Quando começou a fazer graduação, a estudante Thalita Perveieff de Souza, 21 anos, achava que não precisaria de crédito universitário. Ao entrar no curso de Psicologia na Unip Alphaville, há dois anos, ela conseguiu uma bolsa de 50% sobre o valor da mensalidade, e seguiu por três semestres pagando o restante do valor. Contudo, escolheu trocar o turno da manhã pelo turno da noite, e acabou perdendo o desconto.

Fazer uma faculdade na área da saúde era um objetivo antigo, influenciado pela família, e desistir por falta de recursos não era opção para a jovem. Sem a bolsa, ela seguiu a recomendação de uma amiga e procurou alternativas de crédito no mercado, optando pelo PRAVALER, um dos mais conhecidos programas privados de crédito universitário do País.

No modelo atual ofertado pela empresa, o aluno começa pagando uma parcela de 33% do valor da mensalidade, sem juros, enquanto estiver cursando a universidade. O prazo de financiamento varia, mas num curso de quatro anos de duração, por exemplo, o aluno começa a pagar enquanto estuda e tem seis anos, depois de formado, para saldar a dívida. “Quando esse estudante entra na graduação, tem uma capacidade de pagamento muito limitada. Ao iniciar sua trajetória profissional, com estágios e outros cargos iniciais, seu poder financeiro aumenta significativamente”, explica Rafael Baddini, sócio-diretor do PRAVALER.

No caso de Thalita, o curso termina em 2021, e ela poderá pagar o valor obtido no crédito até 2023.

Instituições como PEP (Parcele a Faculdade) e Konkero também trabalham com modalidades semelhantes. Em todos os casos, o procedimento de pagamento varia de pessoa para pessoa; para financiamentos ofertados por bancos ou instituições como as citadas aqui, o aluno não paga diretamente a faculdade, mas sim repassa o valor parcial do pagamento à instituição contratada, que fará o pagamento do curso. Para Thalita, os 50% de financiamento obtidos foram a ajuda necessária para que ela não abrisse mão de realizar seu objetivo de se formar e, no futuro, ter seu próprio consultório.

O que saber antes de solicitar o financiamento privado

Qual tipo de financiamento privado é ideal para mim?
Os especialistas garantem: não existe uma única opção ideal. O mais importante é observar as contas pessoais e entender em qual momento financeiro você está. Para chegar a uma conclusão, procure responder a perguntas como: “posso pagar agora ou só daqui a alguns anos?”, “quanto disponho de recurso no mês para a mensalidade?”, “além da mensalidade, tenho recursos para pagar os cursos extras da faculdade?”, “posso recorrer a uma bolsa de estudos parcial ou outro tipo de desconto?”. Com essas respostas em mente, aprofunde a pesquisa para encontrar uma opção no mercado que se enquadre na sua realidade.

Preciso de fiador ou avalista?
A necessidade de apresentar um fiador, avalista ou garantidor de crédito varia de caso a caso, mas é comum as instituições e bancos pedirem uma referência de alguém que te apoie na decisão de estudar e possa dar mais garantia de crédito, como pai, mãe, parente ou amigo.

Sou obrigado a financiar o curso todo?
Não. O pedido pode ser parcial, e a maioria dos financiamentos trabalha com ciclos semestrais de renovação de contratos. Desse modo, você pode solicitar o crédito tanto no início quanto ao longo do curso. Em alguns casos, também é possível atualizar o percentual de financiamento para mais ou para menos no decorrer da faculdade.

Posso ter “nome sujo” e contratar um financiamento?
Em geral, todas as modalidades de financiamento em instituições financeiras e bancos, incluindo o crédito universitário, solicitam que o estudante e seu fiador não tenham restrições de crédito no SPC ou SERASA, além de estarem com o CPF regular.