Dave deBronkart

SAÚDE DIGITAL: O FUTURO JÁ COMEÇOU

Novas tecnologias fortalecem o vínculo entre médicos e pacientes cada vez mais exigentes

O fácil acesso à informação e aos recursos digitais transformou a experiência de cuidar da saúde. Cada vez mais, os pacientes chegam ao consultório em condições de discutir o que precisa ser feito e de participar ativamente das decisões sobre seu tratamento. O bom médico deixou de ser a autoridade incontestável para assumir o papel de ouvinte atento e de orientador na busca do paciente por mais conhecimento e qualidade de vida. A adoção de inovações como a inteligência artificial (IA) e o uso de big data para análises em grande escala permitem que os profissionais se livrem de tarefas burocráticas e voltem a se dedicar à essência a medicina: a arte de cuidar de gente.

75%

dos pacientes afirmam que a tecnologia é importante para cuidar da saúde, segundo pesquisa realizada nos Estados Unidos, em 2018, pela empresa Accenture.

56%

dos entrevistados dizem buscar informações ou controlar seus dados de saúde por meio de sites. Outros recursos citados: celular (46%), registros eletrônicos de dados (38%), mídias sociais (35%), tecnologias vestíveis (33%) etc.

48%

mantêm aplicativos de saúde no celular ou no tablet. O uso dessa ferramenta cresceu acentuadamente nos últimos anos. Em 2014, apenas 16% eram adeptos dela.

Empoderar o paciente é uma obrigação da cadeia de saúde. Com a ajuda da tecnologia, o médico pode dedicar mais tempo da consulta a ouvir o paciente e a orientá-lo sobre como buscar informação confiável.


Emerson Gasparetto, neurorradiologista e vice-presidente da Dasa

O poder dainformação

Quando recebeu o diagnóstico de câncer renal metastático, o americano Dave deBronkart percebeu que sua única chance era a informação. Determinado a entender detalhes da doença e a encontrar algum recurso desconhecido, ele fez da internet uma grande aliada. Conectou-se a grupos de pessoas em situação semelhante e vasculhou estudos clínicos de novas drogas. Acabou descobrindo um tratamento que seu médico desconhecia. Como sobrevivente, ele convida cada paciente a se relacionar com outros, a controlar seus dados médicos e a impulsionar a melhoria dos cuidados de saúde. Nos Estados Unidos, Dave é considerado um e-patient (equipped, engaged, empowered, enabled), termo usado para descrever a atitude de pacientes que querem (e podem) ajudar a melhorar a atenção à saúde.

O paciente é o componente mais subutilizado do sistema de saúde. Deixem os pacientes ajudar a transformar nossa realidade.


Dave deBronkart, sobrevivente de câncer renal

PARA MELHORAR A CONEXÃO

Com o bom uso do tempo e dos recursos proporcionados pela tecnologia, os médicos podem se concentrar naquilo em que são indispensáveis: na construção do vínculo com o paciente, no relacionamento olho no olho e na busca da decisão compartilhada. Para contribuir com esse novo momento da relação médico-paciente, a Dasa, a maior empresa de diagnósticos do Brasil, oferece soluções que favorecem a conversa entre eles e a compreensão das informações: laudos com interpretações mais intuitivas e uso de cores, infográficos e imagens.

A inteligência artificial fará parte dos cuidados de saúde assim como o Waze e o Google Maps entraram nas nossas vidas. Ela ajudará a prevenir doenças e a melhorar a adesão aos tratamentos.


Guilherme Rabello,gerente de inteligência de mercado do Núcleo de Inovação do InCor (InovaInCor)

10 mil

ressonâncias magnéticas de cérebro estão sendo analisadas em um projeto da Dasa em parceria com a Harvard Medical School. O objetivo é desenvolver algoritmos para determinar, em tempo real, o tipo, o potencial risco e a gravidade de determinada doença cerebral.

300

ressonâncias magnéticas de próstata, em outra parceria com a Harvard Medical School, estão sendo avaliadas para desenvolver algoritmos que calculam precisamente as medidas da próstata para que, em um futuro próximo, seja possível gerar imagens tridimensionais.

As novidades na
saúde são tema dedebate da tv estadão

Convidados abordaram o papel dos avanços digitais e como eles estão mudando as relações entre médicos e pacientes

Veja o debate na íntegra aqui.

Temos total chance de ser protagonistas nesta mudança. Ela não vai ocorrer só nos Estados Unidos ou em outro lugar. Podemos fazê-la acontecer no Brasil. Está em nossas mãos.


Pedro de Godoy Bueno, Presidente da Dasa

Acreditamos que a relação médico-paciente vai se beneficiar muito pela transformação digital. Parte da nossa responsabilidade no cuidado à saúde das pessoas é transmitir as informações da forma mais clara possível.


Emerson Gasparetto, neurorradiologista e vice-presidente da área médica da Dasa

Inteligência faz bem à saúde

Para que servem alguns dos principais avanços



01.

Big Data

A imensa quantidade de dados de saúde gerados atualmente provocou uma mudança nas formas tradicionais de análise. Mesmo no Brasil, onde há escassez de informações organizadas e comparáveis, os pesquisadores desenvolvem bons algoritmos (receitas que mostram os procedimentos necessários para a resolução de uma tarefa) aplicados à saúde. Um dos objetivos é identificar padrões para prever a evolução de doenças. Estudos de big data são realizados, por exemplo, para melhorar a precisão dos diagnósticos ou fazer bom uso da internet das coisas. Objetos eletrônicos conectados ao corpo (os wearables) poderão identificar um infarto iminente antes mesmo que o paciente sinta qualquer desconforto.

02.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

É a capacidade de máquinas tomarem decisões inteligentes. Nos anos 90, as regras necessárias para que isso acontecesse eram definidas por humanos. Um caso famoso é o do Deep Blue, o supercomputador da IBM que, em 1997, venceu o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov. Hoje, os computadores estão ainda mais inteligentes. Por meio dos novos algoritmos, são capazes de aprender sozinhos. A inteligência artificial não substituirá o médico, mas o software poderá funcionar como uma segunda opinião.

03.

Machine learning

É a área que atualmente domina a inteligência artificial. Os algoritmos de análise descobrem relações entre os dados de saúde. Há grande entusiasmo e investimento no uso deles para a melhoria dos diagnósticos por imagem, sugestão de tratamentos, descoberta de novas drogas, priorização de pacientes em hospitais e aprimoramento das cirurgias robóticas.