Transformação digital

07 de dezembro de 2017

Conheça as transformações que as cidades inteligentes trazem ao seu dia a dia

Com a aplicação correta das tecnologias de informação e comunicação, municípios podem melhorar qualidade de vida dos habitantes

Com mais da metade da população mundial vivendo nas cidades, a demanda por serviços públicos aumenta a cada dia. A ONU calcula que as cidades deverão ter 1 bilhão de habitantes a mais até 2030, totalizando quase 5 bilhões de pessoas no mundo morando em áreas urbanas. Diante disso, o desafio é: como trazer qualidade de vida para tanta gente ao mesmo tempo?

Otimizar o uso de recursos e da infraestrutura já existentes é, sem dúvida, o primeiro passo para tornar as cidades mais inteligentes. Isso significa utilizar tecnologias de comunicação e informação para planejar o espaço urbano, detectar problemas e saber como solucioná-los de forma eficaz. Na prática, tornar uma cidade inteligente é usar os dados e as conexões disponíveis para melhorar o dia a dia das pessoas.

“Em geral, o que vemos hoje nas cidades é um desperdício de recursos. É só olharmos para o transporte público. Às vezes, você vê em um mesmo trecho passarem três ônibus da mesma linha, um logo após o outro. Geralmente, o primeiro está lotado e os outros dois vazios. Depois, demora uma hora para o próximo ônibus dessa linha passar”, constata o professor do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo, Fabio Kon, que é pesquisador na área de cidades inteligentes.

O mesmo exemplo pode ser visto na saúde. “Você vê postos de saúde completamente abarrotados, enquanto outros estão ociosos”, observa. A tecnologia pode oferecer soluções para esses problemas por meio de ferramentas como Internet das Coisas (IoT), Big Data e Computação em Nuvem. A Internet das Coisas permite a conexão dos objetos à internet. Por meio dessa conexão, é possível coletar diversos dados (Big Data) sobre o desempenho dos serviços e armazená-los em nuvem, a infraestrutura necessária e confiável para o processamento dessas informações.

Como isso pode ser aplicado na prática? No Brasil, o potencial de uso da Internet das Coisas para melhorar os serviços é enorme. Em uma pesquisa recente organizada pela TeleSemana, em parceria com a Teleco, os participantes do primeiro evento virtual de IoT do Brasil responderam quais são os segmentos com maior potencial de crescimento no País. A resposta de 29,4% dos entrevistados foi Cidade Inteligente.

As possibilidades são diversas e dependem das necessidades de cada município: vagas públicas de estacionamento podem ser catalogadas com sensores que avisam aos motoristas onde há disponibilidade para parar o carro, a rede elétrica pode funcionar automaticamente, ligando ou desligando conforme cai a luz do dia ou logo que o sol nasce. “Todas as áreas têm alguma iniciativa, mas, no Brasil, em geral a gente está atrasado em todas elas”, analisa Kon.

Para mudar esse cenário, é preciso investir em hardware, software, estrutura de rede e soluções de segurança. Com parceiros tecnológicos que ofereçam estrutura confiável e de alta tecnologia, as cidades podem avançar. Confira de que maneira a tecnologia pode melhorar o dia a dia em diversas áreas urbanas:

Energia elétrica
– Conexão da rede elétrica e uso dos dados para detectar ligações clandestinas (“gatos’’) e interrupção dos serviços;

Limpeza urbana
– Otimização da coleta de lixo com sensoreamento dos cestos de lixo;
– Sensores nos bueiros para detectar quando eles estão cheios e precisam ser limpos, evitando enchentes;

Fornecimento de água
– Uso de sensores distribuídos ao longo da rede para monitorar perda devido a vazamentos, rompimento de adutoras ou ligações clandestinas:

Transporte público
– Informações em tempo real sobre localização dos ônibus e tempo de espera e de viagem;

Trânsito
– Monitoramento dos semáforos para manutenção;
– Ficalização das ruas e avenidas para otimizar o fluxo de veículos;
– Uso de dados móveis em veículos particulares: No Brasil, os modelos da Volvo, por exemplo, permitem que o consumidor tenha acesso a ferramentas como localizador (com a transmissão de dados, o motorista pode saber onde deixou o carro estacionado) e partida remota (é possível programar a partida e selecionar a temperatura ideal para deixar o ar-condicionado climatizando o carro até o motorista chegar). A tecnologia é fornecida pela Embratel, líder no mercado de carros conectados no país.

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