger King, Pontofrio.com, Ipiranga, Netshoes, Dafiti, Accor, TripAdvisor, Droga Raia, entre outros.

A terceira posição do ranking ficou com a Ouro Verde, empresa sediada em Curitiba (PR), especialista em locação de equipamentos, locação de veículos de apoio e serviços de gestão de frota de empresas. Entre seus principais clientes estão grandes empresas, como Correios, Banco do Brasil, Bunge, Votorantim, Cargil, entre outros.

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O maior e mais completo ranking empresarial do País chega a sua terceira edição ainda melhor.

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