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Estadão Blue Studio

Pesquisa revela impactos da pandemia em empresas

Assista ao bate papo, com Ronaldo Fragoso, sócio-líder da Deloitte para respostas à crise da Covid-19 e Luís Vasco Elias, líder da prática de reorganização empresarial da Deloitte com a apresentação de Daniel Gonzales.

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18 de junho de 2020

Com os desafios impostos às empresas pela crise, abre-se a questão de como os negócios vão continuar no cenário pós-pandemia. O impacto provocado pela Covid-19 não tem precedentes, porém a capacidade de reação rápida acelera as mudanças necessárias para a continuidade das operações com o mínimo de danos possível.

A pesquisa “Respostas à crise da Covid-19” – realizada pela Deloitte, com 1.007 executivos de 662 empresas que atuam no Brasil em 32 segmentos de atividades –identificou que a maioria das organizações (74%) acredita na recuperação entre 6 e 18 meses após o fim do confinamento.

Ao mesmo tempo, ao longo dos primeiros 100 dias de pandemia (a partir do estabelecido pela Organização Mundial de Saúde, OMS), as empresas precisam lidar com questões como quedas em vendas e aumento na inadimplência. veja mais

Frentes de ação contra a crise

O levantamento identificou que as respostas à crise acontecem em seis frentes prioritárias: governança da crise, gestão de pessoas, impactos financeiros, cadeia de suprimentos e operações, clientes e receitas, e tecnologia e meios digitais.

Em transmissão feita pela TV Estadão sobre a pesquisa, o sócio-líder da Deloitte para respostas à crise da Covid-19, Ronaldo Fragoso, destacou que a maioria dos empresários espera redução de receitas e vendas nos primeiros 100 dias de crise.

“Entre os respondentes, 67% esperam quedas neste período, enquanto 68% preveem diminuir custos e despesas”, aponta. A pesquisa revela que outros 56% acreditam que poderá haver problemas de inadimplência dos clientes, como a postergação de pagamentos.

Luís Vasco Elias, líder da prática de reorganização empresarial da Deloitte, destaca a velocidade enorme com a qual a crise se estendeu aos negócios, gerando a necessidade de respostas rápidas.

“A maioria das empresas, com exceção dos setores que não dependem tanto do mercado local, como os exportadores, esperava um declínio nas receitas. E outra questão muito importante à qual as organizações prestaram muita atenção diz respeito às eventuais rupturas em suas cadeias de suprimentos e distribuição”, explica.

Retenção de empregos e retomada

Outro destaque do levantamento da Deloitte foi que apesar do momento incerto, a maioria indica intenção de manter o quadro de funcionários – “65% dos entrevistados afirmam que farão isso, ou seja, existe uma expectativa de que a crise vai passar e se espera manter a retomada”, observa Fragoso.

Assim como os impactos acontecem de forma diferenciada por setores, as expectativas de recuperação aparecem também de maneira distinta. Enquanto os segmentos de turismo, hotelaria e lazer, veículos e autopeças, são os mais afetados, os setores de TI e Telecom registraram aumento do volume de serviços.

Entre os setores que apostam em uma retomada mais rápida, no período de 6 meses, estão os de tecnologia da informação e telecomunicações, agronegócio, alimentos e bebidas, extração mineral, serviços de educação, serviços às empresas, metalurgia e química, higiene e limpeza.

O grupo de setores que acredita numa recuperação mais lenta, em até 18 meses, é composto por comércio, transporte e logística, turismo, hotelaria e lazer, veículos e autopeças, associações e ONGs, bens de consumo, construção, saúde e farmacêutica.

Confira o bate papo na íntegra, com Ronaldo Fragoso e Luís Vasco Elias, com a apresentação de Daniel Gonzales.

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