Câncer de próstata e andropausa estão entre os problemas que mais afetam os homens após os 50

Prevenção é o melhor remédio. Saiba como se cuidar para chegar à velhice com saúde

Os homens brasileiros vivem cada vez mais, mas continuam evitando ir ao médico e fazem menos consultas e exames preventivos do que as mulheres. Para conscientizar a população masculina a cuidar melhor da própria saúde, a Bayer criou o Dia do Homem, comemorado em 15 de julho.

É possível chegar à velhice bem e ativo, mas não existe milagre: tem que praticar exercícios, se alimentar direito, manter vínculos sociais. E é extremamente importante fazer consultas preventivas. A máxima é: poupar para poder gastar depois.


Maisa Kairalla, Membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - Seção São Paulo (SBGG-SP).

72,2 Anos

Expectativa de vida dos homens brasileiros

Eles vivem, em média,

7 Anos

a menos do que as mulheres

O número de homens que vão ao médico para uma consulta preventiva é

30 %

menor do que as mulheres

51%

dos homens com mais de

35 anos

nunca consultou um urologista.

Principais justificativas

Falta de tempo

Ausência de motivos

Medo

As principais constações da nova pesquisa sobre envelhecimento

homens x envelhecimento

Quase metade dos homens brasileiros acima dos 45 anos (43%) enxergam a velhice como uma ameaça. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) – São Paulo, em parceria com a Bayer, em oito capitais. O que mais aflige esses homens é o medo de morrer (28%), a dependência de outras pessoas (18%), a falta de vida ativa (14%) e o desenvolvimento de doenças (11%). Inclusive, a maioria (69%) acredita que as chances de ter câncer aumentam com o avanço da idade – e, além disso, 77% têm consciência de que o câncer de próstata é o mais comum em homens a partir dos 50 anos. Entretanto, uma boa parcela (49%) nunca realizou o exame de toque retal, o que reforça a importância do conhecimento sobre o assunto.

OUTRAS CONSTATAÇÕES

Acreditam que o envelhecimento começa apenas após os 60 anos

Temem desenvolver um câncer, principalmente por haver casos na família (29%), medo de ficarem dependentes de familiares (22%), e por não cuidarem tão bem da saúde (20%)

Conhecem algum homem que desenvolveu câncer, sendo que 35% dos casos era localizado na próstata

Sobre o tratamento para o câncer de próstata:

A pesquisa mostrou ainda que a maioria dos entrevistados não tem conhecimento suficiente sobre como tratar esse tipo de câncer. Apenas 30% sabem que existem alternativas com cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

As principais doenças masculinas:



*Fonte: Ministério da Saúde

O câncer de próstata

É o mais comum em homens, sem contar o câncer de pele não melanoma, e o segundo que mais mata a população masculina no Brasil, atrás apenas do de brônquio, traqueia e pulmão.

Números


*Fonte: Inca (Instituto Nacional de Câncer)

onde fica a próstata?

O que é?

Sintomas

Próstata saudável x Próstata com câncer



Eu nunca tinha ido a um urologista, não fazia check-up. A questão é que eu não sentia absolutamente nada. O câncer de próstata é uma doença sem sintomas.


Afonso Gurgel, 62 técnico de edificações

entenda os exames preventivos:

Toque retal

exame clínico feito pelo médico em consultório, que avalia tamanho, forma e textura da próstata.

PSA

exame de sangue que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata (o antígeno prostático específico). Níveis altos podem indicar câncer, mas também doenças benignas da próstata.

A partir dos 50 anos

todos os homens devem fazer os exames anualmente

A partir dos 45 anos

os homens negros ou com fatores de risco devem começar a fazer os exames

Tenho muito paciente que só vêm ao consultório por insistência da mulher e do filho, por causa do tabu em torno do exame de toque. É óbvio que é desconfortável, mas é muito rápido, dura de 3 a 5 segundos. E o urologista é um profissional treinado para isso.


Eduardo Bertero, membro do departamento de andrologia e sexualidade humana da Sociedade Brasileira de Urologia.

TRATAMENTOS

  • cirurgia

  • Radioterapia

  • Hormonioterapia

  • Observação continuada

cirurgia

cirurgia

Pode ser por via aberta, laparoscopia ou robótica. Retira-se de toda a próstata (prostatectomia radical), além das vesículas seminais (onde fica armazenado o sêmen) e, em alguns casos, os linfonodos.

Radioterapia

Radioterapia

Quando a radiação é usada para destruir ou reduzir o tumor. Pode ser radioterapia comum (quando o tumor é irradiado por um feixe de radiação externo) ou interna (por braquiterapia, feita com sementes radioativas).

Hormonioterapia

hormonioterapia

Terapia que reduz o nível dos hormônios masculinos no corpo.

Observação continuada

observação continuada

Em casos de tumores menos graves ou pacientes com idade avançada e outras doenças mais sérias, os médicos podem optar apenas por um acompanhamento, sem intervenção imediata.


Quanto mais cedo o câncer for descoberto, maior é a chance de cura e menor a de metástase. A gente consegue curar 90% dos pacientes quando diagnosticados em estágio inicial.


Fabio Schutz, coordenador médico da oncologia clínica da unidade Hospital BP da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Reposição hormonal masculina: 4 perguntas e respostas

01
Para quem é indicada?

Para os homens que têm Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), popularmente conhecido como andropausa. São os casos em que a diminuição da produção de testosterona, que é normal a partir dos 40 anos, afeta a qualidade de vida do paciente.

02
Como saber se preciso fazer?

O diagnóstico é feito por uma combinação de exame laboratorial que mede os níveis de testosterona com a análise dos sintomas do paciente.

03
Quais são os sintomas?

Diminuição da libido e da qualidade da ereção, fadiga, alterações de humor, insônia, raciocínio lento, perda de massa muscular, aumento da gordura abdominal e perda repentina de pelos corporais.

04
Como é o tratamento?

A reposição de testosterona pode ser administrada em gel ou por injeções. Exige receita médica e deve ser feita continuamente.

Os pacientes que precisam são muito beneficiados pela reposição hormonal. Melhora a vida sexual, na academia, no trabalho. Eles voltam ao consultório querendo continuar com a terapia e extremamente satisfeitos.


Eduardo Bertero, membro do departamento de andrologia e sexualidade humana da Sociedade Brasileira de Urologia.

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