No modelo vigente até 2010 em São Paulo, por meio da CDHU, o Governo do Estado era responsável por todas as fases da promoção da moradia para as populações de menor poder aquisitivo:
• aquisição do terreno;
• projeto e aprovação dos empreendimentos;
• licitação das obras e gerenciamento;
• cadastramento e habilitação dos beneficiários finais;
• regularização imobiliária;
• concessão do crédito e subsídios para adequação da capacidade de pagamento da população de baixa renda ao custo da moradia;
• trabalho social de pós-ocupação, envolvendo capacitação dos beneficiários para gestão condominial dos empreendimentos entregues;
• e gestão dos créditos, com a assunção dos respectivos riscos de inadimplência.

Secretário da Habitação do Estado, Rodrigo Garcia, nas obras da PPP do centro da capital, já em andamento

Secretário da Habitação do Estado, Rodrigo Garcia, nas obras da PPP do centro da capital, já em andamento (Foto: divulgação)

O estabelecimento de PPPs é uma solução criativa para resolver vários problemas de moradia. “A PPP é a parceria do setor público com a iniciativa privada para ampliar a oferta de habitação social e intervir em favelas, cortiços e áreas degradadas ou de risco”, afirma o secretário. “São Paulo tem hoje três PPPs: a do Centro da capital paulista (já contratada e em execução), a do Centro Expandido e a primeira da Região Metropolitana, que envolve os municípios de Guarulhos, Itaquaquecetuba e Arujá, conhecida como a PPP da Fazenda Albor.”

Além de estimular a participação da iniciativa privada em projetos que anteriormente eram tocados apenas pelos governos, a PPP pode expandir seus objetivos. No caso de São Paulo, prevê a requalificação urbana com inclusão social e também a melhoria da qualidade de vida das pessoas, já que poderão morar perto do local de trabalho e em regiões com grande oferta de infraestrutura, transporte e equipamentos urbanos.

“O novo modelo apresenta benefícios como o aproveitamento da infraestrutura existente. Não é apenas um projeto habitacional, mas um plano de desenvolvimento urbano que tem a habitação como foco e a inclusão social como elemento estruturante”, explica Garcia.

O modelo das PPPs de Habitação de Interesse Social no Brasil já foi apresentado com destaque na Urban Age City Transformation Conference, no Rio de Janeiro; no World Cities Summit Mayors Forum, em Bilbao, Espanha; em fóruns em Washington e Nova York, nos Estados Unidos; em Johannesburgo, na África do Sul; no Encontro Iniciativa Metropolis e no Congresso Anual de Metropolis – Associação Mundial das Grandes Metrópoles, em Buenos Aires.