Dia do Médico Veterinário

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Saiba mais sobre como manter a saúde de seu bichinho de estimação

Todos os animais domésticos necessitam de cuidados. Além de alimentação e abrigo, é preciso seguir uma rotina de visitas ao médico veterinário, manter o calendário de vacinas atualizado e evitar alguns erros comuns, como a automedicação para garantir a saúde do seu pet, seja um cão, gato, calopsita ou iguana. Mas, afinal, quando devemos visitar um profissional? Conversamos com a médica veterinária Valéria Natascha Teixeira, integrante da Comissão Nacional de Animais Selvagens (CNAS) do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), para esclarecer as principais dúvidas.

  1. Todos as espécies de animais domésticos, desde aves a cães, precisam ir ao veterinário com a mesma frequência?

Independente de qual seja o animal doméstico, todos precisam ir ao médico veterinário para uma avaliação periódica. De acordo com Valéria, para animais saudáveis, a rotina de avaliação semestral ou anual é adequada para a maior parte das espécies. No entanto, no caso de animais com problemas de saúde, é preciso a avaliação de um profissional para estabelecer a frequência de visitas.

  1. Quantas são as vacinas que meu animal precisa tomar?
    Vacinas são imprescindíveis para proteger o animal de futuras enfermidades. O protocolo e o calendário de vacinação dependem não só da espécie, mas da região em que ela vive. No caso dos cães, é fundamental que eles tomem as vacinas polivalentes V8 ou V10 e a antirrábica. Já para os gatos, além da antirrábica, o protocolo inclui as polivalentes V3, V4 ou V5. “Para algumas espécies de animais exóticos, por exemplo, não existem vacinas no Brasil, como é o caso da mixomatose para coelhos”, explica a veterinária. O ideal é pedir para que o médico veterinário faça o protocolo para o seu pet e mantenha a carteirinha de vacinação sempre atualizada.
  2. Quais são riscos da automedicação para animais domésticos?

Se você notar algum comportamento estranho no seu animal, leve-o ao veterinário. A tentativa de automedicação pode agravar o problema. “O risco dos responsáveis pelos animais medicarem por conta própria é o mesmo que para pessoas que tomam medicamentos sem a prescrição médica: erros de dosagem (para mais e para menos), toxicidade, efeitos colaterais indesejados, reações adversas e até a morte”, alerta Valéria.

  1. Quais alimentos podem ser prejudiciais para a vida dos animais domésticos?

Alguns alimentos são tóxicos para uma espécie, mas não para outras. Cães e gatos, por exemplo, precisam ficar longe de uva, abacate e chocolate. Iguanas são herbívoras e, portanto, não digerem alimentos de origem animal. Roedores podem ter problemas com frutas cítricas. Por isso, segundo a veterinária, para evitar toxicidade e problemas de saúde, como cálculo dentário e gastrite, recomenda-se a utilização de rações específicas e produtos aprovados para o consumo animal.

  1. Assim como os humanos, os animais também precisam fazer exames periódicos?

Existe um protocolo para exames periódicos para cada espécie e região em que habita. De acordo com Valéria, alguns exames são básicos, como o físico, hemograma completo e exame coproparasitológico. Mesmo assim, vale lembrar que cada animal tem sua necessidade. “Para furões, por exemplo, recomenda-se fazer ultrassonografia abdominal semestral. Para coelhos e chinchilas, a radiografia de crânio deve ser semestral. Para calopsitas e papagaios, o exame de clamidiose e micoplasmose. Para áreas endêmicas, o exame de leishmaniose deve fazer parte da rotina também”, exemplifica.

  1. O que deve ser levado em consideração antes de escolher um profissional?

Se você estiver em dúvida na hora de escolher um veterinário para seu animal, leve alguns pontos em consideração, como confiança e experiência. Além disso, assim como na medicina humana, os profissionais têm suas especializações que variam de acordo com espécie e área de atuação. “Para escolher o profissional, deve-se levar em conta a localização, especialidade e problema de saúde que o animal apresenta. A relação entre os responsáveis pelos animais e o veterinário deve ser franca e aberta”, aconselha Valéria.