Quando se une modernização e sustentabilidade

O Centro de Abastecimento e Distribuição do Estado da Guanabara (Cadeg), mais conhecido como Mercado Municipal do Rio de Janeiro, foi criado em 1962 e hoje possui 100.000 m² de área construída e mais de 700 empresas instaladas. É uma referência de comercialização de produtos no atacado e no varejo no Rio, além de oferecer opções de diversão, com bares e restaurantes que têm atraído cada vez mais visitantes. Com uma estrutura energética baseada nos modelos desenvolvidos nos anos 1960, o condomínio de empresas começou na última década a sofrer demais com os altos custos e as instabilidades do fornecimento de energia. “Ao longo de 50 anos não tínhamos feito nenhuma grande readequação energética. Nosso primeiro passo foi trocar quatro transformadores de 500 KVA em 2013”, lembra Marcelo Penna, presidente do Cadeg. “Percebemos já naquela época que um dos limitadores de nosso crescimento era nosso baixo potencial energético.”

Com isso em mente, Penna e sua equipe resolveram mergulhar fundo no problema energético do Cadeg. Em 2014, estudou os processos tarifários e promoveu ajustes de demanda que resultaram em uma boa economia. Mas a direção da entidade sabia que muito ainda precisava ser feito e, em 2015, estabeleceu a eficiência energética como um foco estratégico. Chamou empresas de diferentes perfis para analisar a situação do Mercado e propor soluções. “Recebemos inúmeras propostas, mas tínhamos um problema sério que era nossa incapacidade de investir capital em grandes mudanças”, conta Penna.

“Em 2016 conseguimos trocar todas as lâmpadas que recobrem os mais de 100.000 m2 por modelos LED, o que já no primeiro ano gerou uma economia enorme com mais qualidade”, diz o presidente do Cadeg. A partir daí, o condomínio queria alçar voos mais altos, apostar em novas tecnologias e em novos modelos de parceria. Foi, então, que um de seus fornecedores apresentou à diretoria da entidade a CPFL Soluções. O desafio apresentado era grande. Envolvia três pilares. O primeiro deles era criar uma estrutura de back up energético para que os comerciantes não tivessem nenhuma perda em caso de instabilidade ou falta de fornecimento elétrico. “Queríamos também investir em energia solar e limpa e montar um plano de longo prazo para nos tornarmos uma empresa referência em sustentabilidade”, afirma Penna. Isso tudo sem falar no fato de que não havia capital disponível para ser investido nessa transformação.

Unindo consultoria e implementação, a CPFL Soluções ofereceu ao Cadeg um modelo de geradores híbridos com energia fotovoltaica e gás e a cobertura de 100% do galpão com placas solares, que há seis meses abastecem parte da demanda energética do centro de abastecimento. “Já conseguimos reduzir em cerca de 20% a conta de energia elétrica dos comerciantes e com um serviço muito melhor, sem interrupções e análise de desempenho em tempo real”, afirma o presidente. Com um modelo que dispensa capital imobilizado para a implementação dos projetos, a CPFL Soluções conseguiu montar toda a infraestrutura necessária para o Cadeg e oferece o aluguel dos serviços fornecidos pela nova estrutura num contrato de 15 anos.

Mas os planos da diretoria do centro de abastecimento não param por aí. Já está em estudo um projeto de transformar as 20 toneladas diárias de lixo orgânico produzidos pelo Cadeg em bioenergia. “Queremos implantar uma mini-usina de biogás, eliminando resíduos sólidos e apoiando nosso sistema de geradores”, conta Marcelo Penna. E, no ano que vem, o Cadeg vai lançar um projeto educacional batizado de Usina de Cidadania, aberto à comunidade escolar, onde de maneira lúdica querem apresentar como funcionam as fontes energéticas, as opções de energia limpa, valorizando a sustentabilidade. “Além disso, vamos oferecer pontos de abastecimento para carros e caminhões elétricos e modernizar toda malha elétrica dos galpões e lojas para ficarmos cada vez mais sustentáveis”, afirma Penna.