A economia brasileira está cada vez mais sediada na cidade, o que leva a pensar que os aglomerados populacionais não são problema e sim um ativo importante para a sociedade. Dessa forma, a criação de cidades planejadas, onde as pessoas têm a possibilidade de morar, acessar serviços e trabalhar na mesma região se tornou uma demanda inevitável no Brasil.

Sustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental, projetos como o da PPP Nova Cidade Albor devem se tornar um novo instrumento da política habitacional do Estado, especialmente em um momento de crise como o atual, quando dificilmente os governos poderiam realizar grandes obras de moradias para a população de baixa renda. “A crise limita a ação do Estado porque temos menos arrecadação. Mas estamos tentando superar isso com bastante trabalho e criatividade”, diz Rodrigo Garcia, secretário de Habitação do Estado de São Paulo.

Com investimento previsto de R$ 2,1 bilhões pela iniciativa privada e contrapartida de R$ 830,4 milhões do Governo do Estado, o terreno se transformará em Núcleo Urbano Integrado, com mais 13 mil apartamentos populares. Além das moradias, serão construídas avenidas, ruas, calçadas, redes de luz, esgoto e água, áreas comerciais, hospitais, escolas, áreas verdes e espaços destinados ao lazer.

“Ainda que o objetivo seja a produção de unidades habitacionais, junto haverá a construção de todo tecido urbano, uma antevisão das questões de mobilidade, infraestrutura e qualidade do espaço público”, conta José Arménio Brito Cruz, arquiteto cujo escritório desenvolveu o Plano Urbanístico Básico de Cidade Albor, documento que dá todas as referências urbanísticas para a escolha da concessionária que tocará o projeto.