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Informática, Eletrodomésticos e Eletrônicos

Inovação pode

salvar o ano

Com resultados insignificantes de crescimento nos últimos anos, o setor de TI e eletrônicos consegue avançar no investimento de novas tecnologias

O faturamento da indústria elétrica e eletrônica brasileira caiu 10% em 2015, quando comparado com o ano anterior, totalizando R$ 148,3 bilhões. Para este ano, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) prevê uma queda de 8%, com o faturamento chegando a R$ 143 bilhões. Entre 2014 e 2015 foram 45,5 mil postos de trabalho perdidos no setor. Neste ano, de janeiro a junho, a indústria já cortou 8,2 mil vagas. A produção física do setor também apresentou retração. Entre 2014 e 2015, houve um desaquecimento da ordem de 21% e, nos primeiros meses deste ano, o índice ficou em 19,3%. Mas a Sondagem Conjuntural do Setor Eletroeletrônico de junho de 2016 registrou uma melhora geral no cenário com o aumento das vendas e das encomendas, a diminuição do número de empresas que realizou negócios abaixo das expectativas e a redução das demissões. Foram ainda verificados ajustes de estoques de componentes e matérias-primas.

Também foi observada uma melhora nas expectativas, com perspectivas favoráveis para o segundo semestre deste ano, comparado a igual período do ano passado. Entre as empresas entrevistadas, 42% delas esperam crescimento e 33%, queda. Esta foi a primeira vez, desde a pesquisa de fevereiro deste ano, que as expectativas de crescimento para o mês seguinte superaram as perspectivas de queda, ao comparar com igual período de 2015.

As vendas de eletrodomésticos da linha branca (como fogões, geladeiras e lavadoras) e de eletroportáteis (que reúnem equipamentos menores como cafeteiras e liquidificadores) também decepcionaram no ano passado. Já a comercialização de aparelhos de televisão no Brasil caiu 28% em volume no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2015 e o faturamento do segmento também teve queda, de 5,6%, de acordo com a consultoria GFK. Os fabricantes apostam nas novas tecnologias para salvar 2016. A expectativa é de que os hábitos recentes dos brasileiros, como a TV on demand e aparelhos aptos para internet, com sistema operacional e alta resolução de imagem, ajudem a incentivar as trocas.

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), em 2015, o setor de telecomunicações, tecnologia da informação e comunicação (TIC), que compreende hardware, software e serviços, faturou R$ 517,4 bilhões. Isso correspondeu a 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e representou um crescimento de 8,1% em relação ao ano anterior.  “O setor sentiu muito o aumento da carga tributária, que passou de 2% para 4,5%. O impacto foi grande e, em 2015, houve uma redução de 55 mil postos de trabalho”, explica Sérgio Paulo Gallindo, presidente da Brasscom. Segundo ele, há um sentimento difuso de que talvez tenha chegado o momento de começar a reverter as expectativas. “A boa notícia é que somos um setor bastante transversal e, em momentos de crise, as empresas são demandadas com projetos de redução de custos e otimização operacional”, diz.

Para Gallindo, as grandes tendências do setor são os serviços em nuvem, as soluções de análise de Big Data, a computação cognitiva e a internet das coisas. “São ondas que estão começando, mas vêm fortes e o Brasil está antenado nas novas oportunidades. O setor de TI tem sido uma mola de crescimento do País nos últimos cinco anos e é ele que vai fazer o Brasil passar para um novo patamar de desenvolvimento, pois as aplicações que desenvolve trazem ganhos de eficiência, agregação de valor e aumento de produtividade para todos os setores da economia”, aposta.

