Tecnologia ajuda a humanizar a relação entre médicos e pacientes

Inteligência artificial promete trazer profundas transformações na rotina de diagnósticos e tratamentos
Evento Inovação e Excelência Médica como Diferencial discutiu como a tecnologia pode transformar a saúde – Foto: Valeria Gonçalvez

Toda a jornada do paciente que temos hoje – desde a marcação de consultas, a realização de exames, até a apresentação dos resultados e as indicações de conduta – deverá ser bastante impactada, e uma nova forma de pensar a medicina, que otimiza processos e favorece a humanização, deve entrar em curso. Com os avanços, os médicos (e muitos outros profissionais da área da saúde) tendem a ficar livres de tarefas mais burocráticas, que passarão a ser feitas pelos computadores. “Lembrar de todas as interações medicamentosas de algo que ele vai prescrever? Isso nunca a cabeça do médico vai saber. Mas ele vai usar as ferramentas eletrônicas que vão dar um grande suporte”, avalia Otávio Gebara, diretor clínico do Hospital Santa Paula e um dos convidados para o painel Os desafios do uso de dados em saúde e as mudanças na relação médico-x-paciente, parte do Fórum Estadão Think Inovação e Excelência Médica como Diferencial, realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo em parceria com a Dasa. Importantes nomes da medicina encontram-se dia 5 de setembro no Cubo Itaú, em São Paulo, para discutir rumos, desafios e perspectivas do setor. 

Com pré-laudos de exames e o histórico de dados nas mãos, o profissional perde menos tempo da consulta com pesquisas e preenchimentos de planilhas. Sobra, portanto, mais oportunidade para interagir com o paciente. “Os médicos irão se dedicar às atividades humanas. Saber se comunicar com outro, identificar como pode apoiá-lo, quais as melhores soluções de enfrentamento para aquele caso”, declara Rogério Sugai, diretor médico da Salesforce. Na visão dos especialistas, a tecnologia, que no primeiro momento contribuiu para um distanciamento entre médicos e pacientes, agora vai auxiliar no resgate da aproximação nessa relação. 

Mas não é somente dentro do laboratório que a inteligência artificial está sendo aplicada. Com o uso de dados, a marcação de consultas e de exames, por exemplo, deve ficar muito mais fácil – não serão mais necessárias ligações, nem a repetição no fornecimento de informações. Além disso, com o gerenciamento correto do histórico de cada paciente, é possível acessar dados que podem direcionar medidas de prevenção e tratamento mais adequados. “O paciente tem acesso a um melhor cuidado se ele utilizar as ferramentas de inteligência artificial antes, durante e depois da consulta. Informações que auxiliam a tomar o remédio correto, a evitar interação medicamentosa e usar racionalmente os exames”, diz Gebara.

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