Inteligência artificial está tornando os diagnósticos mais rápidos e precisos

Algoritmos são capazes de identificar doenças e devem auxiliar cada vez mais a tomada de decisão médica
Tecnologia que auxilia a avaliação de mamografias já está em uso na Dasa – Foto: Bruno Alencastro

O diagnóstico preciso e feito na hora certa pode salvar a vida de uma pessoa. O problema é que nem sempre esse é um processo fácil: em muitos casos, o especialista precisa analisar uma série complexa de dados e informações antes de emitir sua opinião. Mas a medicina tem contado com uma aliada que pode facilitar e agilizar muito esse trabalho: a inteligência artificial (AI, na sigla em inglês). “A base da medicina diagnóstica são os dados, e o homem tem uma capacidade limitada de processá-los. O computador consegue fazer isso de forma muito mais rápida e em um volume muito maior, o que pode apoiar o médico a entregar resultados com mais qualidade em menos tempo”, explica Emerson Gasparetto, vice-presidente da área médica da Dasa, maior empresa de medicina diagnóstica da América Latina.

Com o propósito de criar um mecanismo de desenvolvimento e incorporação de AI dentro da companhia, a Dasa criou a DasAInova (um laboratório de inovação) e buscou parcerias com universidades e empresas de todo o mundo. A principal delas foi com o Center for Clinical Data Science (CCDS), o centro de medicina da Harvard Medical School. “Nosso time foi para lá e aprendeu sobre estruturação de equipe, arquitetura de TI, desenvolvimento de algoritmos e potenciais barreiras ao processo. Em seguida, construímos aqui a estrutura de laboratório, pessoas e tecnologia para sentir na prática como é incorporar uma tecnologia moderna como essa no nosso dia a dia”, conta Gasparetto. A equipe da DasAInova já está desenvolvendo e testando diversos algoritmos que devem trazer importantes ganhos para a medicina diagnóstica.

A aplicação de AI na medicina diagnóstica não é coisa do futuro. A Dasa conta já hoje com uma tecnologia que detecta, de forma automática, hemorragia no cérebro e embolia no pulmão. “O médico recebe uma notificação informando que há um paciente grave, com uma hemorragia no cérebro, por exemplo, fazendo um exame naquele momento. Ele prioriza o resultado do laudo do exame grave, que talvez levasse horas para ser feito”, relata Leonardo Vedolin, diretor médico da Dasa.

Outra tecnologia já utilizada na Dasa auxilia a avaliação de mamografias. No exame, o computador indica áreas que, na avaliação do algoritmo, podem configurar a presença de um câncer. Isso permite que o profissional avalie de forma mais apurada o exame. “O mais interessante no uso de AI é que havendo um feedback humano do erro, o computador aprende e evita que o erro acontece novamente. Estamos percebendo que uma das maiores vantagens do uso desta tecnologia é como a interação humano-máquina pode aumentar a acurácia do teste, aprimorando exponencialmente o valor de um exame diagnóstico” afirma Vedolin.

Esse tipo de aplicação da inteligência artificial é chamada de clinical decision support (suporte de decisão clínica), ou seja, é um suporte para o médico tomar decisões. E, de acordo com Gasparetto, esse deve ser o caminho da AI na medicina: uma ferramenta que auxilia os profissionais a executarem seu trabalho de forma mais assertiva e rápida, mas jamais substituindo as relações interpessoais. “A experiência com saúde não pode ser totalmente robotizada. Empatia, por exemplo, vital no relacionamento médico-paciente, é atributo humano”, reforça o vice-presidente da área médica.

Evento de inovação

A aplicação da inteligência artificial nos diagnósticos é um dos tópicos que será discutido no evento Inovação e Excelência Médica como Diferencial Competitivo, promovido pela Dasa. O encontro ocorre em 5 de setembro, no Cubo (Alameda Vicente Pinzon, 154 – Vila Olímpia), em São Paulo, e vai reunir importantes nomes da medicina no Brasil.

Referência no mercado de saúde brasileiro e maior prestador de serviços de medicina diagnóstica da América Latina, a Dasa realiza exames de análises clínicas e molecular, de diagnóstico por imagem e de genética. Conta com mais de 40 laboratórios no Brasil, como Delboni Auriemo, Lavoisier Diagnósticos, Alta Excelência Diagnóstica, SalomãoZoppi Diagnósticos, Bronstein, Sérgio Franco, CDPI, Frischmann, entre outros, além da rede Maipú, na Argentina.

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