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Criatividade e eficiência para crescer

Empresas apontam o investimento em pesquisa como fator fundamental de diferenciação no mercado

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Solução completa: Linha de produção da Electrolux, em São Carlos (SP). Em busca da preferência do consumidor

Pesquisa e inovação estão no centro das atenções da Electrolux, o grande destaque da categoria. Nos últimos anos, só foi possível ampliar o mix de produtos graças às pesquisas. O chamado triângulo da inovação – formado pelas áreas de marketing, engenharia e design – possui papel fundamental em todas as decisões que envolvem lançamentos de produtos e soluções para o consumidor, além de contar com um time multifuncional. Para tanto, todo ano são destinados 2% do faturamento do Brasil à pesquisa e inovação. “O que tem gerado preferência do consumidor pela Electrolux é o fato de a empresa oferecer uma solução completa de produtos, caracterizada especialmente por um alinhamento de design único em uma só marca”, acredita Rafael Bonjorno, diretor de marketing, produto e inovação da Electrolux para América Latina.

Para driblar a recessão, a empresa tem apostado em produtos que geram economia. “Notamos que todas as categorias ou produtos que estiverem ligados ao apelo de economia serão excelentes oportunidade de negócios. Produtos com economia de água, energia, entre outros, são atrativos que afetam diretamente o bolso do consumidor”, explica Bonjorno. “Prova disso é que estamos lançando cerca de 50 produtos em diversas categorias. Em 2017, é possível que tenhamos uma recuperação parcial da economia, bem como a melhora da confiança do brasileiro, o que deve trazer reflexos positivos para a indústria”, complementa.

Armando Ennes do Valle Júnior, vice-presidente de novos negócios, serviços, relações institucionais, comunicação e sustentabilidade da Whirlpool Latin America, segunda colocada na categoria, também destaca a inovação como fator fundamental de destaque no setor. “Em 2015, a falta de previsibilidade e volatilidade do cenário externo exigiram ainda mais foco na execução. Todos os anos investimos de 3% a 4% do faturamento em inovação – esse é nosso diferencial. Em 2015 lançamos 200 novos produtos”.

Isso é fruto do estabelecimento, segundo ele, de quatro pilares estratégicos da companhia: liderança de marca, liderança de produto, excelência operacional e em pessoas. Um dos destaques da companhia, de acordo com Valle Júnior, foi o lançamento da B.blend, que se transformou em uma joint venture com a Ambev em 2015 e é a primeira plataforma all-in-one de bebidas em cápsulas do mundo. A máquina transforma cápsulas em mais de 20 sabores de bebidas quentes, geladas, com ou sem gás. “É este olhar atento em inovação que reflete nossa visão: as melhores marcas e produtos para o consumidor em todos os lares ao redor do mundo”, diz.

Relacionamento com revendedores

A Intelbras, a terceira colocada no ranking, possui um quadro de mais de 2.300 colaboradores, 80 mil revendedores corporativos e de varejo e mais de 400 assistências técnicas credenciadas no Brasil. Além de sua atuação em todo o território brasileiro, também possui escritórios na China e no México.

“Graças a essa estrutura, vem sendo possível alcançar os resultados. O ano passado foi desafiador. Mesmo em um ambiente econômico complexo, a companhia conseguiu alcançar R$ 1,12 bilhão em faturamento no período, o que representou um crescimento de 13% em relação a 2014. A busca por uma gestão criativa e eficiente proporciona boas perspectivas para 2016”, aposta Altair Angelo Silvestri, presidente da Intelbras.

Segundo ele, a empresa tem importantes projetos em andamento, todos com foco na proximidade. Um exemplo foi a campanha de vendas “Juntos nos 40”, a maior de toda a história da empresa, que reuniu no ano passado seus parceiros na busca por melhores resultados e premiou centenas deles com um final de semana de celebração. O projeto deu tão certo que este ano a Intelbras o reeditou com outro nome: “Sempre Juntos”. Além disso, Silvestri destaca o programa Revendas Mais Verdes, que visa ampliar o relacionamento com os revendedores e clientes finais, fomentando espaços exclusivos que vão comercializar todo o portfólio de produtos da companhia.

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O maior e mais completo ranking empresarial do País chega a sua terceira edição ainda melhor.

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