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Estadão Blue Studio

Inovações tecnológicas aprimoram investigações forenses

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23 de abril de 2019

A quantidade de dados cresce exponencialmente, o que exige do ambiente corporativo um cuidado cada vez maior. Velocidade e fluxo de dados impulsionam uma nova forma de conduzir investigações nas empresas, com o apoio das tecnologias disruptivas nesse processo.

José Paulo Rocha, sócio da área de Financial Advisory e líder da prática de Serviços Forenses da Deloitte, explica que o maior desafio em termos de governança é a empresa estar realmente segura de que tem acesso a todas as informações a serem verificadas. “A organização precisa conhecer todos os processos e meios utilizados para armazenar dados, e deve ser capaz de subtrair conteúdo desses meios para a investigação”, esclarece, referindo-se às diferentes fontes de informações disponíveis nas empresas, incluindo aplicações, smartphones e dados em nuvem.

O executivo destaca também à necessidade de aderência às novas exigências trazidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sancionada em agosto de 2018 e que passa a vigorar em fevereiro de 2020. A Lei estabelece regras sobre coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais, impondo mais proteção e penalidades, em caso de não cumprimento, o que tem motivado as empresas a se estruturarem melhor.

Analytics: tecnologia forense para análise de dados

As investigações de fraudes corporativas têm como objetivo identificar sua ocorrência, analisar e organizar evidências, apresentando os fatos relevantes, para que organizações tenham as informações necessárias de forma compreensiva e precisa, auxiliando na tomada de decisões.

“As evidências eletrônicas são perecíveis, por isso a coleta e a preservação de forma tempestiva são essenciais na resolução de conflitos. A tecnologia é utilizada para a análise de dados e informações digitais”, explica Paulo Renato Silva, gerente sênior da Deloitte para a prática Forense.

Com a ajuda de sistemas e equipamentos especializados, desenvolve-se a capacidade de coletar, preservar, filtrar e processar grande volume de dados, tornando a análise mais eficiente e de melhor compreensão. Dessa forma, é possível identificar evidências e documentos relevantes em processos que necessitam de análise, demonstração e/ou organização de dados eletrônicos em um curto espaço de tempo.

Thomas Matarelli, executivo da Relativity (empresa norte-americana de tecnologia em Legal), destaca a importância das funções de analytics e a plataformas SaaS, que têm sido bastante aplicada nas práticas forenses com a RelativityOne. Segundo Matarelli, 93% das organizações nos Estados Unidos utilizam serviços de nuvem de alguma forma, o que traz um maior volume e mais velocidade das informações compartilhadas.

Alguns pontos devem ser observados na investigação com base em dados:

  • Explore dados não estruturados: análises e visualizações sofisticadas facilitam a localização de padrões em seus dados não estruturados – aqueles em que não é possível identificar uma organização clara de armazenamento, tais como arquivos de texto, e-mail, conversas de chat, posts nas redes sociais, fotos digitais etc. – e a descoberta de tendências.
  • Aja de acordo com o que você encontrar: identifique rapidamente potenciais sinais de alerta, e selecione documentos para uma análise mais detalhada.
  • Trabalhe com os relacionamentos: envolva a sua equipe, dando acesso a arquivos de casos para compartilhar inteligência e dividir a carga de trabalho de revisão entre várias investigações.

Novos desafios, novas soluções

Recentemente, a Deloitte expandiu sua parceria com a Relativity e está oferecendo aos seus clientes acesso ao RelativityOne, a plataforma SaaS da companhia, que entrega soluções e-discovery com maior velocidade, flexibilidade e segurança. O RelativityOne é executado na infraestrutura em nuvem da Relativity, que têm a responsabilidade de manter a estrutura dos dados, conectividade e servidores necessários para o serviço. Além disso, a Relativity obteve certificações independentes como ISO 27001 e SOC 2 reforçando a segurança e confidencialidade dos dados.

“À medida em que os ambientes regulatórios e de negócios brasileiros e globais continuam a evoluir, o gerenciamento, preservação e proteção de volume cada vez maior de dados relevantes exigem uma experiência mais avançada em e-discovery e soluções tecnológicas”, conclui José Paulo Rocha, da Deloitte.

 

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