Em todas as pesquisas com cidadãos das grandes cidades do Brasil, o tema segurança aparece como uma das principais preocupações da população. Em algumas delas, encabeça a lista de prioridades. Ciente do tamanho do problema, o Governo Federal criou em fevereiro de 2018 o Ministério Extraordinário da Segurança Pública. O trabalho é realizado em conjunto com o Ministério da Defesa e o Gabinete de Segurança Institucional e tem o objetivo de ampliar as ações de segurança nas fronteiras e de combate ao crime organizado. Para a manutenção da ordem pública, desde então, foram realizadas operações para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO ) em diversos estados, como Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Roraima.

Na área de inteligência, o Ministério também implantou o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) e ampliou a Rede Nacional de Laboratórios de Tecnologia (RedeLAB), com a inauguração de laboratórios de tecnologia contra a lavagem de dinheiro. Outro tema importante a ser atacado é a exploração sexual infanto-juvenil. Para isso, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) colocou em prática o projeto Mapear 2017/2018, que já identificou 2.487 pontos de vulnerabilidade à exploração de crianças e adolescentes, conforme levantamento realizado ao longo das rodovias federais. Desse total, 489 são considerados pontos críticos. O projeto prevê ainda novas fases para que também colete dados referentes ao crime de tráfico de pessoas.

A intervenção federal no Rio de Janeiro, iniciada em fevereiro e com data de término prevista para 31 de dezembro,é certamente o mais simbólico destaque do amplo conjunto de ações do Governo na área da segurança pública. A escalada da violência na cidade, sobretudo durante o período de Carnaval, levou o governador fluminense a recorrer ao Governo Federal, que decretou a intervenção para “pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública” e restabelecer a segurança e a tranquilidade à população. De acordo com informações do Gabinete de Intervenção, até o dia 15 de outubro, ou seja, em oito meses. A apreensão de armas totalizou 188 unidades, sendo 109 pistolas, 46 granadas e 33 fuzis. No período, foram detidas 608 pessoas maiores de idade, e 64 menores foram apreendidos.