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Estadão Blue Studio

Conheça a experiência da Fibria com ações de GRC

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11 de abril de 2017

As empresas têm direcionado seus esforços para estabelecer práticas consistentes de Governança, Riscos e Compliance (GRC). Além de uma forte tendência de mercado, tais medidas têm sido muito cobradas pelos Conselhos de Administração, Diretoria Executiva e pelos órgãos reguladores (nacionais e internacionais). A postura de postergar ou ter falhas neste processo pode gerar impacto devastador na imagem e na reputação das companhias.

A abordagem integrada de GRC consiste em utilizar ferramentas para maior eficiência de gestão, com visão única. Mas qual a aplicação prática dessas ferramentas? Adjarbas Guerra Neto, Diretor de Governança, Riscos e Compliance da Fibria, conta sua experiência.

“Nosso GRC está totalmente conectado. Nosso processo de integração vem evoluindo há mais de cinco anos e se tornando cada vez mais robusto, de forma que, recentemente, tornou-se uma Diretoria de Governança, Riscos e Compliance, com reporte direto ao presidente do Conselho de Administração”, descreve.

Guerra destaca as principais vantagens de uma abordagem integrada de GRC:

·       Maior sinergia entre as áreas que lidam com governança corporativa, gestão de riscos, controles internos, compliance, auditoria interna e ouvidoria para otimização de esforços, identificação de eventuais gaps de cobertura e eliminação de eventuais sobreposições.

·       Aculturamento contínuo, que possibilita uma evolução natural do grau de maturidade da Fibria sobre os papéis e as responsabilidades em termos de governança, riscos e compliance.

·       Desenvolvimento de uma linguagem comum de riscos, que facilita as discussões desde o nível estratégico até o nível tático e operacional, demonstrando que as pessoas entendem a importância da boa governança em suas rotinas.

·       Para a Alta Administração, é uma forma de consolidar e priorizar temas relevantes da empresa com foco na gestão dos principais riscos corporativos (áreas de alto risco).

·       Auxilia o alinhamento geral dos trabalhos, otimizando controles, melhorando a produtividade entre áreas, reduzindo custos, contribuindo para a preservação de valor e também para a mitigação de riscos.

·       Por fim, mas não menos importante, contribui de forma relevante para o fortalecimento da governança corporativa, beneficiando a companhia, os acionistas e a sociedade como um todo.

Aculturamento e integração das atividades

Adjarbas Guerra Neto explica a importância dos primeiros passos, ao falar dos bons resultados: “realizamos muitas ações de aculturamento, workshops, treinamentos, palestras, e-learnings, reuniões de alinhamento, apresentações para o Conselho de Administração, Diretoria, Gerentes Gerais, Gerentes, Coordenadores, enfim, uma série de ações visando esclarecer o papel de cada área do GRC”.

Segundo o executivo, todas essas ações ajudaram a elevar o grau de conhecimento das pessoas sobre gestão de riscos, controles internos, compliance, auditoria interna, ouvidoria e governança corporativa. Como consequência, também ficou mais compreensível a integração de atividades no GRC. “Não há sobreposição de trabalhos e, quando há dúvidas, conversamos nas reuniões periódicas de staff”, esclarece.

Hoje, o GRC é uma área estratégica e consultiva para a Fibria. “Dessa forma, precisamos atentar para a Gestão de Conhecimento gerado pelos profissionais da área. Além da parte técnica de GRC, é preciso conhecer bem o negócio da empresa, o ambiente em que estamos inseridos, o mercado dos nossos clientes, fornecedores e parceiros, para conseguir aplicar o conhecimento de forma adequada e assertiva nos trabalhos. Assim, agregamos mais valor ainda à nossa companhia”, complementa.

Custos envolvidos

Ronaldo Fragoso, sócio-líder da área de Risk Advisory da Deloitte no Brasil, esclarece que existe uma discussão muito grande quanto aos investimentos necessários para implantação de uma área de GRC, incluindo a quantidade de pessoas, processos (metodologia a ser aplicada) e as ferramentas a serem utilizadas (implantação de software).

“O tamanho da empresa e a correspondente preocupação com os instrumentos de governança corporativa são fatores decisivos no tamanho do investimento. Aspectos como a proteção da imagem e reputação devem entrar nesta conta, já que a destruição destes valores pode custar muito mais do que os investimentos necessários”, argumenta Fragoso.

Alguns indicadores, como IGC (índice de governança corporativa), demonstram que o investidor está disposto a pagar um prêmio pelas empresas que investem nessa área. “Com isso, a relação custo x benefício pode ser rapidamente demonstrada, sendo que, diversas vezes, o beneficio supera em muito os custos existentes”, complementa.

Governança que traz resultados

As companhias com as melhores práticas de governança corporativa, reportadas na Bolsa pelo índice IGC, são mais atrativas aos investidores, que pagam prêmios por suas ações.

O gráfico a seguir mostra como o mercado responde positivamente a esse tipo de investimento, registrando a ascensão das companhias listadas na BM&FBovespa que apresentam as melhores práticas de governança. Esse grupo, representado pelo índice IGC, obteve, ao longo da última década, uma evolução significativamente superior à registrada pelo Ibovespa.

Empresas que compõe o IGC X Bovespa

gráfico

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